Capítulo 7

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Rafael

Depois que Julia saiu da casa de banho sem olhar para trás, Rafael sentiu uma raiva enorme. Porque aquela mulher se recusava a render-se se ele sabia que ela o desejava tanto quanto ele a desejava, o que tinham ia muito além do possível de explicar por palavras, eles tinham uma conexão tão forte que antes de se verem, sentiam a presença do outro, quando se tocavam era como uma explosão nuclear. Mas por alguma razão que ele não conseguia perceber recusava-se a render-se e ele, Rafael Noronha, não estava habituado a ser rejeitado. E ela tinha-o rejeitado vezes demais.

Sem hesitar, saiu do restaurante e foi directo para a casa da Luísa, sabia que ela estaria desejosa de satisfazer todos os seus desejos.

- Olá. - Ele diz com um sorriso atrevido

- Entra que vou cuidar de ti. - Ela puxa-o pela gravata para dentro de casa.

Rafael, fecha a porta com o pé e agarra-a pelos cabelos e beija-a com paixão, ainda consegue sentir o cheiro de Julia nele e isso deixa-o fora de si, sem contemplações rasga-lhe a camisa de dormir e atira-a para cima da cama e começa a despir-se.

- Vou comer-te com muita força hoje. - ele diz sério.

- Hum... Vou adorar. - Ela diz excitada.

Ele penetra-a de uma vez e ela arqueia o corpo para o receber melhor e ele começa a investir forte e rápido, fecha os olhos e vê a Julia na sua frente corada e com os lábios inchados pelo beijo que partilharam e não aguenta mais e atinge o orgasmo chamando por ela:

- Julia! - Ele grita

Luísa abre os olhos, olha-o com raiva e empurra-o:

- Quem raio é a Julia? - Ela levanta-se e veste um robe enquanto ele permanece sentado com a cabeça entre as mãos.

- Esquece Luísa, volta para a cama. - Ele diz depois de se recompor.

- Que me uses para te satisfazeres apenas quanto te apetece eu ainda aguento, agora fazeres sexo comigo pensando noutra mulher já é demais Rafael, vai-te embora por favor. - Luísa tinha lágrimas nos olhos.

- Luísa deixa-te disso, não foi nada. Anda para a cama. - Rafael começa a perder a paciência.

- Rafael eu quero ficar sozinha, vai-te embora por favor. - Ela pede a chorar e ele olha-a com raiva e começa a vestir-se.

Quando termina de se vestir, sai sem olhar para ela batendo com a porta. A noite vai de mal a pior e antes que piore ainda mais resolve ir para casa.

Em casa prepara uma bebida e senta-se no sofá, não devia ter saído de casa nessa noite.

Eram quatro da manhã quando se apercebeu que a garrafa estava vazia, larga-a e pega no telemóvel.

- Quem morreu Rafael para me estares a ligar a esta hora? - Ricardo pergunta de outro lado da linha.

- Por muito que me custe admitir, eu preciso de ajuda. -Rafael diz com voz arrastada.

- Tu estás bêbado Rafael. - Ricardo diz impaciente.

- Eu sei, mas mesmo assim preciso de ajuda. Ela recusa-se a render-se e eu preciso dela. - Rafael diz com desespero.

- Estás a falar de quem exactamente? - O irmão pergunta confuso.

- Como assim quem? A Julia, ela recusa-se a ceder mas eu sei que ela também me deseja.

- Rafael a Julia não é como as mulheres com quem tu te relacionas, ela não é mulher de uma noite. Esquece-a.

- Não, não, não. Eu preciso que me ajudes a conquistá-la.
- Rafael esquece isso. Estás bêbedo e não sabes o que dizes, além disso ela está a dar-se muito bem com o Pedro. Esquece, apenas esquece. E vai dormir e deixa-me fazer o mesmo. Até amanhã.
- Ricardo? Ricardo? Filho da mãe, desgraçado. - Larga o telemóvel e sobe as escadas até ao quarto onde se deixa cair na cama sem tirar a roupa.
- Está com o Pedro... Vou acabar com isso e rápido. - Ele ainda sussurra antes de adormecer profundamente.

Prisioneiros  (Em Pausa)Onde histórias criam vida. Descubra agora