Capítulo 13

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Acordo sentindo uma dor enorme. Olho para minha perna e vejo que o sangue conseguiu passar o curativo.

-Carl. -Peguei em suas costas. -Acorda por favor. Minha perna está doendo muito. -Começei a respirar fundo, tentando não chorar. O que foi praticamente  impossível.

Ele levantou a cabeça e olhou para mim.

-Caramba, está saindo muito sangue. Vou chamar a médica. Espera aí.

Saiu correndo e alguns segundos depois voltou com Carla.

-Sofia, o que houve? -Ela olhou minha perna. -Ai meu Deus, sua perna piorou.

-Ah jura? Eu nem tinha percebido. -Disse já não aguentando mais me controlar.

-Vou precisar dar uma olhada. -Ela tirou o curativo e me olhou assustada. -Vou chamar uma médica mais experiente.

Assim que ela terminou de falar, saiu correndo do quarto.

-Ei, vai ficar tudo bem tá? Fica calma, eu estou aqui com você. -Carl disse e em seguida secou as lágrimas de minha bochecha.

-Você não tem idéia do quanto isso está doendo. -Começo a chorar mais.

Carla voltou com uma mulher. Elas chegaram perto de mim e a mulher tentou tocar minha perna, o que não foi possível já que não fui capaz de conseguir deixar.

-Rápido, eu preciso de um bisturi e de uma pinça. -A mulher falou e Carla pegou. -Garoto, você vai ter que segura-la.

-Por que? -Ele a olhou curioso.

-Sobrou alguns pedacinhos de bala na perna dela, eu preciso tirar imediatamente.

-O que? Como você não tirou antes? -Ele falou bravo olhando para Carla.

-E-Eu pensei que havia tirado.

-Não temos tempo pra isso. Segure ela logo.

Carl se aproximou de mim e segurou os meus ombros fortemente. Carla fez o mesmo só que em minhas duas pernas.

-NÃO POR FAVOR NÃO! -Ela pegou a pinça e começou a mexer. -AAHH MEU DEUS, PARA! -Falei chorando tentando levantar. -POR FAVOR!  -Digo já ficando sem ar.

-Fique parada anjo, por favor.

Comecei a me debater.

-ME SOLTA CARL! ESTÁ DOENDO MUITO. -Digo sem conseguir me controlar.

Senti meu corpo ficar meio mole e minha visão embaçada.

-Me... ajuda. 

Não vi mais nada além da escuridão.

Carl narrando:

Odeio ver a Sofia nessa situação.

Mas já que é para o seu bem, então preciso segura-la.

Quando a vi se debatendo de dor, meu coração se partiu. Vi que a médica não estava conseguindo mexer muito, já que ela não deixava.

Mas assim que vi que ela havia parado de se debater e estava quieta, minha preocupação aumentou.

-Sofia! Ei Sofia! Acorda.

-Fique calmo, ela só desmaiou.

Suspirei um pouco mais aliviado assim que vi a médica retirando todo o resto de bala que havia sobrado.

-Pronto. Acabou. -Ela colocou a pinça com a última bala em cima de uma bandeja cirúrgica e tirou a luva.

Carl? Preciso falar com você.

The New World/ Carl GrimesOnde histórias criam vida. Descubra agora