Per ogni volta che ho rischiato

1.3K 57 6
                                    

Vanessa dormia no colo de Marina, quando Flavinha chegou com a comida que tinham pedido. A fotógrafa acordou a assistente, e as três foram almoçar.

-Nossa, que sessão nostalgia, esse almoço lembra os velhos tempos? – Vanessa comentou durante a refeição.

-Que velhos tempos Van? Sempre que estamos no estúdio almoçamos juntas. – Marina respondeu.

-É mais agora tem a Clarinha, e suas comidinhas de casa.

-Pelo menos a gente come corretamente com a Clara cuidando da cozinha. – Flavinha contribuiu, já percebendo a paciência de Marina evaporar.

-Ah sim, viva a Clara – Vanessa ironizou.

-Bom, pelo visto você já está melhor. – Marina largou os talheres com metade do prato cheio. – Eu vou indo, Flavinha espero você no estúdio amanhã, e quanto a você Vanessa, pensa bem no que eu te disse. E aproveita suas férias, porque você só volta a trabalhar naquele estúdio, depois que eu receber a liberação médica.

-Pera aí Marina, aquele estúdio também é meu, você não pode me impedir de entrar lá.

-Na verdade eu posso. O estúdio é na minha casa, e eu nunca deixei de te pagar. Portanto, eu te pago, e você não trabalha, como mais da metade dos sócios que se tem por aí.

-Nós não somos como os outros – Vanessa se levantou irritada aumentando o tom de voz.

-Mas vamos ser enquanto você não melhorar. – Marina também se levantou.

-E quem disse que você se vira sem mim? – Vanessa ria – Marina você não passa uma semana longe de mim que fica toda perdida. Você só serve pra tirar fotos.

-É por isso que eu tenho a Clara e a Flavinha. Você é uma excelente profissional, mas não é insubstituível Vanessa. E se precisar eu contrato mais uma pessoa. – Marina disse saindo da mesa, foi pra sala e pegou a sua bolsa. Vanessa a seguia, e Flavinha vinha atrás tentando acalmar as duas.

-Ah você tem a Clara pra cuidar da sua cama, e a Flavinha do estúdio é isso? Tá me trocando em tudo quanto é lugar. Vai contratar mais uma pra quê hein Marina? Tem algum espaço na sua vida que não tá ocupado? O de amante ainda tá livre, é isso?

-Tchau Flavinha. – Marina olhou pra Vanessa – Tchau Vanessa. – Virou as costas e foi embora.

-Volta aqui que eu tô falando com você – Vanessa tentou correr e impedir Marina, mas Flavinha foi mais rápida e tomou a frente, trancou a porta e não a deixou sair.

Dentro do carro, Marina respirou fundo algumas vezes. Olhou no espelho retrovisor e se lembrou de como foi complicado o término com Vanessa. Os choros constantes da assistente, as invasões noturnas na sua cama. Depois começaram as implicâncias. Tudo que qualquer pessoa fazia era motivo para ouvir as patadas de Vanessa. Perdeu duas assistentes nesse processo. Só Flavinha se mantinha com ela. A única com paciência para Vanessa, e também pra Marina, que sempre foi exigente demais com o seu trabalho. Teve sorte por ter mantido Flavinha. Sem ela, Marina e Vanessa já teriam se matado bem antes da Clara.

Como sempre depois da tempestade vem a bonança, e Vanessa tinha melhorado antes delas retornarem para o Rio, tinha se acalmado. Era implicante ainda, e controladora com a vida de Marina, mas nem perto do que ela ficou depois que a Clara apareceu. Ela só piorou e se descontrolou. No fundo Marina que sabia que ela não iria procurar ajuda. O problema, era que mais cedo ou mais tarde, Marina teria que decidir entre Clara ou Vanessa.

Ela balançou a cabeça desviando aqueles pensamentos, e ligou pra Clara.

-Oi amor, tudo bem? – Clara atendeu no segundo toque.

Se Non TeOnde histórias criam vida. Descubra agora