capitulo 12 - Coração quebrado.

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Quarta-feira.

Acordo e a primeira coisa que sinto é confusão. A memória demora um pouco para voltar ao seu devido lugar e com ela vem aquele peso sobre meus ombros chamado dor. Com muita dificuldade eu me levanto, sem vontade alguma de ir pra a escola, com a certeza de que encontraria ele com alguma garota.

Saio de casa completamente agasalhada já que hoje o clima reflete o meu estado de espírito. Escuro, frio e sem graça. Ok, eu estou muito dramática hoje isso não é legal. Dou uma leve risada com meus pensamentos e abro um sorriso ainda maior ao ver Noora parada no poste em minha calçada com um sorriso acolhedor.

- Não vim ontem porque achei que precisava de espaço - ela diz me lançando um sorriso de desculpas - não sei se o que está rolando entre vocês é profundo mas eu posso te garantir que tudo irá se resolver.

- Como sabe ?

- Porque você não está sozinha - ela sorri antes de passe o braço por meus ombros - você tem todo o amor do mundo e isso vai te ajudar.

Dou risada com essa afirmação e vejo ela sorrir satisfeita pela reação que eu esbocei, balanço minha cabeça e assim seguimos nosso caminho, jogando conversa fora. Em momento algum ela fez perguntas e eu agradeci mentalmente por isso.

Ao chegar na escola eu respiro fundo preparada para o tiro que viria a seguir. Noora percebe a minha mudança de postura e a provável tensão que se instala ao meu redor. Ela me encoraja com um sorriso.

Coloco os pés no pátio externo e me arrependo amargamente disso. Christoffer estava logo a frente, em uma mesa próxima ao portão, ele não estava sozinho, haviam pelo menos 5 pessoas com ele, essas pessoas não me incomodaram, o que me incomodou foi a que estava ao seu lado, para se mais exata quase em seu colo.

Engulo seco e olho para frente seguindo meu caminho e para a minha surpresa, na porta de entrada que dá para as escadas, estava William Magnussum, com os braços cruzados me olhando com curiosidade e logo um sorriso acolhedor preenche seus lábios pálidos.

- Ruivinha - ele abre os braços e me recebe calorosamente em um abraço apertado - Antes que me bata ou xingue, eu sou amigo dela.

Esse comentário foi direcionado para Noora que revira os olhos.

- Não - ela responde ácida - eu sou amiga dela, você é no máximo colega.

- Então Eva - ele se dirige a mim depois de sorrir - como está ? No duro.

- Acabada - respondo apesar da surpresa - mas viva. Vou sobreviver William, não é o fim do mundo.

Ele assente me encarando como se estivesse lendo minha alma e eu arqueio a sobrancelha.

- Ok então - ele da de ombros - quero saber se irá a minha festa semana que vem. É uma festa no ônibus então é para poucas pessoas. Será na sexta.

- Que honra - brinco lhe dando um soquinho - estarei lá.

O mesmo sorri fechado e nos deixa, não sem antes é claro soltar um comentário sobre a beleza de Noora.

- Esse garoto me irrita .

- Isso é amor - digo cantarolando e dou risada com sua cara indignada - ele está tentando ajudar, já te falei sobre isso.

- Tá tá tá - ela diz me empurrando - agora anda logo que a senhorita tem aula de química e eu tenho que ir para a aula da bruxa de física.

(...)

- Mãe ? - pergunto desconfiada enquanto entro dentro de casa - é a senhora?

- Senhora está no céu Eva - minha mãe aparece radiante no final do corredor, antes que eu reaja a sua presença ela me abraça - eu estava com tanta saudade!

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