Capítulo 4

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Olá pessoas amadas! Estamos explodindo de felicidade com mais de 300 leituras? Estamos! Obrigada a vocês! ♡♥♡♥♡♥
Hoje a narração é com a Emili, e temos Luan na mídia.

O objeto caiu e rolou debaixo da minha cama, eu me abaixei e o peguei.
Era de metal, dourado e em formato circular côncavo, em sua face, emaranhavam-se desenhos talhados no ferro. Observei por um momento, era o pingente de um colar, o fio de couro pendurado em minhas mãos.

Um objeto estranhamente belo. Tentei imaginar um menino usando aquilo, para alguém que só tinha roupas da Gucci na mala, era muito estranho aquele acessório não ser de ouro ou prata.

-Quero um desse... - eu sorri pra Helena.

─ Você sabe que não vai usar nada dessa mala né?- me olhou desconfiada, acho que deixei muito na cara.

─ Claro Helena. - olhava para aquele pingente dizendo adeus para um look lindo.

Quando olhei melhor percebi um pequeno papel amarrado no cordão.

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101 Daehak-ro

Ihwa-dong,

Jongno-gu,

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Luan estava sentado na mureta baixa da minha casa.

Luan fumava seu cigarro enquanto a fumaça se misturava com a neblina noturna.

Luan me olhava sorrindo e abria os braços para que eu corresse para ele.

Luan pendurava-se no meu balanço e se enforcava ali. Em suas mãos, um pingente dourado, no seu pescoço o peso da verdade.

Eu acordei gritando. Helena acendeu a luz correndo e pegou a vassoura que estava na porta.

Ofegante eu a fitei. Seus cabelos castanhos longos caiam sobre o rosto claro, ela parecia mais assustada do que eu.

- Desculpe... - eu sussurrei, a mágoa começou a pesar no meu coração. - Eu tive um pesadelo.

Ela não falou nada apenas apagou a luz e deitou novamente, seu corpo pálido imóvel.

Eu não pensava em Luan desde quando o homem no avião, Park, falara comigo. Negava-me a pensar que ele estava com raiva de mim. Luan não tinha nem ido a minha casa se despedir, muito menos no aeroporto em São Paulo. Meu coração ficava mais pesado a pensar em cada uma dessas coisas, principalmente na ligação.

Virei-me na cama, não tinha dormido quase nada no avião, precisava descansar, mas na minha mente, as imagens pingente da mala e Luan morrendo dançavam em sintonia.

─ Boa noite Helena...

─ Hum. - foi o jeito de ela me dizer boa noite.

Eu dormi com o som da movimentação noturna lá fora, o trânsito e a vida coreana, enquanto meu coração era engolido pelo medo.

....

- ATRASADAS DE NOVO EMILI! - ouvi Helena gritar perambulando pelo quarto mal arrumado.

Estávamos tão cansadas que nem organizamos nada ontem.

-Temos que passar na faculdade antes das aulas começarem. Temos horário marcado.

Quando eu mesma vi a hora saltei da cama e enfiei a roupa. Nos trocamos em 10 minutos. Nem pensamos em tomar café, estávamos atrasadas demais pra sentir fome, e antes de sair correndo pelas ruas de Seul, lembramos que as gênias ainda não sabiam o caminho até a faculdade.

Coordenadas de um CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora