Amanhecer, 24 de dezembro de 2017
Raphael olhou ao redor, seu corpo já completamente recuperado da batalha, viu George adormecido com a cabeça em seu ombro. O lobisomem pensou em acordar o namorado, mas ao ver como a cidade havia ficado, simplesmente suspirou, seria necessário muito mais do que uma simples desculpa para enganar a população local, os corpos e toda a destruição, eram simplesmente demais para qualquer um acreditar em uma forte chuva.
George se mexeu, fazendo com que Raphael olhasse para ele. – Acabou... – O oriundi se levantou e buscou por Henry e os demais.
– Sabe dos outros? – A pergunta de George pegou Raphael de surpresa, o lobisomem sequer havia pensando nos demais.
– Não... – Raphael respondeu se sentindo culpado. O lobo se levantou e abraçou George, um misto de alívio e pesar. – Vamos achá-los...
O casal seguiu em busca dos demais companheiros, passando pelos corpos de conhecidos e desconhecidos, porém com maior pesar, ao passar pelos corpos de seus amigos, George viu a cabeça de Tanyah e os corpos dos gêmeos. Raphael, evitou passar ao lado de Natália, não estava pronto para ver a irmã morta mais uma vez. Há metros de distância viram Henry, Susan e Pietra, caminharam até o trio e se abraçaram.
Henry encarou George e depois Raphael. – Fico feliz que tenham sobrevivido. – O rei oriundi abraçou os dois.
Raphael fez um gesto de compreensão com a cabeça. – Klaus e os outros? – O lobo perguntou preocupado.
Pietra suspirou fundo, totalmente cansada. – Henry os levou para o hospital, estão machucados, mas bem... – A rainha dos lobisomens voltou sua atenção para a irmã e cunhado. – Temos que arrumar essa bagunça antes que as pessoas saiam nas ruas...
Henry estava prestes a falar, quando Susan tomou a dianteira. – Quero testar uma coisa. – Todos olharam para ela. – No segundo exato em que Leona morreu, eu senti esse poder, preciso saber o que posso fazer com ele. – A mulher implorava que Henry a entendesse.
O rei oriundi a encarou, não sabia o que poder de Leona era capaz de fazer com Susan, porém não deixaria a esposa perder tudo o que havia conquistado. – Faça.
A bruxa deu um sorriso quase imperceptível, colocou a mão no chão e deixou a magia massiva em seu corpo extrapolar. Diante dos olhos de Henry, Pietra, Raphael e George, os corpos dos mortos desapareceram, a pesada chuva caiu sobre eles.
Pietra fora a primeira a falar. – Para onde você os mandou? – Perguntou curiosa.
Susan abriu os olhos. – Os nossos estão no quartel general de Henry, assim como Aeron e o puro sobrevivente, os demais eu simplesmente os apaguei. – A bruxa olhou da irmã para o marido.
Henry a abraçou. – Acho que devemos ir todos para casa, temos muito o que conversar. – Os demais concordaram, Pietra junto de Raphael e George seguiram seus caminhos, enquanto Susan e Henry ficaram parados. O vampiro estava diferente e a bruxa notou.
– Meu amor... – A ruiva colocou a mão no peito do marido. – O que aconteceu? – A pergunta poderia parecer tola, devido a tudo o que havia acontecido nas últimas horas, mas Henry entendeu o que a mulher havia perguntado.
Ele suspirou fundo. – Algo que Aeron me disse. – O homem sequer sabia como falar. – Preciso que veja, não saberei dizer em palavras. – O oriundi caiu de joelhos, Susan tocou a testa do marido com a sua própria e pode ver a verdade sobre o filho de Henry.
Ela se afastou do marido. – Henry... – Susan não sabia se estava feliz ou triste. – Eu não sei o que te dizer. – Ela o abraçou.
Henry sentia as lágrimas escorrerem por sua face. – Eu vou falar com ele, descobrir o máximo possível e quem sabe, usar a lança do...
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Ermickville - A Fúria da Besta [Livro 1 - COMPLETO] (EFCW)
FantasyQuando Susan encontra-se com Klaus, a bruxa sente em todo o seu corpo que algo não está certo. Sua primeira pergunta é: O que faz um Kauffman em Ermickville? Este é o primeiro de muitos mistérios que serão revelados com o decorrer desta história...