Natalie do Bruno Mars, tocava no último volume no quarto de cinco metros quadrados da Faith, enquanto a mesma estava aos beijos com Matthew. O moreno segurava a cintura da menor com força enquanto a mesma rebolava no colo dele, com suas mãos no rosto do rapaz, em um movimento rápido ele a virou ficando por cima dela, ela aproveitou para colocar as mãos por debaixo da blusa do maior.
— Faith — ele murmurou quando sentiu as unhas morena abaixo dele, e se afastou encarando os olhos esverdeados da menor.
— O que foi?— ela suspirou revirando lentamente os olhos.
— A sua mãe...Ela pode chegar a qualquer momento — os olhos azuis do rapaz pairaram sobre ela, e a mesma o empurrou, ela abaixou o som o cruzou os braços.
— Sai do meu quarto.
— O que?
— Vai embora, o seu medo da minha mãe me fez perder a vontade de transar com você — falou tranquilamente ajeitando a blusa.
— Faith, não é medo da sua mãe...— ele se sentou na cama. — Mas ela é...louca.
—E sabe quem também é louca?— sorriu cinicamente. — Eu quando perco a vontade de fazer sexo, então vaza antes deu te explodir em mil pedaços. Você tem um minuto.
Falou saindo do quarto e caminhando até a cozinha onde a Giulia acabava de chegar com as compras do jantar. A loura olhou a filha/sobrinha e sorriu, a morena caminhou até ela e ajudou com as compras.
— Cheguei cedo demais?— questionou a mais velha.
— Não, chegou na hora certa — sorriu minimamente. — Ele já vai sair em cinco, quatro, três, dois, um...
Ambas escutaram o barulho de porta batendo antes do moreno passar rapidamente pelas duas e saindo pela porta da sala.
— O que aconteceu?
— O medo dele de você aparecer, me broxou— comentou a mais nova, fazendo a Giulia rir.
— Por que todos garotos dessa cidade tem medo de mim?— questionou tirando as verduras da sacola.
— Acho que porque quando eu tinha quinze anos, você saiu correndo atrás de um garoto com uma faca...Por que ele tentou me beijar.
— Só por isso? Você tinha que ver o que meu pai fazia — ambas riram. — Bom, já que você não transou, e a minha vida sexual está inativa há alguns dias...Vamos fazer o jantar e comer sorvete assistindo 50 First Dates pela milésima vez.
— Ok mãe — sorriu.
— Eu amo quando você me chama de mãe — Giulia a encarou.
— Mas é isso que você é, minha mãe — a olhou. — Então vamos logo fazer o jantar.
— É vamos, macarronada italiana, especialidade da família — sorriu.
.
— Eu acho que nunca teria a paciência de fazer a pessoa se apaixonar por mim todos os dias — comentou Faith, enquanto comia pipoca.
— Talvez um dia quando você se apaixonar verdadeiramente, vá entender o significado desse filme — Giulia respondeu com um sorriso nos lábios. — A questão não é ela se apaixonar todos os dias por ele, e sim ele demonstrar que ama ela todo dia.
— Para ela esquecer no final do dia? Não, mãe. Eu mandaria a pessoa para puta que pariu no primeiro dia —falou a morena, fazendo a loira rir.
— Ok, chega de filme por hoje — Giulia se levantou e desligou a tevê. — Vai dormir porque amanhã você vai...
— Para a entrevista com o reitor... É, eu sei — ela suspirou e se levantou. — Boa noite mãe.
— Boa noite querida — Giulia sorriu e deu um beijo na testa da Faith antes da morena caminhar até seu quarto.
Assim que a morena fechou a porta, a loira colocou os pratos na pia e depois de um tempo foi até o quarto da filha, e viu que a mesma já dormia. Suspirou e sorriu, ela nem acreditava que já fazia mais de dezoito anos que cuidava daquela menina.
Assim que adentrou no seu quarto, caminhou até a cama, onde tirou sua roupa e deixou em cima da mesma. Ligou o chuveiro e deixou a água escorrer até ficar na temperatura que a loira gostava, quente. Seu corpo relaxou ao contanto com a água e fechou os olhos, aproveitando o breve momento. Mas mesmo de olhos ela sentiu quando uma presença apareceu no banheiro.
— Aí que merda — ela resmungou revirando os olhos. — Deixasse eu pelo menos tomar um banho descente.
— Onde está a garota? — questionou a sombra de um homem, atrás dela.
— Em um lugarzinho, aí — respondeu com ironia desligando o chuveiro. — Por você vem em forma de sombra? Tem medo de me enfrentar pessoalmente?
— Onde está a garota? — repetiu a pergunta.
— Na puta que te pariu — foi tudo que ela respondeu antes de murmurar algumas palavras e a sombra sumir.
Correu rapidamente até o quarto onde vestiu a primeira roupa que encontrou e correu para o quarto da filha.
— Faith, acorda — balançou o corpo da mais nova. — Temos que ir.
— O que aconteceu?— ela murmurou.
— Eles nos encontraram — respondeu pegando uma bolsa de costas, e colocando algumas roupas da Faith dentro.
— Merda — falou a morena se levantando da cama.
Faith sabia que a família de sua mãe a caçava, desde pequena. Mas nunca entendeu muito o porquê, e Giulia nunca a disse. Só sabia que quando eles apareciam, a melhor coisa era correr.
— Para onde nós vamos?— questionou a morena enquanto calçava um tênis.
— Você irá, eu não — respondeu.
— Mãe... — os olhos esverdeados da Faith, encararam o azuis da tia.
— Você irá atrás do seu pai, eu sei onde ele e o irmão moram...No meu diário, tem tudo que você precisa saber.
— Ele nem sabe sobre mim — comentou a morena. — E nem eu sei sobre ele.
— Só ele vai saber te proteger direito agora — a mais velha segurou os braços da filha. — Quando eu mandar você correr, você irá. Correr para o mais longe possível e faça aquele feitiço que te ensinei, para ir para o Kansas.
— Não...
— Não existe essa de, não — falou autoritária e entregou a mochila a ela. — Vamos embora agora.
— Ok — ela assentiu.
Ao sair da casa o ar gélido da noite as fizerem estremecer. Giulia apertou a mão da morena e ambas começaram a andar em direção a rodovia que ficava a uns duzentos metros da casa onde moravam. Os passos eram rápidos, e a Giulia sentia os seus, se aproximando.
— Corre, Faith — pediu a loira, ao parar alguns metros da rodovia. — Vem cá — a puxou para seus braços. — Eu te amo.
— Isso soou como uma despedida — se separou.
— No nosso mundo, nunca é uma despedida — sorriu. — Vá, ache o seu pai. Ele não vai acreditar, o faça acreditar.
Faith não falou mais nada apenas assentiu e começou a correr entre as árvores. O mais longe que podia da sua mãe. Ela nunca tinha corrido tanto em sua vida antes, mas quando escutou um grito fino, ela parou olhou para trás pela primeira vez e viu uma claridade — que mesmo longe — a fez fechar os olhos.
E ela primeira vez em sua vida, ela não conseguiu sentir mais a presença da tia. Sentiu seus olhos se encheram d'água, e respirou fundo antes de voltar a correr. Quando achou um lugar seguro, se relembrou do feitiço que sua mãe a lhe ensinou. Era um feitiço complicado, mas iria conseguir. Ao murmurar as palavras do feitiço, abraçou a mochila com força e fechou os olhos e quando voltou a abrir não estava mais na floresta que conhecia. É sim em outra.
Caminhou um pouco até ver uma placa escrita: Bem Vinda ao Kansas.
No próximo os meus irmãos favoritos aparecerem. Bjs na coração ❤❤❤. Desculpem os erros.
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The Lost Daughter *Dean Winchester* HIATUS
Fanfiction"Ela cresceu sem um pai, ele sem uma mãe. Ela pode ter o mesmo sangue dele, mas não as mesmas opiniões. Ela nunca soube quem era seu pai, ele nem imaginaria que tinha uma filha. Ela teve uma infância difícil, ele também. Ela perdeu sua mãe "cedo" de...