Capítulo 34

4.5K 381 471
                                    

Sofia narrando:

-Ora vejam só. Que cena linda. -Negan se aproximou deles. -Trouxe mais pessoas do que o combinado, Rick.

-Você achou mesmo que eu iria vir somente com duas pessoas?

-Não, é claro que não. Em nenhum momento isso se passou pela minha cabeça. Por isso, já deixei tudo preparado.

Assim que ele terminou de falar, os seus aliados segurou todos pelo ombro.

-Peguem todas as armas. Revistem tudo.

E foi isso o que aconteceu. Todos o obedeceram e recolheram todas as armas.

-Bom, já que estão aqui, vamos começar logo o nosso pequeno joguinho. E vai acontecer o seguinte, antes de tudo eu quero que me passem tudo o que eu pedi.

Um dos seus homens se aproximou de Rick e pegou a mochila de sua mão, jogando para Negan.

-Eu realmente espero que não esteja faltando nada.

-Você só vai saber se abrir.

Negan sorriu e abriu o zíper. E dentro havia vários alimentos.

-As armas, onde estão?

-Ja está com você. -Rick respondeu.

-Você quer que eu acredite que vocês só possuem essas? Por favor não brinque comigo.

-Essas são as únicas. E o trato era eu entregar para você alimentos e armas. Já cumpri. Agora eu quero que você me devolva os dois.

-As coisas não funcionam assim por aqui. Você está se achando muito esperto não é? Como você não me trouxe tudo o que eu pedi, eu vou ter que lhe dar uma lição, para você ver quem realmente manda.

Me arrastei para um pouco mais perto de Carl e peguei em sua mão.

-Vai ficar tudo bem. -Ele falou tentando me tranquilizar.

O que será que Negan vai fazer conosco? Tenho tanto medo dele querer matar alguém do nosso grupo.

-Eu quero que todos vocês fiquem de joelhos. Agora.

Todos do nosso grupo obedeceu. Vieram ao nosso lado e se ajoelharam. Daniel está ao meu lado.

-Candy. -Ele falou e tentou me abraçar. Mas infelizmente isso não foi possível já que Negan gritou:

-NINGUÉM SE ATREVA A SE MEXER! O próximo que tentar fazer isso, vai morrer.

Daniel parou aonde estava e Carl apertou mais a minha mão. Olhei para ele.

-Não vou deixar nada acontecer com você. -Ele disse. Sorri olhando em seu rosto.

-Eu sei. -Ele sorriu também.

-Vocês não acharam que iriam sair dessa sem serem punidos, acharam? -Ninguém respondeu. -Eu não quero matar vocês. Eu quero deixar isso claro já do começo. Quero que trabalhem para mim. Vocês não podem fazer isso se estiverem mortos, podem? -Ele olhou ao redor. - Mas, esses dois vieram até a minha casa ontem pela manhã, e esse garoto, matou dois dos meus homens, e isso é mais do que eu suporto. E por isso vocês vão pagar!

Olhei para Daniel que estava me olhando com um olhar preocupado.

-E agora, eu vou espancar até a morte um de vocês. -Ele rodou várias vezes o seu taco e se aproximou de Rick. -Essa, é a Lucille. E ela é incrível!

Todos estão muito tensos, ninguém abre a boca para falar nada.

-Tudo isso, para escolher qual de vocês vai ter a honra. -Ele se aproximou de Carl e se abaixou. Soltei sua mão rapidamente para que Negan não falasse nada. -Você pegou uma das nossas armas. -Carl olhou para baixo. -Que coisa garoto, se anima. Chora um pouco. -Ele sorriu e se virou para mim. -Bom, eu acho que você não vai se importar se eu contar o que você estava fazendo ontem.

Engoli seco.

Mas que merda.

-Pelo seu silêncio parece que não. -Ele sorriu novamente. -Mas, acho que você prefere que esse seja nosso segredinho não é? -Concordei rapidamente sem olhar em seus olhos. -Okay.

Ele se levantou e foi até Maggie.

-Acho que eu já fiz a minha escolha. -Ele levantou o taco e ia acertar bem em sua cabeça.

-NÃO, NÃO! -Glenn tentou se levantar mas o homem o derrubou e mirou nele. -Ah, Meu Deus!

-Põe ele de volta na fila. -Negan ordenou e ele obedeceu.

-NÃO! Não... não.

-Tá legal, escutem, que ninguém de vocês façam isso de novo! Eu vou acabar com a raça do infeliz, sem exceções. A primeira sai de graça, foi um momento emocional. Eu entendo.

Todos estão chorando. E eu estou me segurando para não fazer o mesmo, mas está difícil.

-É um porre não é? Quando você se toca que não sabe nada. -Ele olhou para Rick. -Teu próprio filho saiu de casa e você nem estava sabendo. Deve ser bem difícil pra você, saber que tudo isso que está acontecendo agora é culpa dele. E se alguém morrer está noite, também vai ser culpa dele!

-Não. A culpa não é dele. -Falei o que o fez olhar para mim. -A culpa é totalmente sua. Tudo pra você é punição. Você podia muito bem nos deixar ir embora, mas não, resolveu ser um babaca e nos fez ficar de joelhos aqui nesse frio! Então pare de culpa-lo.

-Você está dizendo que a culpa toda é minha?

Concordei.

-Por que? Quem veio até a minha casa foi ele, quem matou dois dos meus homens foi ele. E eu? Bom eu não fiz nada. Só estou devolvendo. Ele matou dois dos meus, então vou matar dois dos de vocês.

Fiquei em silêncio. Ele se levantou.

-Eu tenho que escolher alguém. E todo mundo aqui tá esperando eu decidir.

Ele começou a andar para os lados, olhando todos.

-É... ta difícil né? -Ele sorriu. -Eu tive uma idéia.

Ele se aproximou de nós e apontou o taco.

-Uni, duni, tê, salamê, minguê, um sorvete, colorê, eu vou ter que, escolher.

Em cada palavra ele está apontando para uma pessoa.

-Minha mãe, mandou, escolher, esse daqui, mas como sou teimoso, vou escolher, esse... daqui.

Não.

Senti um peso enorme se formar em meu peito e minha garganta se fechar.

-Se alguém se mexer, se alguém falar alguma coisa, arranco o outro olho do garoto e enfio na boca do pai dele. -Comecei a chorar. -Podem respirar, podem piscar, podem chorar. Nossa, vocês todos vão fazer isso.

E foi nesse exato momento que senti meu mundo desmoronar.

1022 palavras❤

The New World/ Carl GrimesOnde histórias criam vida. Descubra agora