Nasci preparada

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Subi correndo para meu quarto e no meio do caminho já fui tirando as peças de roupa que vestia. Entrei em meu quarto e vesti uma calça jeans, um tênis qualquer e vesti outro moletom e coloquei a touca no mesmo, guardei meu celular no bolso depois de ter chamado um taxi pelo aplicativo - tinha um por perto e vai chegar daqui quatro minutos - peguei o dinheiro suficiente para pegar dois taxis.

- Priscila o que aconteceu? - Meg aumentou o tom de voz assim que me viu descer as escadas - O que aconteceu com o Paulo?

- Eu não sei caralho! - Gritei e suspirei - Estava falando com ele no celular, mas a ligação caiu sei lá! Quando a mãe chegar avisa que eu fui na casa do Paulo.

Sai porta a fora e garoava, olhei para o lado direito da rua e um carro se aproximava e parou na frente de casa. Adentrei o veiculo e passei o endereço do prédio de Paulo.

Assim que o taxi parou na frente do prédio de Paulo eu paguei para o motorista e sai apressadamente de dentro do carro. Adentrei o prédio e o porteiro estava vidrado na novela, aproveitei sua distração e corri até o elevador que dei sorte de estar com as portas abertas. Apertei o botão correspondente ao corredor do apartamento de Paulo e as portas se fecharam.

Mal a porta do elevador abriu e eu já sai de dentro e fui em direção à porta do apartamento do Paulo, iria bater na porta mas a mesma estava aberta, entrei e não escutei nenhum barulho, até escutar barulho de algo caindo no chão e Paulo gritando "Caralho!", fui até seu quarto e Paulo estava jogando algumas roupas dentro de uma mala e chorava enquanto fazia isso.

- Hey vida. - Ele me encarou confuso - O que aconteceu? - Andei até ele e o abracei com toda força e carinho que eu pude -

Ele colocou seu rosto na curvatura do meu pescoço e começou a chorar ainda mais. Estava com uma enorme vontade de chorar junto com ele mas tinha que ser forte. Fiz carinho em seus cabelos e em seguida o soltei, sequei suas lagrimas.

- Paulo o que aconteceu? - Ele abaixou a cabeça - O que aconteceu? - Perguntei novamente -

- Meu pai e minha mãe sofreram um acidente de carro, estão em estado grave no hospital. - Lagrimas voltaram a escorrer pelo seu rosto - Preciso ir para lá, não posso deixar o João lá sozinho.

- Isso você não pode deixar seu irmão lá sozinho, mas você não pode ir para lá agora.

- Posso sim! - Paulo limpou as lágrimas e voltou a guardar roupas em sua mala -

- Não, não pode! - Fechei sua mala e sentei em cima da mesma - Você esta de cabeça pilhada, nervoso, chorando para caralho! - Paulo revirou os olhos - Paulo olha para mim. - Sai de cima da mala e parei em sua frente - Eu estou aqui com você, pode ter certeza que seus pais irão sair dessa - Acariciei seu rosto - Eu só não aguento ver você chorando, meu coração se aperta e da vontade de chorar junto. - Lhe dei um selinho - Amanha você vai para Campo Largo pode ser? - Ele assentiu - Não chora mais. - Passei a mão em baixo de seus olhos e em seguida ele me beijou, um beijo calmo e cheio de carinho -

- Obrigada vida, obrigada. - Deu um beijo na minha testa e eu sorri com tal gesto - Fica aqui comigo? - Assenti e o abracei -

- Avisou aos meninos? - Ele negou - Posso avisar? - Ele negou - Paulo eles são seus melhores amigos, sua segunda família. - Suspirei - Liguei para o Nathan antes de ter ligar e ele estava meio preocupado porque você saiu da casa do Caíque sem se despedir.

- Pode avisar então. - Paulo deu de ombros e tirou sua mala de cima da cama e colocou no chão -

Sai do quarto e fui para a sala me sentando no sofá, peguei meu celular e liguei para Nathan no segundo toque ele me atendeu.

Destiny [banda fly]Onde histórias criam vida. Descubra agora