Dois meses depois...

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2010

Suas vidas se esvaíram rapidamente até agora, mas há de ser diferente naquele presente, pois há tanto o que descobrir sobre os mistérios que envolvem a vida e morte de Breezy. Seus sonhos continuam presentes, a atormentando, mesmo que Corey esteja vivo, mesmo que saiba disso.

Os dias estão passando e Breezy sabe que a cada dia que passa, mais perigo corre, sabe que precisa desaparecer do mapa o quanto antes e sabe que não pode ficar muito tempo no mesmo lugar. 

Mas fica difícil entender a própria vida quando Damian e seus amigos não colaboram com suas dúvidas, não lhe dão respostas e Angie Jones, que insiste em dizer que é sua mãe, sempre diz: Damian ou seus amigos não tem todas as respostas que você quer, Bree.

Enquanto pensava e repensava nisso tudo, caminhava em direção à escola com o coração nas mãos. É difícil confiar que está protegida, mesmo não os vendo. Assim como é difícil confiar em si própria sem se conhecer.

 De fora da escola, haviam muitas pessoas, o que dava certo conforto, assim não se sentia tão vulnerável, mas a sensação de perigo continuou a assombrá-la quando Bree subiu as escadas da escola. 

Respirou fundo, tentando se controlar. Havia pessoas diferentes ali que a olhavam de um modo que a fez embaraçar-se nas próprias pernas e, bom, talvez estivesse paranóica, talvez estivesse maluca...

Engoliu em seco ao ver que um grupinho de pessoas tinha aparência diferente. Eram vampiros. Bree se assustou consigo mesma ao perceber que muitos novatos ali realmente se pareciam vampiros. Pareciam ou eram? 

Sua espinha gelou e seu coração doeu. Todos os "pálidos" sabiam de seu nervosismo só de ouvir sua pulsação. De uma hora para outra, depois que ela caminhou mais rapidamente em direção a sala de aula, mais perguntas e dúvidas surgiram em sua mente.

Quando colocou os pés na sala, se assustou com uma figura alta e séria parada ao lado da mesa do professor, de frente para a porta, de frente para ela. Engoliu em seco e, com os enormes olhos verdes arregalados, pensou: Quem é esse cara?

– Oi, bom dia! Estuda aqui?

Bree sentia que suas pernas bambas talvez a trairia...

– Sim... – Ela disse, hesitante.

Ele sorriu.

– Pode entrar, eu não mordo.

Bree não tinha certeza disso, mas mesmo assim, tentou sorrir forçadamente.

– Ah, desculpe, mas... – Bree franziu a testa por causa da luz do sol. – Quem é você?

O homem sorriu.

–Ah, perdão, nem me apresentei. Sou seu novo professor de história.

Com um enorme alívio no peito, Bree sorriu, respirando fundo e entrando na sala.

– O que aconteceu com a antiga?

– Sofreu um acidente.

Bree colocou sua mochila na mesa e olhou, curiosa, para o professor. Seu estômago se contraiu.

– Por isso, vou substituí-la.

– E qual seu nome?

– Terry Johnson. Prazer em conhecê-la...

Ela ficou dividida em dizer seu nome ou sair correndo.

– Breezy... Parker. – Ela falou, hesitando entre seu nome e sobrenome.

Ele apenas sorriu, saindo dali rapidamente. E ela ainda sentia que não deveria ter dito seu nome.

No mesmo instante, se voltou para a janela, olhando para as pessoas lá fora. E bem lá perto do muro, que separava a escola da floresta de mata fechada, Bree avistou um cara parado, se apoiando no muro. 

Saga Eternamente: Promessas (LIVRO 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora