Jason dirigia o carro, enquanto Bree se afundava em pensamentos. Ele a levava para um lugar seguro e ao mesmo tempo para algum lugar onde as lembranças dela poderiam ser despertadas. Jason sabia que isso aconteceria, como viu na floresta.
Fazia tempo que viajavam e Bree precisava esticar as pernas, então disse:
- Podemos parar por um instante?
Ele suspirou a olhando por um segundo e voltando os olhos para a estrada.
- Para quê?
- Que tipo de pergunta é essa? - Bree disse, balançando a cabeça em negativo. - Sou humana, esqueceu? Tenho minhas necessidades.
Jason riu.
- Ah, é. Esqueci.
- Não tem graça.
Ele riu novamente e Bree, nervosa, deu-lhe um tapa no braço.
- Ei, mocinha. Nada de agressões.
Ela riu, mas sentiu algo estranho depois de tocá-lo pela primeira vez, como se sua respiração estivesse alterada, seu coração acelerado e sua visão turva...
Breezy estava tendo uma visão, mas seu corpo reagiu de outra forma, menos violenta e mais sutil.
De repente escutou:
- Nunca vi olhos tão perfeitos.
E no mesmo instante começou a ver duas pessoas conversando em um jardim lindo, como sempre as roupas eram de uma época longínqua. Se assustou com o que via, mas não podia fazer nada, a não ser assistir.
- Obrigada.
- Você é tão linda.
- Por favor, não faça isso... - Disse a moça, envergonhada.
O cara sorriu e Bree pode identificar quem era aquele em sua visão.
- Acho que estou apaixonado por você.
A moça também sorriu e Bree sentiu seu coração doer. Ela sabia quem era aquela moça... Era ela, em outra vida. E aquele cara... Era Jason.
- É sério?
- Sim, estou falando sério. Quero me casar com você.
- Não sei se meus pais vão aceitar.
- Não importa, nós fugimos.
- Mas você nem sabe meu nome.
- Não importa. - Ele disse, beijando a mão dela. - Você tem um dia para pensar.
E de repente, tudo se apagou. Bree respirou fundo e percebeu que estava de volta ao mundo real, suava muito e seus olhos estavam vermelhos, mas nenhuma dor como as de antes.
Só estava assustada com o que havia visto.
- Ei, Bree!
Ela se assustou com a voz de Jason.
- Hã? O quê?
Ele franziu a testa dizendo:
- O que foi?
Breezy suspirou, esfregou os olhos e disse:
- Nada, só estou com fome.
- Somos dois.
Ela o olhou rapidamente.
- Jason, não vai matar nenhum inocente...
- Não vou matar coelhinhos, pode ficar tranquila.
- Sabe que não foi isso que eu quis dizer.
Ele riu.
- Tudo bem. - Ele avistou uma lanchonete no encostamento à esquerda e disse: - Que tal uns bêbados, drogados e suicidas?
Bree engoliu em seco e fez careta.
- Credo, Jason, isso vai te fazer mal. Mas não me deixa sozinha no meio de estranhos.
- Quer esperar eu comer ou...
Ela fez outra careta.
- Ok! Eu me viro sozinha.
- Não disse que poderia fazer isso.
- Então você espera eu comer e depois você come.
Jason parou o carro no estacionamento e disse:
- Dá na mesma.
- Jason...
- Tá legal, Bree. Vamos logo!
Eles saíram do carro e logo quando entraram na lanchonete, todo o barulho parou e os olhares se voltaram para Bree e Jason na porta. Ela engoliu em seco e adentrou enquanto Jason fechava a porta e caminharam até o balcão, só então todos voltaram ao que estavam fazendo. Depararam-se com pessoas estranhas que fumavam, bebiam, que falavam e riam alto.
Jason percebeu que havia alguns forasteiros ali, vampiros viajantes. Ficou de olho neles enquanto Bree foi ao banheiro. Ela percebeu pessoas estranhas naquele lugar. Trancou a porta do banheiro e, de frente para o espelho, olhou para si, toda descabelada e pálida.
Abriu a torneira, molhou o rosto, lavou as mãos e deu uma ajeitada com as mãos úmidas no cabelo. Secou o rosto, respirou fundo e foi até a privada, estava suja, mas não havia alternativa, estava apertada. Quando terminou, lavou as mãos e de repente, alguém bate fortemente na porta, a assustando.
Bree sentiu a adrenalina correr por suas veias. As batidas ficavam mais fortes e quando criou coragem para abrir a porta, deu de cara com uma mulher forte e gigante.
- Até que enfim! Pensei que havia morrido ai dentro! - A moça disse, passando por Bree.
- Desculpe.
A moça a empurrou para fora e fechou a porta. Bree estava com o coração na boca. Respirou fundo e voltou para o balcão, onde Jason degustava um copo cheio de Whisky.
A garçonete perguntou a Bree:
- O que quer comer?
Ela olhou no cardápio, só tinha panquecas de leite condensado e bebida alcoólica.
- Pode ser... Panquecas.
A garçonete pegou o cardápio e caminhou para a cozinha enquanto Jason dizia:
- Não me culpe se a panqueca for ruim.
Ela riu. Nesse instante, uns caras se aproximam dos dois. Eliab estava ali e ao seu lado estava alguém que Jason odiava, seu maior inimigo...
- Como vai, meu amigo?
Ele continuou de costas, tomando seu Whisky. Bree congelou ao lado de Jason, enquanto a garçonete colocava as panquecas no balcão. Jason entregou o dinheiro para a garçonete, colocou o copo em cima do balcão e disse para Bree:
- Pegue suas panquecas.
- Com prato e tudo?
Ele se levantou da cadeira para encarar Eliab e, ainda falando com Breezy, disse:
- É, com prato e tudo. Você come no caminho.
- Mas e você?
- Eu me viro.
Eliab olhou para Bree e sorriu, dizendo:
- E você está aqui também...
- Se está me vendo... - Bree disse, irônica.
Jason deu um sorriso discreto.
- Corajosa e esperta, hein? - Eliab disse.
Bree engoliu em seco, não havia nada de corajoso nela, apenas o impulso do medo sobre sua raiva, que a fazia falar mais que a própria boca.
- O que quer agora? - Disse Jason.
Lion, que estava ao lado de Eliab, disse:
- Queremos a garota! Entregue-a, agora!
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Saga Eternamente: Promessas (LIVRO 2)
VampirePaixões destruidoras. Vidas em jogo. Promessas a cumprir. Uma guerra para lutar. E escolhas a tomar. É apenas uma parte ruim da vida. O que pode ser pior do que estar entre a vida e a morte? Quer correr o risco? - Não morrer completamente é pior...