Non chiedo niente se

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Clara acordou desorientada, tentou se mover mas sua cabeça doía muito. Levou as mãos até o local e constatou que tinha um curativo ali. Assim as lembranças do que tinha acontecido voltaram em sua memória.

-Marina. – Primeiro ela sussurrou, depois abriu os olhos e se sentou, chamando alto – Marina. – Clara procurou pelo quarto onde estava, mas estava sozinha. Era um quarto de hospital, frio e sem vida. Ela saiu da cama, e a porta se abriu.

-Clara, não – Cadu correu até a filha e a segurou, colocando de volta na cama.

-Não pai, a Marina, eu preciso ver ela, tinha sangue. A Vanessa – Clara falava e tentava sair da cama, mas seu pai a segurava.

-Calma, filha calma, me escuta primeiro.

Clara parou e olhou pro pai, já estava chorando.

-Cadê a Marina?

-A Marina está em cirurgia. Eu não sei mais nada, não nos disseram nada, temos que aguardar o médico para mais detalhes.

-Aguardar? Como é que você me pode me dizer uma coisa dessas? É a minha mulher, ela precisa de mim com ela.

-Clara, ela precisa de você, mas agora você não pode ajudá-la. Você já fez isso meu bem. – Cadu passou a mão nos cabelos da filha. – Filha, se você não tivesse agarrado aquela mulher, e mudado a trajetória da bala, a Marina não estaria mais aqui.

-Era minha bala. – Clara disse chorando. – Ela ia me matar e não a Marina, se eu não tivesse dito que nós íamos nos casar, ela teria atirado em mim.

-Vão se casar. – Cadu corrigiu. – Você e a Marina vão se casar. Você precisa pensar positivo minha filha. E além do mais, não se culpe, aquela louca teria atirado em qualquer pessoa.

-Ela foi presa?

-Em flagrante. Tão cedo ela não vai aparecer.

-Espero que ela morra. – Clara estava secando as lágrimas. – Onde está a mãe?

-Lá na sala de espera da cirurgia com a outra moça que trabalha com a Marina, e os primos dela. Ela estava aqui, e foi lá me chamar pra ficar um pouco com você.

-Eu quero ir pra lá.

-Aqui ou lá filha, não faz diferença. Espera, logo vão nos dar a boa notícia.

-Aqui eu estou mais longe da sala de cirurgia.

-Você levou uma pancada na cabeça, teve que levar pontos, está em observação, não sei...

Clara deixou o pai falando sozinho e chamou a enfermeira. Assim que a moça entrou no quarto, ordenou:

-Chama o médico que me colocou aqui, diz que eu acordei e quero sair daqui agora. – Clara falou com urgência. A enfermeira ignorou sua fala e checou seus sinais, depois pediu licença e disse que chamaria o médico.

-Não precisa ser grossa com as pessoas. – Cadu repreendeu Clara.

-Não fui grossa, só não tem cabimento eu ficar aqui ocupando um quarto, por causa de uma pancada na cabeça. – Instintivamente Clara levou a mão a testa sob o curativo.

O médico chegou, e examinou Clara.

- Eu preferia que você permanecesse em observação. - Concluiu.

-Minha mulher levou um tiro, está na sala de cirurgia, eu não vou embora, eu só preciso ficar perto dela.

-Entendo, mas eu teria que te dar alta e

Se Non TeOnde histórias criam vida. Descubra agora