Capítulo 15

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 Demoramos, mas chegamos...

Aqui temos, como apresentado - e muito comentado - Jeon Jungkook e Helena.

Voltem, ao acabar o capítulo, para entender sobre o que o desenho fala!♡ Assim fica mais fácil e as teorias aumentam... Kkkk
O que estão achando dessas artes lindas? Um dia falaremos sobre elas... Boa leituraaaa!


— Mas pode me chamar só de Jungkook, ou Kook. - ele não olhava para meus olhos. - O que você preferir.

— Jeon está ótimo. Dou preferência as formalidades.

Não iria chamar um coreano desconhecido por seu nome próprio, naquele território eu entendia um pouco as regras.

"Quero ir embora daqui. Quero tomar um banho e sumir da vista dessa gente estranha" - era a única coisa que eu conseguia pensar.

O espaço entre nós era respeitável, não estávamos grudados, mas ainda sim eu podia observar com clareza a aproximação e o movimento rápido que o peito dele fazia, se enchendo e se esvaziando de ar. O ar quente daquele fim de tarde.

Jeon colocou a cabeça para fora por um segundo e voltou olhando para seus pés.

— Me perdoe por correr sem nem explicar. E por te assustar também.

— Tudo bem, eu estou acostumada. Fugir loucamente com caras desconhecidos e ser jogada em becos úmidos e estreitos. Faço sempre.

Seus olhos arregalados não entenderam a sátira nas minhas palavras. Era um bobinho então...

— É piada. - grunhi baixo enquanto revirava os olhos. O pior da ironia era quando não a entendiam.

— Você pega carona com desconhecidos e traz amigas bêbadas no banco de trás. Isso é uma piada também?

Touché. Onde estava o bobinho?

— Era uma necessidade, ok? E foi você que abertamente me ofereceu. Você é amigo de Kim Dong Yul, ele não é tão mala, você também não deve ser...

Ele apenas me olhou com desdém, como se desaprovasse minha atitude, que ele próprio influenciara.

— E se eu tivesse feito algo? - cerrou o olhar. Seu braço apoiado na parede formava uma barreira impedindo minha passagem.

— Você não faria. - disse empurrando seus braços abrindo passagem.

Mesmo demonstrando confiança engoli em seco. Por que ainda não estávamos do lado de fora daquele lugar sombrio? Por que ainda não víamos aquele dia ensolarado brilhante?

— Como você tem tanta certeza?

Ele não se aproximou, nenhum passo a mais como eu imaginava naquelas cenas de ameaça. Apenas se manteve no lugar, sempre olhando para longe de mim, ou para parede logo atrás, ou para o chão.

— Você... Você não tem cara de gente desse tipo.

— Fique atenta. Não sabemos quem é o leão entre nós dois. - pela primeira vez, ele me olhou. - Quem está ferindo quem...

E saiu. Sem dizer mais nada.

— Vamos nos apresentar assim então? Umas ameaças aqui, umas fugas ali? Normal pra você? - andei atrás dele irritada, e o observei novamente com a máscara branca. - Por que estava atrás de mim?

— Devolver seus livros. Agora sua bolsa. Não é como eu sentisse saudades.

Não tinha sentido. Livros, bolsa, por que aquelas respostas não se digeriam no meu cérebro?

Coordenadas de um CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora