Non chiedo niente se

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-Prova que não. – Marina sussurrou palavra por palavra, olhando sedutoramente nos olhos de Clara.

-Ah Marina, não faz isso comigo...- Clara gemeu, por instinto prendeu as mãos da noiva entre suas pernas, aproximando seus lábios dos de Marina.

-Fazer o que Clarinha? – Marina passou a língua nos lábios de Clara, e desviou o rosto quando a assistente tentou beijá-la.

-Isso – Clara segurou a mão de Marina entre suas pernas – Me provocar assim e depois me deixar.

-Então eu dobro você? – Marina sorria triunfante.

-Você me dobra, você me domina, você me enlouquece, tá bom assim? – Dessa vez Clara segurou a nuca de Marina não deixando a fotógrafa escapar dos seus lábios lascivos.

Antes que o beijo a fizesse perder o foco Marina o parou. Mordeu o lábio inferior de Clara, quando a mesma fez o som de desaprovação do fim do beijo.

-Tá muito bom assim. – Marina sorriu, e se levantou. – Vamos dormir, estou cansada.

-Cansada de quê? – Clara olhou pra Marina ainda com uma ponta de revolta. – De judiar de mim?

-Não meu amor, estou cansada do trabalho. – Marina pegou a mão de Clara e foram juntas para o quarto.

-De judiar de mim não?

-Não. – Marina entrou no quarto rindo. – Mas se serve de consolo, não está sendo fácil pra mim também. – Sussurrou junto ao ouvido de Clara, e depois se afastou indo para o banheiro.

-Não serve. Só pra você saber. – Clara respondeu e foi atrás de Marina.

Entre as investidas de Clara e toda provocação de Marina, as duas demoraram mais do que necessário no banho. Era tarde quando, finalmente conseguiram adormecer.

Marina acordou na manhã seguinte, e levou um susto quando não sentiu Clara em seus braços. Passou a mão pelo colchão e percebeu que havia sangue nele. Levantou correndo chamando por Clara, que não respondia.

Correu até o banheiro e a encontrou, dentro da banheira. Tinha sangue por todo lado, e o corpo de Clara boiava na banheira.

-Clara – Um grito preencheu o quarto.

Marina estava sentada na cama, suando e ofegante, Clara sentou atrás dela ainda assustada, mas abraçava Marina com toda a força que tinha.

-Calma meu amor, eu tô aqui. Foi só um sonho ruim.

-Ai Clara – Marina já a abraçava forte.

-Tá tudo bem, tudo bem meu amor. – Clara voltou a deitar com Marina em seus braços. Fazia carinho nos cabelos da amada e a apertava contra si.

-Parecia tão real. - A fotógrafa abraçava mais forte a assistente. – Não tinha tido mais esses pesadelos.

-Sonhos ruins acontecem meu amor, não se culpe por isso. – Clara deu um beijo longo nos lábios de Marina. – Sentiu? Eu tô aqui, e isso é a realidade. Agora volta a dormir, que eu vou abraçar você bem forte, e mais nada de sonhos ruins essa noite.

Marina fechou os olhos contra o peito de Clara, abraçou o mais forte que podia a noiva, e logo o sono veio novamente. As horas correram, e logo as duas podiam sentir o sol irradiando dentro do quarto, por entre as frestas da cortina.

-Agora quem tá assustando quem? – Clara resmungou.

-Aprendi isso com a minha noiva, conhece ela? – Marina respondeu dando um selinho. O sol não tinha nascido ainda quando ela tinha acordado, e ficado observando Clara.

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