Capítulo 3

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Olá pessoas! Obrigada pelas 200 leituras! ♡♥ Estão gostando?
No desenho de hoje, Helena!

Seguimos em disparada até o aeroporto. Então era assim que chegávamos à Coréia do Sul. Correndo descabeladas atrás de um idiota que havia esquecido sua mala. Meus pés não estavam acostumados com a corrida repentina e a mochila nas costas estava pesada.

— Helena, por acaso você sabe onde ele foi? – Emili ofegava atrás de mim, para sua infelicidade não estávamos contemplando a Coréia do jeito que ela queria. – Como sabe que a mala é dele?

— O idiota estava sentado do seu lado no aeroporto em Taiwan. Ele guardou a mochila debaixo da poltrona. Escondeu na verdade. – Eu tentava falar com ela no meio da corrida. -Mais rápido Emili! Vamos perdê-lo de vista!

A multidão se estendia a nossa frente, desviávamos das pessoas cheias de bagagens e pressa, Emili se curvava pedindo desculpas a cada um que passava por nós.

— Mas onde ele está? – ela gritou se afastando um pouco para desviar das pessoas.

— Todos os passageiros do avião pegam suas malas maiores no desembarque... - pensei rapidamente - Ele só pode estar lá!

Emili não pareceu tão animada com aquilo, e logo disse:

— Por que você disse que ele estava me encarando?

— Porque estava, e muito.

— E por que você quer devolver a mochila?

— Quer roubar, no seu primeiro dia de intercâmbio?

— Não, né cabeção. É mais prático deixar num guichê de achados e perdidos. – ela arfava.

Cabeção. O Umpa Lumpa também havia achado um apelido para mim. Que ótimo.

Aceleramos o passo, estávamos quase perto das esteiras de bagagem. Mas não vi sinal nenhum de boné rosa. Caso não o encontrássemos ali, depois poderíamos ir ao guichê.

— Helena, o que é um pontinho rosa no meio do aeroporto?- Emili disse enquanto arqueava uma sobrancelha.

Eu sorri cúmplice para ela, e corremos mais. Achá-lo no meio de um mar de gente, foi quase um milagre.

Nos aproximamos da multidão e paramos atrás do homem.

Ele era alto como um poste, e abestalhado como um asno. Como ele esquecera sua bagagem?

— Me desculpe senhor. – Emili o chamou em coreano – Acho que o senhor esqueceu sua bagagem.

E estendeu a mochila vermelha.

Ouvi o barulho que sua boca fez no momento que quase caiu ao chão.

— Desculpe, mas essa bagagem não é minha. – a pessoa sorriu.

—Ah er... Você... Você não é muito alta para uma menina? – ela sussurrou olhando para o suposto Boné Rosa que se virara. Que vergonha! Como se a situação já não estivesse ruim. O Boné Rosa era uma menina! Por um momento pensei até em tirá-la de lá gritando seu nome, mas preferi fingir que não a conhecia, peguei minha bolsa e fui andando o mais longe que podia, mas Emili me alcançou.

Vermelha dos pés à cabeça ela murmurou:

—Helena vamos embora logo, não quero passar mais nenhum segundo nesse aeroporto, a gente liga para o proprietário dessa mala depois, deve ter algum contato nessa joça aí!- disse batendo de leve na mala, ela parecia irritada, tão engraçado! Ora, ora, a rainha da simpatia também podia se irritar no final das contas?

Coordenadas de um CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora