Capítulo 7

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Hello, hello pessoas! Agradecemos pelas mais de 800 leituras! Explosão de amor para vocês! Os capítulos até agora já mandaram bastante pistas de toda a história... Sei que vocês leram Sherlock Holmes (kkk mentira não sei não), então prestem atenção nos detalhes. ; ) Narração com Emili...

"Jeon Jungkook, membro do grupo sul coreano BTS, não se apresentou em show no Japão, na noite de ontem."

Rolei a página da notícia.

"O líder do grupo afirma que o mais novo se ausentou por conta de sua saúde. Os vocais revezaram para suprir a ausência do maknae, e todos os membros pediram perdão às armys."

Como Jungkook não fora a um show? Isso realmente era algo inusitado. As notícias pareciam tão estranhas, ou melhor, meu idol parecia tão estranho.

"Yi Lee Na..." Ainda me lembrava do episódio no fansign. E tentava acreditar no engano daquelas palavras. Aquilo realmente foi esquisito, ou eu era a louca?

Guardei o celular quando o professor de política internacional contemporânea entrou na sala.

Depois de assistir a mais duas aulas, fui para casa. No caminho, pensei em tudo o que aconteceu na minha vida aqui na Coréia do Sul até aquele instante. Havia conseguido uma companheira de quarto rabugenta, um amigo de avião que nunca me ligou, um namorado briguento e idols estranhos. O desânimo tomou conta de mim por um segundo, mas eu estava na Coréia! Não poderia desistir nunca, aquele era o meu sonho, estar aqui é tudo o que eu sempre quis, não poderia deixar essa oportunidade escapar por entre meus dedos, não poderia me deixar abater por coisas tão pequenas.

— O amanhã vai ser diferente, o amanhã vai ser melhor... – repeti comigo.

É só um dia ruim, é só uma época ruim. Helena e eu seremos grandes amigas, só não tivemos oportunidade de conversar mais. Park iria me ligar um dia, ele devia estar ocupado esse tempo, coreanos são ocupados. Luan só estava bravo porque sentia saudades, quando nos encontrarmos novamente esse clima ruim irá passar. E quanto as atitudes estranhas dos meus idols, eles deviam estar cansados, ou talvez não esperassem uma estrangeira no fansign. Tudo vai ficar melhor.

Antes de colocar meus pés em casa, acenei para o porteiro uva passa que não se importou nenhum pouco em ser simpático comigo. Helena tinha dado o apelido certo, ele era ruim igual o gosto da uva passa no meio do arroz, e era enrugado como tal.

Logo que abri a porta fui direto para o quarto arrumar a mala vermelha para finalmente devolvê-la ao seu dono. Helena tinha me contado na noite anterior que o dono da mala está participando do mesmo projeto que ela no hospital e que ela a devolveria hoje logo que chegasse da faculdade.

— Acho que todas as camisas estão aqui, todas as calças, só falta... O COLAR! Onde ele está? – um pequeno desespero começou a tomar conta de mim. Procurei na mala, no meu guarda roupa, nas coisas da Helena, até no banheiro. Nada.

Comecei a pensar na última vez que o vira.

— No fansign! Eu estava usando, mas não me lembro de guardá-lo em nenhum lugar... – disse forçando a memória – Ah não! Será que ele caiu quando aquela mulher esbarrou em mim no metrô? Ou ela roubou?! Acho que não, aqui é a Coréia, não o Brasil, é muito difícil isso acontecer – minha cabeça estava uma bagunça, mas eu só conseguia pensar em uma coisa – Helena vai me matar!

Enquanto eu me agonizava pela casa ouvi a porta abrindo, era Helena e ela não parecia estar feliz. Eu não era a única que teve um dia difícil.

— Boa tarde Helena! Você está linda hoje... – disse com o maior sorriso que eu conseguia esticar na minha boca. Ela, no entanto, me olhou desconfiada, mas ignorou.

Coordenadas de um CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora