Quinta-feira.
- O que você está fazendo aqui ? - essa é a primeira coisa que sai da minha boca ao ver Chris parado em minha porta - não deveria estar com sua família?
Hoje é natal, quer dizer é véspera de natal. Todos estão em seus respectivos lugares menos esse imbecil.
- Trouxe comida - ele ignora minhas perguntas e levanta uma sacola antes de entrar e ir para a cozinha, eu o sigo - trouxe comida japonesa, é sua favorita não ?
- Sim - respondo confusa ao ver ele arrumar o balcão - ok, Chris é sério. O que está fazendo aqui em uma véspera de natal?
- Vim passar com você - ele da de ombros e um sorriso brinca em seus lábios - expliquei para minha mãe que eu não fazia questão de olhar o meu pai então hoje nós almoçamos juntos e ela concedeu o filho dela a você essa noite.
- Me lembre de agradece-la - sorrio brincalhona - obrigada por vir.
Ele da de ombros e olha para mim com atenção e eu me dou conta que eu estava somente com uma camisa. Era de meu pai, eu havia pego antes de ele ir embora há anos atrás.
- O que você estava fazendo ? - ele pergunta curioso - e de quem é essa blusa?
- Eu estava entediada então eu limpei a casa - digo indiferente e ele arqueia a sobrancelha - o que ? Eu não sou tão preguiçosa assim !
Ele da de ombros e aponta para a camisa. Sorrio pela curiosidade.
- Meu pai, antes de ele ir embora eu surrupiei uma de suas camisas favoritas.
Ele assente e abre a sacola e eu suspiro ao ver aquela montanha de comida japonesa brilhando em minha frente. Ouço Chris rir, provavelmente de minha cara mas eu ignoro.
- Ok bonitão - digo me sentando em um dos bancos altos - você poderia pegar um vinho naquele armário ali?
Aponto para um armário envidraçado que minha mãe colecionava bebidas . Tipo um bar. Ele faz o que eu peço e enche nossos copos.
- Quando vai me levar para correr? - pergunto divertida e Chris revira os olhos - o que bonitão? Não achou que eu ia ignorar minha vontade não é?
- Já falei sobre isso - ele da de ombros - se depender de mim você não pisa em um racha.
- Você fica bonitinho todo protetor - brinco com um sorriso provocativo e ele ri - me diga mais uma de suas paixões perigosas.
- Não é uma paixão - ele começa indiferente - é algo que eu e William costumamos fazer durante as férias. Pular de paraquedas - deixo meus hashis cair no prato e ele me olha divertido - surpresa?
- Completamente - digo sorrindo - sério isso você não pode me negar bonitão!
- Gosta de adrenalina Eva? - sinto a malícia em sua voz e sorrio provocativa.
- Você não faz ideia - sorrio maliciosamente e nós dois soltamos uma risada - ok, eu nunca cheguei a esse ponto de pular de paraquedas, correr na garupa de uma moto foi meu máximo -dessa vez que deixa os hashis cair é ele. Eu dou risada. - é brincadeira bonitão.
- Talvez eu te leve para pular de paraquedas - ele considera e eu posso sentir meus olhos brilharem - eu disse talvez.
Mostro a língua para ele e termino meu vinho logo enchendo a taça novamente.
- E você ? - ele pergunta após engolir um sushi - nenhuma paixão?
- Sabe que não - digo dando de ombros - nunca me permiti ou fui permitida a aventuras .
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Toxic
Fantasy" Ama- lo é como pular de um prédio e se arrepender no último minuto, é como as folhas no outono, suas cores brilhantes e lindas que somem de repente, machuca, definitivamente ama-lo dói, ele é confuso e me deixou confusa também, me deixa uma bagunç...