Destiny [banda fly]

Eu sabia que iria doer, mas não sabia que ia ser tanto assim

Fiquei calada e olhando para minha chefe que me olhava com um sorriso nos lábios, eu queria falar, mas minha voz não saia, fui pega totalmente de surpresa.

- Te peguei de surpresa né? – Perguntou e eu assenti – Você tem até segunda para me dar a resposta pode ser? – Assenti novamente – E caso você aceite não precisa se preocupar com a faculdade os meses que você ficar fora ira contar como dias de aula porque você vai estar estagiando então.. – Assenti –

- Segunda eu te dou a resposta – Minha voz saiu graças a Deus – Posso ir? – Ela assentiu – Licença.

Levantei e apressadamente sai da sala. Passei no banheiro e passei um pouco de água em meu rosto. Não é todo dia que você é pega com uma proposta tentadora dessa. Quero aceitar, mas ao mesmo tempo não quero. Não quero deixar minha família aqui e muito menos meus amigos.

Passei o resto do dia totalmente fora de orbita. Perguntei para Cecilia se ela foi chamada e ela falou que foi, mas que não aceitou porque sua mãe esta com uns problemas de saúde e ela tem que ficar com sua mãe.

- Mãe podemos conversar? – Entrei no quarto da minha mãe e a mesma estava deitada lendo alguma revista de moda –

- Claro filha – Se sentou e bateu do lado da cama me chamando para sentar ao seu lado – O que aconteceu?

- Então.. – Sentei ao seu lado – Recebi uma proposta da Capricho hoje – Um sorriso enorme brotou nos lábios da minha mãe – Para ir para Buenos Aires – Seu sorriso ficou maior –

- Você aceitou né? – Neguei – Como não?! Priscila! – Me empurrou –

- Eu tenho que dar a resposta Segunda, e eu não sei o que fazer mãe! – Suspirei – Não quero deixar tudo para trás.

- Tudo você quer dizer o Paulo? – Neguei – Certeza?

- Ele esta no meio desse tudo, mas a senhora a Meg as meninas os meninos – Respirei fundo – Não sei se consigo ficar longe de tudo isso e tenho medo deles não apoiarem.

- Se eles gostam mesmo de você eles irão te apoiar igual eu te apoio. – Minha mãe acariciou meu rosto – Amor se você aceitar você vai fazer um bem enorme para sua carreira, e você não vai ficar lá para sempre certo? – Assenti – Aceita.

- O que a Pri tem que aceitar? – Meg entrou no quarto da minha mãe e me encarou perdida – Hein?

- Priscila vai para Buenos Aires – Minha mãe falou rapidamente e eu a reprendi com o olhar – Que foi? – Olhou para mim –

- Ela vai o que? – Os olhos de Meg marejaram – é verdade isso Priscila? – Levantei rapidamente da cama e fui até Meg – É verdade? – Perguntou novamente -

- Eu ainda não aceitei, eu não sei se vou aceitar. – Uma lágrima escorreu no rosto da Meg. – Não chora amor.

Meg saiu correndo do quarto e foi para o quarto dela. Fui atrás dela e o que eu recebi foi uma porta sendo fechada com força na minha cama. Eu não vou aguentar ver a Meg triste por causa de mim.

- Meg, abre a porta – Bati duas vezes na porta – Deixa eu te explicar as coisas direito! – Aumentei o tom de voz – Caralho! – Bati na porta com força – Você não vai abrir a porta mesmo?

- O que você quer? – Meg abriu a porta – Falar que vai embora e que vai me deixar aqui? Não precisa eu já estou sabendo – Meg ia voltar a fechar a porta mas eu coloquei meu pé entre a porta a impedindo – Sai Priscila!

- Não! – Empurrei a porta e entrei no seu quarto. Fechei a porta e a tranquei, colocando a chave no bolso da minha calça – Você vai me escutar!