Non è una sconfitta

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Enquanto as horas passavam, o sono não tinha chegado para Marina. Ela não parava de pensar em Clara e na situação que estava se formando. Até que ponto elas conseguiriam levar o seu romance sem expor para a família de Clara? a mãe dela sabia ou deveria ter sérias desconfianças já. E Clara, será que ela iria enfrentar a família? Será que ela estava preparada para segurar a barra que estava vindo? E mais uma vez naquela semana as palavras de Vanessa voltavam para martelar em sua mente. O céu começou a clarear dando início a mais um dia e Marina não tinha conseguido nem tirar um cochilo. Diante da inquietação que sentia dentro de si, levantou e foi pra piscina. Não se importou que o sol mal tinha aparecido e a água ainda estava fria. Nem se importou em colocar um biquíni. Marina mergulhou, na tentativa de esquecer suas aflições.

Apesar de ter sonhado com Marina, Clara acordou antes do despertador. Não perdeu tempo e saiu da cama, se arrumando o mais rápido possível. Quando foi pra cozinha, encontrou apenas o pai, a mãe e o irmão ainda não tinha aparecido.

–Bom dia pai – Clara pegou uma fruta e deu um beijo no rosto do pai.

–Bom dia Clara, levantou cedo, alguma coisa especial no trabalho?

–Não – Clara pegou sua bolsa e foi em direção a porta – Estou apenas tentando evitar sua esposa.

–Ei calma, ela não deve ter acordado ainda, eu disse que levava o Ivan pra escola hoje. – Cadu disse, indo em direção a filha. – Toma um café comigo.

Clara olhou para o corredor e depois para o pai, deixou a bolsa no sofá e voltou para a mesa. Mesmo assim, ela se serviu com pressa.

–Porque vocês brigaram?

–A mãe foi...foi algo que nunca imaginei que ela pudesse ser.

–E não posso saber o que é?

–Não quero falar disso, não quero lembrar – Clara disse tomando seu café. – Mas já que estamos nós dois, eu quero aproveitar pra pedir desculpas. Primeiro porque eu não disse nada para o senhor sobre o emprego e tudo mais, e depois eu não deveria ter respondido daquela forma. Sempre ajudei em casa porque quis e nunca como uma afronta.

–Eu fiquei muito triste. Vocês duas esconderam isso de mim, pensei que éramos uma família que conversava uns com os outros. Queria ter conhecido essa moça, saber dessa história, antes das coisas acontecerem dessa forma. – Cadu estava olhando para a filha, esperando que ela se abrisse com ele, mas a receptividade de Clara não estava boa. O que quer que tivesse acontecido entre ela e Heloísa, ela ainda estava magoada. – E não deveria ter gritado com você.

–Tudo bem pai – Clara segurou a mão do pai e esboçou um leve sorriso. – Eu vou indo, o trânsito até Santa Tereza é complicado. – Clara deu um beijo no rosto do pai.

–Tá bem – Cadu sentiu o beijo da filha e ficou olhando ela partir. – Clara?

–Oi? – Ela parou na porta e se virou para o pai.

–Gostei muito da sua ideia, vou tentar conversar com Laerte hoje. – Ele sorriu.

Clara sorriu de volta para o pai, e saiu. Desceu até a garagem pelas escadas, não queria encontrar nenhum familiar, e foi para casa de Marina o mais rápido que o trânsito lhe permitiu.

–--

Marina ainda estava na piscina, seu corpo há muito tinha se acostumado com a temperatura da água, ele estava ficando enrugado agora devido ao tempo que a fotógrafa estava lá. Mesmo assim ela não fazia menção de sair, e enquanto se perdia nos seus pensamentos e nas dúvidas alguém a trazia para a realidade.

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