Capítulo 12

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Todos começaram a caminhar e em seguida os três grupos se separaram.

-O que vamos fazer? -Perguntei assim que já estávamos todos longes o suficiente.

-Podemos entrar escondidos invés de fazermos esse tal teatro. -Carl falou.

-É uma boa, mas não sabemos a quantidade em que eles estão. Podemos não dar conta e o plano ir por água a baixo.

-Então vamos atuar.

-Eu posso fingir que desmaiei ou algo do tipo. -Falei.

-E se fingirmos que você levou um tiro? -Disse Tara.

-Não vai dar, não temos recursos o suficiente para fazer isso. -Michonne parou de caminhar e nós também.

-Como não? É só pegar sangue de zumbi e colocar em minha blusa.

-Tá, mas e quando forem abrir para ver o ferimento?

-Tem razão. O que podemos fazer então?

Escutamos som de tiros bem próximo de nós. Isso acabou fazendo com que todos nós nos separassemos para encontrar algum lugar em que podiamos nos esconder. Mas quando eu ia começar a fazer o mesmo, senti algo extremamente quente adentrar minha perna por debaixo da calça.

-Merda! -Quase gritei antes de cair de joelhos no chão. -Merda, merda.

Tentei me levantar mas foi impossível, a dor é realmente insuportável.

-Como isso dói. -Peguei na perna e senti o sangue escorrer.

-Droga, Sofia. -Carl veio correndo até mim. Assim que viu algumas pessoas em cima dos prédios, começou a atirar.

-Ali, Michonne! -Gritou e os dois enfim conseguiram matar as cinco pessoas que estavam lá em cima.

-Meu Deus. -Senti meus olhos lacrimejarem. -Mas como isso arde.

-Nós temos que voltar. Temos que arranjar coisas pra fazer o sangramento parar, senão pode infeccionar e... -Carl disse exasperado.

-Carl, não precisamos de alguém alterado agora não. Por favor se controla. -Michonne pegou em seu braço e isso fez ele ir se acalmando aos poucos. 

-Temos que voltar. -Ele repetiu passou a mão na cabeça.

-Não Carl, aí que é bom. Estou machucada de verdade dessa vez. -Falei com a voz meio falha. -Só me levem logo, tá doendo muito!

-Então vamos. O plano será o seguinte: Carl, você vai entrar com ela enquanto eu e Tara voltaremos e vamos contar para Rick tudo o que aconteceu. Toma, leve um walkie talkie. Nos conte tudo o que acontecer lá dentro. Tente descobrir quem é o líder.

-Tá, tá. -Ele suspirou e pegou.

-Vamos logo. -Fiz uma cara de dor. -Mas antes, vocês precisam colocar um pano e apertar. Não posso perder tanto sangue.

Carl tirou sua blusa de cima e rasgou a manga, já que era comprida. Ele colocou em cima da ferida e eu não consegui deixar ele amarrar. A dor multiplicou e senti que minha pressão abaixou muito. Não consegui ver mais nada. Virei minha cabeça para o lado e apaguei.

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Aos poucos que fui conseguindo abrir os olhos, senti uma leve tontura. Quando enfim consegui permanecer eles abertos, observei o quanto aqui tudo é muito bem iluminado. Parece até um... hospital! Isso, deu certo.

Olhando agora para minha perna, notei que a calça que estou usando foi rasgada até em cima de onde fui baleada. Basicamente virou um short.

Em meu braço há uma agulha enfiada e soro entrando por minhas veias.

The New World/ Carl GrimesOnde histórias criam vida. Descubra agora