Non voglio niente se

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-Será que podemos conversar sozinhas? – Anna apareceu na porta da cozinha, atrás de Marina.

Marina respirou fundo, virou-se lentamente ficando frente a frente com Anna, e colocou a champanhe em cima da mesa, cruzou os braços e deu de ombros.

-Marina, por favor. Você me ignorou o ano inteiro, e nós realmente precisamos conversar.

-Nós não temos pra conversar. Você é doente, você sabia quem eu era e em nenhum momento se importou com isso, quando veio pra cima de mim.

-Primeiro, eu não fui pra cima de você. Você que ficou me cantando a noite inteira. Segundo, eu sabia que você existia, sim, mas não sabia que era você naquela noite. Qual é Marina, você acha que seu pai o foi um pai presente pra bastarda aqui? Eu só fui saber que tinha uma meia irmã depois de adulta.

-Nem na noite seguinte? E na outra? E depois quando você veio atrás de mim no meu estúdio, não sabia também?

-Você só se dignou a perguntar meu nome na manhã seguinte, não foi assim? Mas se importou em saber mais de mim?

-Claro que não, eu só queria você pra uma noite e não pra vida inteira. – A sinceridade de Marina dita com a raiva que a fotógrafa sentia feriu Anna.

-Claro. O erro foi meu de ter gostado de você.

-Se isso já seria um absurdo antes, agora então

-Eu sei Marina, eu sei. – Anna cortou a fotógrafa, por mais que tivesse vontade de chorar, segurou as lágrimas. – Eu sabia quem você era quando te procurei no estúdio, mas não tive coragem de contar. Quando eu disse ao pai que eu gostaria de conhecer você, não tinha contado sobre a gente.

-E você queria que eu fizesse o que? Não é todo dia que você descobre que dormiu com a meia-irmã, mais de uma vez. – Marina soltou os braços em revolta e balançou a cabeça. – De fato não é todo dia que se descobre que tem uma meia-irmã pra começar.

-Eu sinto muito. Não era nesse clima tenso, o tipo de relação que eu gostaria de ter com você.

-Não acho que podemos ter nenhum tipo de relação Anna. – Marina falou séria, olhando para a meia irmã.

-Eu espero que você mude de ideia. – Anna baixou a cabeça e saiu da cozinha, e por pouco não esbarrou em Clara que estava próxima da porta. As duas trocaram um olhar, e a russa saiu em direção a piscina.

-De todos os esqueletos do meu armário, você ganhou de mim com essa história de lavada. – Clara parou na porta olhando pra Marina.

-Ouvindo atrás da porta Clarinha, que coisa feia. – Marina pegou a champanhe e foi até onde a mulher estava.

-Bom, você fica pálida quando vê ela, ela fica com essa cara de cachorra abandonada pra cima de você, e as duas somem ao mesmo tempo. Eu sou uma mulher insegura meu bem. – Clara passou os braços em volta do pescoço de Marina.

-Não precisa ser, eu só tenho olhos, e beijos pra você. – Marina deu um beijo em Clara.

-Agora é sério meu amor, você tá bem? – Clara olhou preocupada para Marina.

-Estou sim, depois te explico essa história direito. Vamos lá, antes que sua mãe e a missão festa de casamento escolham um vestido rodado pra gente usar na festa. – Marina sorriu.

-Ok, depois você me conta. – Clara segurou a mão de Marina, e foram para a piscina. – Mas você pode cortar os detalhes das noites que você dormiu com ela.

Marina apenas sorriu, e voltaram para a reunião com Heloísa e Flavinha. Anna estava sentada perto, mais não o suficiente para se fazer notar, ela apenas ouvia, e não olhou para o casal quando elas se aproximaram.

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