Se Non Te

Io ti accompagno e tu mi sostieni

No caminho de casa, Clara foi contando para a mãe sobre o ensaio, e como tinha gostado e das coisas que Marina tinha passado para ela sobre fotografia. Não falaram mais no assunto o resto da noite, já que quando chegaram em casa, Cadu já estava em casa e não parava de falar sobre o seu projeto de restaurante.

Aproveitando que os pais estavam nessa discussão sobre ir em frente com esse novo projeto de Cadu ou não, ela ligou para tia e perguntou se podia ir até lá.

-Oi Tia, tudo bem? – Cumprimentou a tia com um beijo no rosto.

-Oi meu amor, tudo bem, e como foi seu dia de modelo, vai mudar de carreira já? – disse sorrindo para Clara.

-Ah foi lindo demais, muito bom, mas seguir carreira não, morreria de vergonha se outra pessoa batesse foto minha.

Ambas foram para o sofá da sala, e sentaram de frente uma pra outra.

-Nossa, mas essa fotógrafa deve ser muito boa então, já conquistou a modelo.

-Ela é tia, é um pouquinho louca também – Clara sempre sorria quando falava de Marina, era inevitável.

-Deve ser a alma de artista, dizem todo artista ou é muito sofrido ou é louco – Sorriu levemente ao lembrar do próprio marido.

-Mas eu queria falar com você sobre outra coisa – Clara ficou séria – Mesmo antes do ensaio, a Marina me fez uma proposta de ir trabalhar com ela, e confesso que fiquei balançada. Não me leva mal, adoro trabalhar na loja, e tem a vantagem de ser perto de casa, e bom é algo da família, e

-Clara, meu amor, não precisa se justificar. Eu sempre soube que aquilo ali era passageiro. Você tinha terminado a escola, não quis fazer a faculdade é natural que eu desse esse suporte até você achar algo que realmente goste e queira fazer. – Helena segurou as mãos de Clara, e olhou séria para ela – Você é nova meu amor, essa é a primeira de muitas oportunidades que vão aparecer na sua vida. E se você realmente quer isso agora, não deixa passar. Vai lá, aproveita.

Os olhos de Clara encheram de lágrimas, e ela só conseguiu abraçar a tia por um longo tempo.

-Brigada mesmo tia. – Ela secou algumas lágrimas que escaparam durante o abraço. – Vem cá a Lu tá em casa?

- Está sim, lá no quarto. Vai lá.

-Deixa eu contar pra ela que virei modelo por um dia. – Clara deu um beijo no rosto da tia e foi pro quarto da prima.

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Depois que Clara saiu, Marina voltou para o estúdio e foi olhar as fotos do dia. Tinha tirado inúmeras fotos, e todas tinham ficado lindas, iria ser uma tarefa difícil separar as melhores para montar o ensaio final.

-Oi – Vanessa chegou, e foi se aproximando de Marina

Estava concentrada na tarefa que tinha iniciado que não percebeu a chegada de Vanessa.

-Não vai falar comigo? – Vanessa perguntou próximo a orelha de Marina que levou um susto.

-Nossa Van, estava tão focada aqui que nem ouvi você chegar. Humm que cheirinho bom é esse?

Vanessa colocou na frente de Marina um pedaço de uma torta de maçã.

-Sua favorita, acabei de buscar naquela padaria que você adora. Tá quentinha ainda, prova – Disse tirando um pedaço de torta e levando a boca de Marina.

-Humm tá uma delícia mesmo. Muito obrigada Vanessinha. – Marina respondeu pegando o prato que continha a torta, e o garfo, comendo mais um pedaço. – Adoro essa torta.