Per ogni volta che mi cercherai

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–Eu vou te matar – Marina gritava enquanto empurrava Vanessa pelo chão.

Os corpos das duas rolavam no chão, cabelos eram puxados, e unhas eram enfiadas nas peles.

–Isso é por você ter ficado com aquela fedelha – Vanessa respondia, dando tapas em Marina.

–Sua invejosa – Eram os gritos de Marina

Vanessa conseguiu ficar por cima, e segurou os pulsos de Marina. Prendendo a fotógrafa no chão.

–Eu fiz o que fiz porque eu te amo. Você é tudo pra mim Marina, aquela fedelha é só uma ilusão.

–Eu odeio você Vanessa, tá ouvindo? EU TE ODEIO. – Ela tentou se soltar, mas Vanessa era mais forte, e apertou seus pulsos.

–Não faz assim Marina, para com isso meu amor – Vanessa aproximou seus lábios do pescoço de Marina.

–SAI...ME SOLTA...- Marina usou seu corpo com toda sua força e tirou Vanessa de cima dela, deu um tapa na cara da assistente e se levantou, saindo de perto dela. - Você tá louca Vanessa. Eu amo a Clara. Ela é a mulher que eu amo. Não você. Entende que o seu tempo acabou. Que eu não sinto mais nada. Vai viver sua vida mulher, me esquece.

–Você não ama ela Marina, você não ama ninguém. Você é volúvel demais pra isso.

–Não Vanessa, você é doente demais pra perceber que um dia eu te amei. E mais doente ainda por achar que eu não amo a Clara. – Marina tinha raiva, sentia ódio. – Sai da minha casa.

–Você vai me colocar pra fora por causa daquela fedelha? – A raiva agora tinha atingindo Vanessa.

–EU AMO A CLARA. Se tiver que me afastar de você, por ela, eu faço isso. Agora sai da minha casa. – Marina apontava pra rua.

–Não saio, eu moro aqui, eu tenho direitos nisso aqui.

–No estúdio sim, na minha casa não. Fora daqui – Ela pegou a ruiva pelo braço e lutou contra a força de Vanessa para colocá-la na rua.

Trancou a porta, e finalmente foi vencida pelas lágrimas. Vanessa ainda não aceitava.

–MARINA – Ela gritava pelo gramado – MARINAAAAAA

Marina pôs as mãos nos ouvidos, e se abaixou escorada pela porta. Naquele momento chorar era o que restava a ela.

–--

Quando Clara acordou estava sozinha. Olhou pela cortina e viu a luz do sol. Levantou e pegou o celular. Tinha uma ligação perdida e uma mensagem. Ambas eram de Marina, e eram apenas de uma hora atrás.

Como um choque ela se lembrou de tudo o que aconteceu na noite anterior. Seu coração ficou apertado, e as lágrimas teimaram em sair. Foi até o banheiro e tomou um banho gelado, tinha esperança que tudo não passava de um sonho ruim, e água fria iria acordá-la. Infelizmente, não era bem assim.

–--

Marina acordou cedo. Espiou pela porta e viu que Vanessa tinha dormido na frente dela. Não teve pena, deixou a porta trancada e foi para o seu quarto. Olhou-se no espelho, tinha arranhões por todo o torso. Tinha brigado com Vanessa só de sutiã e sua pele branca foi um prato cheio para os roxos que apareciam. Seus pulsos estavam piores. As manchas roxas marcavam certos os dedos da assistente. Foi bom ver aquilo. Serviu para lembrá-la do quão instável estava a assistente, e que ela não deveria perdoá-la tão cedo.

Ligou pra Clara, e ela não atendeu. Mandou uma mensagem e foi tomar um banho. Cobriu os arranhões e os roxos o melhor que pode. Ligou pra Flavinha, desabafou com a assistente, que se prontificou em cuidar de Vanessa, até que Marina resolvesse as coisas com Clara.

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