Seth.

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Faith dormia de mal jeito, no banco de passageiro. Eles estavam a algumas horas na pista e a morena não aguentou e acabou por dormir, já Dean, prestava atenção na pista e de vez ou outra ele, olhava para ela. Sam já tinha ligado inúmeras vezes, porém o mais velho não atendia, apenas mandou uma mensagem dizendo: Estamos bem, voltamos em alguns dias.

Quando o celular da Faith começou a tocar, ele não queria acordar ela, mas a mesma começou a se remexer no banco, até abri os olhos e escutar o barulho. Pegou o celular que estava no bolso, e quando viu o nome Charles, sorriu, atendendo imediatamente.

— Olha quem resolveu atender — a voz do moreno ecoou pelo outro lado, o que a fez sorri.

— Eu estive bastante ocupada — ela murmurou sorrindo, e se ajeitou no banco, e olhou pela janela. — Mas como você está?

— Eu vou bem, meu amor — ele sorriu mesmo que ela não visse. — Eu acho que essa hora, você já está na Califórnia. Estou muito orgulhoso de você.

— Não estou na Califórnia, Charles — falou com pesar, e virou o rosto para ver o Dean, que mesmo mantendo o olhar na estrada, prestava atenção na conversa da filha.

— O que aconteceu? — questionou preocupado.

— Teve um imprevisto...Tive que vim para o Kansas, mas não precisa se preocupar está tudo bem — falou, tentando acalma-lo.

— O que você foi fazer no Kansas? Cadê a Giulia? — era nítida a preocupação do moreno, ele sentia que algo aconteceu.

— Se lembra que ela não quer te ver pelos próximos quinhentos anos? — Faith riu baixo, fazendo o Charles soltar um riso anasalado. — Estou na companhia de uns parentes, não precisa se preocupar — desviou o olhar novamente para o Dean, que estava olhando ela.

— Ok, Florence — sorriu. — Sabe que pode me ligar, para qualquer coisa.

— Eu sei Charles, e eu amo você por isso. Mas agora eu tenho que desligar.

— Tudo bem, amo você também. Me liga quando puder.

— Irei.

Assim que desligou o celular, ela o colocou entre as pernas e percebeu que o Dean a olhava, querendo questionar algo, mas sentia que ele não faria, então ao virar o rosto para ver o loiro, o mesmo voltou a prestar atenção na estrada.

— Ele não é meu namorado — a morena murmurou, e Dean soltou um suspiro discreto. — Ele foi como um padrasto para mim.

— Namorado da sua tia?

— Sim, ele e a minha tia ficaram juntos por muitos anos. Eles se conheceram quando eu tinha dois anos e terminaram quando eu tinha treze...Mas mesmo com o término, o Charles sempre continuou presente na minha vida — sorriu ao se lembrar de todos os momentos em que o moreno fez papel de pai na vida dela.  — Se lembra que eu disse, que as conversas mais importantes da minha vida tinha sido numa mesa de bar? — Dean assentiu. — Ele tem um bar em Minnesota, onde sempre ficava estudando depois da escola.

— Esse, Charles... É Charles, não é? — ele questionou, olhando para ela rapidamente. — Sabia o que vocês...o que você é?

— Não, a Giulia sempre achou melhor guardar isso só para nós duas mesmo — encostou a cabeça no banco e bocejou. — Será que podemos parar em algum bar? Estou com fome.

— Claro — respondeu o mais velho, e pisou fundo no acelerador, já sabendo que tinha um bar pelas aquelas redondezas.

A viagem seguiu em um silêncio, que por suas vezes conseguia ser ensurdecedor. Aquele momento estava sendo estranho, para os dois, talvez o Dean não pensou direito quando saiu com a Faith, e ela por todas as vezes que já imaginou como seria conhecer o seu verdadeiro pai, essa situação, de longe nunca passou na mente dela.

— Você fica aqui, que eu vou lá e pego umas cervejas e hamburguês — o mais velho falou, quando parou o carro, em um estacionamento de um bar.

— Não, eu vou com você — Faith falou ao soltar o cinto, mas Dean segurou o braço dela.

— Eu conheço o tipo de pessoas que frequentam aquele lugar — apontou para o estabelecimento, era de madeira, as luzes chamativas no outdoor, em vermelhos e cores escuras e alguns homens com motos a frente. — E  não é lugar para uma menininha entrar.

— Concordo, mas está vendo alguma menininha aqui?— ela questionou, encarando os olhos verdes dele. — Eu vou entrar naquele bar, ir no banheiro e sentar em uma mesa e comer até dizer chega.

Antes do Dean falar alguma coisa, ela saiu do carro, o fazendo xingar. Saiu do carro, garantindo que estava pelo menos com uma arma na cintura e seguiu a morena, que estava quase perto da entrada. Alguns dos motoqueiros encararam a Faith, que apenas ignorou e adentrou o lugar.

— Espera Faith — Dean a chamou, quando percebeu que uns dos homens ia atrás dela. — Se aproxima dela, que você leva uma calibre trinta e oito no meio dessa sua fuça.

Falou para o homem, quando passou por ele. Será uma longa noite,  ele pensou quando adentrou no local e viu que a morena permanecia parada, olhando fixamente para a frente, e o mais velho seguiu o olhar, notando mulheres fazendo pole-dance com apenas lingeries, e por longos segundos ele ficou encarando também. Como elas eram flexíveis, pensou, mas logo se lembrou que não estava sozinho.

— Vamos procurar outro bar para ir —Dean falou ficando a frente da morena.

— Qual é Dean, é só mulheres dançando, praticamente nuas. É normal — ela falou dando dois tapinhas no peito dele, procurando alguma mesa vazia. — Já frequentei lugares piores.

— Vejo que você foi criada por alguém bastante...— o loiro buscava as palavras para dizer, mas a Faith o interrompeu.

Louca —  riu anasalado. — Minha mãe poderia ser tudo isso, mas ela era a melhor pessoa que se pode imaginar.

— Aqui — Dean a chamou quando achou uma mesa vazia. 

— Forasteiros —a voz de uma mulher ecoou pelos ouvidos de ambos, que levantaram as cabeças para vê-la, ela era ruiva, olhos castanhos e na base dos seus trinta anos. — O que o casal vai querer?

— Nós não somos um casal — Faith falou rapidamente, expondo um sorriso cínico no rosto.

— Ela é...ela é...— Dean começou a falar, mas se atrapalhou nas palavras.

— Ele assumiu a paternidade recentemente — a morena falou um tanto com deboche. — Então, tem hambúrguer?

— Aqui, fofinha — a garçonete entregou dois cardápios.

— Eu vou querer um hambúrguer triplo-x com adesão de bacon e uma porção de batata frita, e duas cervejas — Dean falou, entregando-o de volta para a ruiva.

— Um bife mal passado, acompanhado de batata e quatro doses de tequila — Faith sorriu, e a mulher apenas anotou.

— Você já é de maior menina? —a ruiva encarou a mais nova.

— Por acaso tem algum policial por aqui?—retrucou a morena, e a mulher apenas revirou os olhos.   

—Já trago o pedido de vocês — sumiu da vista dos dois, em meios aos demais ali.

— Eu vou no banheiro — murmurou a mais nova se levantando, e viu quando o louro ia se levantar também. — Não precisa vim comigo, eu não vou fugir.

Faith começou a andar por aquele bar, desviando de alguns homens bêbados e mulheres que venderiam o corpo por uma dose de whisky. Assim que achou o banheiro, adentrou e fechou a porta, abafando o barulho da música externa, se olhou no espelho por longos segundos até decidir prender os cabelos — que até então estavam soltos —, e quando abriu a cabine do banheiro se arrependeu no mesmo instante.

— Que nojo — murmurou ao ver a situação daquele lugar e o fedor invadir as suas narinas, saiu rapidamente do banheiro, mas uma mão segurou o seu braço com força. — Me solta.

— Faith — aquela voz. —  Quanto tempo.

—Seth?

Sei que o capítulo tá bem boxta, me perdoem.

The Lost Daughter *Dean Winchester* HIATUSOnde histórias criam vida. Descubra agora