Tarde, 26 de setembro de 2017
Olrac estava sentado no sofá de Susan, ao lado da anfitriã, nas mãos do bruxo estava um copo de uísque, Henry estava de pé, assim como George. – Então você aceita? – A voz da bruxa expressava dor e suas angústias.
O bruxo olhou para os três. – Aceito! – Olrac se levantou, bebendo de sua bebida. – Levarei os dois para a Alemanha, caso vocês percam a guerra. – O alemão encarou Henry, na mente de ambos a conversa sobre a morte de Susan estava fresca. – Lorenzo e Miguel estarão seguros por minha família.
– Me desculpe... – George começou a falar, todos olharam para ele. – Agradeço o que o senhor está fazendo, proteger nossos filhos, mas... – O vampiro parou de falar por um instante. – Mas, como vai proteger as crianças de Leona, caso ela ganhe?
Olrac começou a rir, Susan olhou para ele, bem como Henry. – Minha família é a fonte da imortalidade de Susan e Leona, caso vocês percam, irei tornar os dois em Kauffman, assim a rainha das bruxas não poderá caçá-los.
George não havia entendido muito bem o que Olrac havia dito. – Olha, eu não entendi direito, mas Henry e Susan confiam em você, eu também confio. – O vampiro olhou para Henry. – Vou ir até em casa, falar para o Rapha que Miguel estará a salvo. – Henry apenas concordou.
O oriundi voltou-se para Olrac. – E aquele nosso acordo?
– Está de pé, quando a hora chegar, Klaus irá saber como salvar Susan. – Durante sua vida, Olrac havia aprendido a mentir com maestria e a verdade era que ele jamais deixaria Klaus participar da batalha, tiraria o filho de cena antes que o mesmo fosse morto. – Eu fico na cidade até o dia seis, estejam com tudo pronto para o embarque no dia sete. – Susan e Henry concordaram, Olrac seguiu seu caminho até a porta, deixando casal para trás.
As páginas do grimório eram passadas com pressa, Klaus estava ansioso, já que a lua cheia se aproximava, o bruxo estava cansado de ler, mas não desistia, pela cabana haviam diversos livros espalhados, páginas marcadas com fragmento de feitiços que talvez juntos pudessem ajudar.
Pietra olhava para Klaus sentado na cama, o livro em sua mão. – Esse aqui diz que é preciso passar a energia de um corpo para outro. – Para a lobisomem aquilo não significava nada, porém para Klaus era a peça que faltava.
O bruxo se levantou e caminhou até a loira. – É isso! – Disse ao pegar o livro para ler. – Como eu não pensei nisso antes? – Se perguntou.
– Porque você é estressado demais e acha que tudo deve ser complexo? – A loba perguntou.
Klaus balançou a cabeça de um lado para outro, confirmando o que a mulher havia dito. – Mas não é só isso, o feitiço que usei para tirar o poder Ricardo, ele é diferente, por isso não considerei usar magia de transferência. – Pietra apenas fingia que entendia o que Klaus estava falando, do mesmo modo como fez com Susan milhares de vezes. – Foi uma magia poderosa demais, até mesmo para mim, acho que até para sua irmã. – O bruxo pegou um pedaço de papel e começou a anotar diversos pedaços de feitiços. – Como eu não consigo me concentrar, talvez eu não consiga realizar esse feitiço, mas é a única chance que vejo...
Pietra olhou para o papel nas mãos do namorado. – Não dá pra me explicar o que vai fazer? – Perguntou curiosa.
– Vou tentar. – Era um feitiço extremamente complicado e Klaus estava ciente que talvez não funcionasse. – Se você estiver certa, após a primeira transformação poderei realizar magia de novo, com isso irei fazer esse feitiço de transição que acabei de criar, ao misturar todos os feitiços que achamos importante. – Pietra ainda conseguia acompanhar. – Eu vou precisar transferir a energia licantropa para alguém e essa pessoa tem que ser forte o suficiente para aguentar.
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Ermickville - A Fúria da Besta [Livro 1 - COMPLETO] (EFCW)
FantasíaQuando Susan encontra-se com Klaus, a bruxa sente em todo o seu corpo que algo não está certo. Sua primeira pergunta é: O que faz um Kauffman em Ermickville? Este é o primeiro de muitos mistérios que serão revelados com o decorrer desta história...