Bem Vinda Ao Kansas.

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Natalie do Bruno Mars, tocava no último volume no quarto de cinco metros quadrados da Faith, enquanto a mesma  estava aos beijos com Matthew. O moreno segurava a cintura da menor com força enquanto a mesma rebolava no colo dele, com suas mãos no rosto do rapaz, em um movimento rápido ele a virou ficando por cima dela, ela aproveitou para colocar as mãos por debaixo da blusa do maior.

— Faith — ele murmurou quando sentiu as unhas morena abaixo dele, e se afastou encarando os olhos esverdeados da menor.

— O que foi?— ela suspirou revirando lentamente os olhos.

— A sua mãe...Ela pode chegar a qualquer momento — os olhos azuis do rapaz pairaram sobre ela, e a mesma o empurrou, ela abaixou o som o cruzou os braços.

— Sai do meu quarto.

— O que?

— Vai embora, o seu medo da minha mãe me fez perder a vontade de transar com você — falou tranquilamente ajeitando a blusa.

— Faith, não é medo da sua mãe...— ele se sentou na cama. — Mas ela é...louca.

—E sabe quem também é louca?— sorriu cinicamente. — Eu quando perco a vontade de fazer sexo, então vaza antes deu te explodir em mil pedaços. Você tem um minuto.

Falou saindo do quarto e caminhando até a cozinha onde a Giulia acabava de chegar com as compras do jantar. A loura olhou a filha/sobrinha e sorriu, a morena caminhou até ela e ajudou com as compras.

— Cheguei cedo demais?— questionou a mais velha.

— Não, chegou na hora certa — sorriu minimamente. — Ele já vai sair em cinco, quatro, três, dois, um...

Ambas escutaram o barulho de porta batendo antes do moreno passar rapidamente pelas duas e saindo pela porta da sala.

— O que aconteceu?

— O medo dele de você aparecer, me broxou— comentou a mais nova, fazendo a Giulia rir.

— Por que todos garotos dessa cidade tem medo de mim?— questionou tirando as verduras da sacola.

— Acho que porque quando eu tinha quinze anos, você saiu correndo atrás de um garoto com uma faca...Por que ele tentou me beijar.

—  Só por isso? Você tinha que ver o que meu pai fazia — ambas riram. — Bom, já que você não transou, e a minha vida sexual está inativa há alguns dias...Vamos fazer o jantar e comer sorvete assistindo 50 First Dates pela milésima vez.

— Ok mãe — sorriu.

— Eu amo quando você me chama de mãe — Giulia a encarou.

— Mas é isso que você é, minha mãe — a olhou. — Então vamos logo fazer o jantar.

— É vamos, macarronada italiana, especialidade da família — sorriu.

.

— Eu acho que nunca teria a paciência de fazer a pessoa se apaixonar por mim todos os dias — comentou Faith, enquanto comia pipoca.

— Talvez um dia quando você se apaixonar verdadeiramente, vá entender o significado desse filme — Giulia respondeu com um sorriso nos lábios. — A questão não é ela se apaixonar todos os dias por ele, e sim ele demonstrar que ama ela todo dia.

— Para ela esquecer no final do dia? Não, mãe. Eu mandaria a pessoa para puta que pariu no primeiro dia —falou a morena, fazendo a loira rir.

— Ok, chega de filme por hoje — Giulia se levantou e desligou a tevê. — Vai dormir porque amanhã você vai...

— Para a entrevista com o reitor... É, eu sei — ela suspirou e se levantou. — Boa noite mãe.

— Boa noite querida — Giulia sorriu e deu um beijo na testa da Faith antes da morena caminhar até seu quarto.

Assim que a morena fechou a porta, a loira colocou os pratos na pia e depois de um tempo foi até o quarto da filha, e viu que a mesma já dormia. Suspirou e sorriu, ela nem acreditava que já fazia mais de dezoito anos que cuidava daquela menina.

Assim que adentrou no seu quarto, caminhou até a cama, onde tirou sua roupa e deixou em cima da mesma. Ligou o chuveiro e deixou a água escorrer até ficar na temperatura que a loira gostava, quente. Seu corpo relaxou ao contanto com  a água e fechou os olhos, aproveitando o breve momento. Mas mesmo de olhos ela sentiu quando uma presença apareceu no banheiro.

— Aí que merda — ela resmungou revirando os olhos. — Deixasse eu pelo menos tomar um banho descente.

— Onde está a garota? — questionou a sombra de um homem, atrás dela.

— Em um lugarzinho, aí — respondeu com ironia desligando o chuveiro. — Por você vem em forma de sombra? Tem medo de me enfrentar pessoalmente?

Onde está a garota? — repetiu a pergunta.

— Na puta que te pariu — foi tudo que ela respondeu antes de murmurar algumas palavras e a sombra sumir.

Correu rapidamente até o quarto onde vestiu a primeira roupa que encontrou e correu para o quarto da filha.

— Faith, acorda — balançou o corpo da mais nova. — Temos que ir.

— O que aconteceu?— ela murmurou.

— Eles nos encontraram — respondeu pegando uma bolsa de costas, e colocando algumas roupas da Faith dentro.

— Merda — falou a morena se levantando da cama.

Faith sabia que a família de sua mãe a caçava, desde pequena. Mas nunca entendeu muito o porquê, e Giulia nunca a disse. Só sabia que quando eles apareciam, a melhor coisa era correr.

— Para onde nós vamos?— questionou a morena enquanto calçava um tênis.

— Você irá, eu não — respondeu.

— Mãe... — os olhos esverdeados da Faith, encararam o azuis da tia.

— Você irá atrás do seu pai, eu sei onde ele e o irmão moram...No meu diário, tem tudo que você precisa saber.

— Ele nem sabe sobre mim — comentou a morena. — E nem eu sei sobre ele.

— Só ele vai saber te proteger direito agora —  a mais velha segurou os braços da filha. — Quando eu mandar você correr, você irá. Correr para o mais longe possível e faça aquele feitiço que te ensinei, para ir para o Kansas.

— Não...

— Não existe essa de, não — falou autoritária e entregou a mochila a ela. — Vamos embora agora.

— Ok — ela assentiu.

Ao sair da casa o ar gélido da noite as fizerem estremecer. Giulia apertou a mão da morena e ambas começaram a andar em direção a rodovia que ficava a uns duzentos metros da casa onde moravam.  Os passos eram rápidos, e a Giulia sentia os seus, se aproximando.

— Corre, Faith — pediu a loira, ao parar alguns metros da rodovia. — Vem cá — a puxou para seus braços. — Eu te amo.

— Isso soou como uma despedida — se separou.

— No nosso mundo, nunca é uma despedida — sorriu. — Vá, ache o seu pai. Ele não vai acreditar, o faça acreditar.

Faith não falou mais nada apenas assentiu e começou a correr entre as árvores. O mais longe que podia da sua mãe. Ela nunca tinha corrido tanto em sua vida antes, mas quando escutou um grito fino, ela parou olhou para trás pela primeira vez e viu uma claridade — que mesmo longe — a fez fechar os olhos.

E ela primeira vez em sua vida, ela não conseguiu sentir mais a presença da tia. Sentiu seus olhos se encheram d'água, e respirou fundo antes de voltar a correr. Quando achou um lugar seguro, se relembrou do feitiço que sua mãe a lhe ensinou. Era um feitiço complicado, mas iria conseguir. Ao murmurar as palavras do feitiço, abraçou a mochila com força e fechou os olhos e quando voltou a abrir não estava mais na floresta que conhecia. É sim em outra.

Caminhou um pouco até ver uma placa escrita: Bem Vinda ao Kansas.

No próximo os meus irmãos favoritos aparecerem. Bjs na coração ❤❤❤. Desculpem os erros.

The Lost Daughter *Dean Winchester* HIATUSOnde histórias criam vida. Descubra agora