Uma floresta.
Jason.
Uma garota de cabelos vermelhos.
Outra garota de cabelos longos.
Era com isso que Bree vinha sonhando nos últimos dois meses depois que Corey apareceu. E como se não bastasse, os sonhos continuavam estranhos e assustadores. Nessa floresta, Jason tentava a matar, enquanto essa garota de cabelos vermelhos a protegia e ao mesmo tempo, a outra garota tentava a matar também...
E o precipício...
Ah, ele nunca saia dali, dos confins do cérebro dela, como se fizesse parte da sua vida agora. Por que esse precipício não saia dos seus pesadelos? Se soubesse, seria mais fácil.
Voltando a atenção agora para o professor novo de história, percebe que sua voz é calma e baixa, e percebe que isso dá mais sono do que antes. De imediato, sorriu, e percebeu também que havia algo de errado. Sentiu falta de Mabel e Dam.
E se sentiu excluída no mesmo instante. Eles não lhe contavam nada do que acontecia, assim como seu pai, que não saia da sede do Conselho. Sua mãe também não podia lhe dizer nada, já que não desconfiava do que estava acontecendo. Já Angie Jones... havia desaparecido há um dia, sem avisar para onde iria.
Bree estava nervosa com tudo isso. Todos escondiam segredos importantes dela e que a envolviam. Precisava descobrir alguma coisa como, por exemplo, o significado da cruz pendurada em seu pescoço...
– O quarto misterioso... – Bree sussurrou para si mesma.
É claro, o quarto na casa de Dam. Na última vez que esteve lá, sua vida sofreu uma grande e drástica mudança. Só havia um problema... Ir embora. Sair sozinha da escola nunca fora tão difícil e ir para casa também não. Olhava para todos os lados, com medo de estar sendo seguida por vampiros.
Quando avistou a casa, suspirou aliviada. Entrou correndo, trancou a porta, fechou as cortinas do térreo, do primeiro e segundo andares, checou a porta dos fundos e a do porão. Subiu as escadas correndo até o quarto no primeiro andar. Parou em frente a porta para respirar. Que respostas poderia obter ali? E se houvesse mais coisas sobre ela escondidas pela casa?
Correu até o quarto, abriu a porta e se deparou novamente com aquele cheiro de amaciante. Foi até a escrivaninha e como por impulso, tocou de leve na caixinha de música. Foi uma lembrança repentina que levou Bree a tocar aquela caixinha de música. Uma lembrança vaga e ilegível chegou a sua mente, não parecia ser dela.
Engoliu em seco e abriu a caixinha. A música, a bailarina, os desenhos perfeitos que a caixinha possuía... Tudo perfeito. Bree sorriu. Sempre quis ser bailarina desde criança, mas não tinha muito equilíbrio.
Com a música tocando, ela olhava cada detalhe da caixinha e, Bree percebeu que havia algo escrito na tampa da caixinha, provavelmente o nome da música. Continuou a viajar naquela música tranquila e, enquanto ouvia, pequenos pedaços de lembranças não nítidas lhe tomavam conta sem perceber...
Uma moça, um rapaz. Sorrisos, beijos, amor.
Gritos, pedidos de socorro.
Sangue.
Bree abre os olhos rapidamente, assustada. O que era aquilo? Essas lembranças, esses pensamentos... Não pertenciam a ela!
– Esses pensamentos não são meus... Então, a quem pertencem? – Ela se perguntou.
De repente, seu celular toca.
–Alô?
– Bree, onde você está?
Ela franziu a testa.
– Estou em casa. Por quê?
– Não, não pode ser.
– O que foi, Alana? Por está com voz de pânico?
– Por que eu acabei de ver, nesse exato momento... Você!
Bree sentiu seu coração parar por um segundo e voltar.
– Aonde? Aonde, Alana?
– Perto da escola.
Bree sentiu suas pernas bambearem. Ainda achava ser impossível, por que isso sim era impossível, isso não existia!
–Não, não... Alana! Estou em casa.
- Agora entende meu pânico?
– Fica calma. - Bree diz, como se resolvesse o problema, pois nem ela conseguia se acalmar.
–Breezy, o que está havendo? Isso não existe. Ou ela é sua irmã ou...
Ou Bree tinha um clone seu andando por ai.
– Não tenho irmãs. Nem clones. Isso é impossível.
– Não acredita em mim?
– Não é isso... só não acho isso possível, Alana.
–Quer ver com seus próprios olhos?
Bree congelou.
– Como?
– Estou a seguindo. – Alana começou a cochichar.
Bree sentiu um arrepio repentino em seu corpo.
– Onde você está exatamente? – Disse Bree, correndo em direção as escadas.
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Saga Eternamente: Promessas (LIVRO 2)
VampirePaixões destruidoras. Vidas em jogo. Promessas a cumprir. Uma guerra para lutar. E escolhas a tomar. É apenas uma parte ruim da vida. O que pode ser pior do que estar entre a vida e a morte? Quer correr o risco? - Não morrer completamente é pior...