Per una volta ho così tanto che

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Sem tocar mais no assunto da visita da avó, Marina e Clara se arrumaram e saíram para jantar e para fazer as fotos.

O restaurante escolhido pela fotógrafa, ficava perto do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Tinha um ambiente mais rústico e romântico. Todas as mesas eram iluminadas por luzes de velas, e a maioria delas recebia casais em clima de romance. Marina pediu uma mesa na área externa, onde elas teriam uma maior privacidade e uma visão privilegiada do Teatro. Assim que sentaram Marina montou seu discreto tripé em direção à rua.

-Vamos pegar os casais chegando ao teatro e indo embora. – A fotógrafa comentou, enquanto preparava a câmera.

-Será que o restaurante não vai implicar Marina? – Clara perguntou percebendo a proximidade do garçom.

-Não estou batendo fotos do restaurante, nem incomodando outros clientes, não tem do que reclamar – Marina deu de ombros e sorriu para Clara. – Relaxa meu amor.

-Boa noite srtas, gostariam de ver a carta de bebidas? – O jovem garçom falou.

-Não, pode trazer a melhor garrafa de vinho tinto que vocês tiverem. E qual é o prato indicado pelo chef hoje? – Marina perguntou enquanto prendia a câmera no tripé.

-Pra essa noite, o especial é Fondue de Carne. Ele segue acompanhando três tipos de carnes e três molhos diferentes.

-O que você acha? – Marina perguntou para Clara.

-Perfeito. – Clara sorriu, já estava salivando, afinal não tinha comido nada desde a hora do almoço.

O garçom anotou o pedido e se afastou.

-Viu, eles nem se incomodaram. – A fotógrafa comentou

-Também, com toda essa sua preparação, eles devem achar que somos detetives particulares e estamos atrás de algum marido que pula a cerca.

-É isso que você imagina quando vê alguém com a câmera na mão? – Marina perguntou sorrindo.

-Basicamente, antes de conhecer você, era. Principalmente se a pessoa estivesse sozinha.

-Cheia de preconceitos não é mesmo?

-E no fundo não somos todos assim? – Clara olhou séria pra Marina. – Por exemplo, o casal que estava saindo quando chegamos. Ela pagava a conta e não ele. Então, ela ganha mais que ele? Ela que sustenta a casa? O cartão dele não passou? Ou simplesmente era a noite dela pagar a conta?

-Eu vou na última opção, adoro casais que não seguem o protocolo. – Marina sorriu.

-É por isso que você gosta de mulheres? Não gosta de seguir o protocolo? – Clara perguntou curiosa.

-Não, eu gosto de mulheres porque são as mulheres que despertam em mim o tesão, a paixão, a curiosidade. Sempre foi assim.

-Nunca sentiu nada assim com um homem? Você nunca esteve com um homem?

-Não, nunca senti a necessidade de ter um homem em minha vida, se eu me sentia completamente satisfeita com mulheres.

-Eu admiro você. – Clara sorriu.

-Algumas pessoas precisam experimentar para saber do que gostam, eu apenas sempre tive essa certeza. – Marina sorriu para Clara e segurou sua mão. – Você não tem essa certeza agora?

-Tenho certeza que é com você que eu quero viver. – Clara entrelaçou seus dedos com os de Marina.

-Mas e se a gente terminar?

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