Capítulo 62

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-Sofia? O que você está fazendo aqui?

Coloquei meu cabelo atrás da orelha.

-Oi Arthur, eu... bem, eu vim te fazer uma visita.

-Sério? -Ele sorriu. -Sendo assim, venha, vamos entrar. Eu estava preparando um chá.

Ele deu espaço e eu entrei. A casa dele é bem maior que a minha.

-Como você está? Gostou daqui?

Enfiei minhas mãos no bolso e o esperei passar a minha frente.

-Sim, gostei bastante. Estou até estranhando o quão as coisas são calmas por aqui.

Ele sorriu e eu continuei o seguindo em direção a cozinha. Ele foi até o fogão e desligou o bule. Me sentei na mesa e ele serviu chá em três xícaras.

-Está esperando alguém? -Perguntei curiosa.

-Na verdade não, Pedro está lá em cima. Irei chama-lo para tomar com a gente.

-Ah. -Sorri e peguei a xícara, a assoprando.

-E então... Eu sei que não veio aqui a toa.

Olhei para baixo.

-Eu queria me distrair. -Assumo.

-E veio até mim? -Ele levantou as sobrancelhas.

-Você foi a primeira pessoa que me veio a mente.

Ele ficou em silêncio.

-Deixa eu adivinhar, tem haver com Carl, estou certo?

Não o encarei.

-O que ele fez dessa vez?

-Eu não quero falar sobre isso. -Bebi um gole. -Eu só preciso esquecer dele. De uma vez por todas.

Arthur concordou.

-E o que você acha que eu deva fazer? -Ele perguntou.

-Apenas... Vamos sair. Fazer alguma coisa.

-Sair? -Ele sorriu.

-Sim, olha, aqui é muito grande. Tem várias lojas. Tem até uma praça. Por que não aproveitamos e fazemos um piquenique?

-É uma boa ideia.

Sorri.

-Ótimo. Vamos?

-Agora? -Ele gargalhou.

Consenti.

-Antes eu preciso passar no mercado e pegar algumas coisinhas.

-Tem mercado aqui também? -Perguntei.

-Tudo o que plantamos aqui, vai para lá. E tudo o que achamos também.

Sorri e me levantei da cadeira.

-Bom, se é assim, eu te encontro lá em poucos minutos pode ser?

Ele concordou.

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As horas passaram tão rápido que eu nem me dei conta de que já estava escurecendo.

-Hoje foi um dia legal. -Digo a ele que está desenhando na grama com um graveto.

-Sim, fazia um bom tempo que eu não sabia o que era fazer piquenique.

Sorrio e peguei a última uva.

-Obrigada. -Digo sinceramente. -Tô te devendo essa.

-Que nada. -Ele sorriu. -Pode contar comigo.

The New World/ Carl GrimesOnde histórias criam vida. Descubra agora