Non voglio niente se Se non te

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A entrada tinha ficado com espaço o suficiente para os quatro entrarem juntos, lado a lado. Á frente, Ivan levava as alianças.

Começou a música, e os quatros foram entrando. Clara segurou com força no braço do pai, internamente gostaria de poder segurar com a mesma força nas mãos de Marina que caminhava ao lado de Diogo como se estivesse em um passeio no parque.

Finalmente chegaram até o centro do galpão, onde seus pais deixaram as duas, e suas mãos finalmente se encontraram. Marina deu um sorriso acolhedor para Clara, deixando a mulher um pouco mais calma.

-Boa noite. – Começou o juiz de paz. – Clara, Marina, hoje vocês estão aqui para afirmar o amor de vocês, perante seus familiares e amigos. O amor, o mais importante e muitas vezes esquecido sentimento. Não há como impedir que as dificuldades apareçam, mas onde o amor prevalece, nenhum empecilho reinará. Clara Fernandes, você aceita Marina Meirelles com sua esposa? – O juiz olhou diretamente para Clara.

-Sim. – Ela sorriu e sentiu a mão de Marina apertar a sua.

-Marina Meirelles, você aceita Clara Fernandes como sua esposa?

-Sim. – Marina respondeu sorrindo.

-Eu vos declaro casadas. Podemos colocar as alianças.

Ivan foi até onde as mulheres estavam, segurando a almofada com as alianças. Marina pegou primeiro. Segurou a mão esquerda de Clara, e olhou para ela.

-De hoje em diante, até meu último suspiro, não haverá um dia em que eu não te amarei. – Ela colocou a aliança no dedo de Clara, e deu um beijo longo na mão da mulher.

Clara pegou a aliança, estava nervosa e ficando vermelha. Segurou a mão de Marina.

-Marina, hoje e sempre, a única mulher que eu vou amar, mesmo quando você me deixa louca. – Clara colocou a aliança, rindo junto com Marina, e deu um beijo na mão da esposa.

-Posso beijar a noiva? – Marina perguntou para o juiz.

-Deve. – Ele respondeu.

-Eu te amo. – Marina sussurrou antes de beijar Clara com amor diante de todos.

Aplausos encheram o lugar e por um tempo foi só o que se ouviu. As duas assinaram o livro de registros e depois as testemunhas. Clara tinha chamado Luiza e o tio Felipe, Marina ficou com Flavinha e Gisele.

Como sempre Heloísa foi a primeira a abraçar o casal, seguida por toda a família de Clara que compareceu em peso. Inclusive primos de longe que Marina nem fazia ideia. Por último, enquanto Marina estava recebendo os parabéns de alguns amigos, Chica se aproximou de Clara.

-Oi.

-Oi. – Clara disse com dúvidas, de longe viu que sua mãe via a situação e vinha ao seu socorro.

-Eu só passei pra desejar felicidades. Espero que você tenha consciência do que está fazendo, e que esse é um caminho sem volta.

-Não posso acreditar que você veio perturbar minha filha, no dia mais feliz da vida dela. – Heloísa chegou pelo lado da mãe, sussurrando, mas o tom era bravo.

-Tudo bem mãe. – Clara sorriu para a avó. –Eu tenho plena consciência que escolhi ser feliz, em vez de me tornar uma pessoa amargurada e odiada pelos próprios filhos, como você. Você está vendo essa mulher aqui? – Clara se virou, pediu licença e trouxe Marina pro seu lado. – Essa mulher é a razão do meu sorriso, dos meus sonhos, da minha vida. Essa mulher linda e gostosa, toda minha. Só minha. Qualquer pessoa que saiba o que é amor, sabe que nós nos amamos e que não são meia dúzia de pessoas preconceituosas como você que vão mudar isso. Agora, você pode achar sozinha o caminho da saída, que eu preciso desfilar pelo local com a minha mulher. – Clara levou Marina de braços dados e deu um beijo no rosto da mãe quando passou ao lado dela.

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