Ataque

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Breezy corria para encontrar Alana. Mas as lembranças da caixinha de música não saiam de sua mente, mesmo que ela quisesse pensar em outra coisa, não conseguia. Vozes e imagens caminhavam por sua mente...

"- Do que você tem medo?

- Por que está correndo?

- Você sabe o que fez?

- Me deixe em paz! Vá embora!

- Saia de perto dela!

- Você morreu para mim!" – Eram vozes diferentes em tons alternados.

Ela caminhava rapidamente em direção a Alana, que estava parada atrás de uma enorme árvore e acenou para Bree, ela parecia estar vigiando alguém e Bree chegava perto de descobrir quem era essa pessoa que tanto se parecia com ela, e estava ansiosa, mas de repente, Bree começou a ver imagens como se fossem reais.

Aquelas memórias estavam se projetando a sua frente e ela não aguentou o peso do próprio cérebro, que parecia se apertar e esmagar seu crânio terrivelmente. Se ajoelhou no meio da rua, o asfalto estava quente por causa do sol, mas ela parecia ter saído do próprio corpo, estava gritando de dor, seus olhos ardiam e embaçavam, sua respiração se prendia sozinha. A cabeça fazia uma pressão tão forte, tão forte, que doía o corpo todo...

Então, ela viu e ouviu um passado, lembranças que não eram suas...

"...Eu não posso me afastar. Minha irmã, minha família, meus amigos e meu amor... Não posso deixá-los... E não posso deixá-lo..."

Breezy via a garota segurando algo, o vestido era antigo, assim como o penteado e não dava para ver o que ela segurava ou ver seu rosto, pois estava de costas. Nem as imagens nem o que a garota dizia, faziam sentido para Bree...

- Alana! – Ela gritou, estava sangrando pelo nariz e segurava a cabeça, pois doía muito.

As vozes continuaram, a imagem ficou embaçada, mas ela ouviu nitidamente:

"- Você não é como nós...

- O que quer dizer?

- Você é mais do que poderia imaginar.

- O que eu sou?

- Tem que descobrir sozinha. Eu também não sei.

- Mas, Nana...

- Você não tem muito tempo, Katsya...

- Eu nunca tenho, não é? Por quê, Nana? Por quê?"

- Bree! Fala comigo! – Alana disse.

Alana estava desesperada, vendo toda a dor que saia dos gritos de Bree e pelo sangue em seu nariz. E Bree queria saber quem eram aquelas pessoas em sua mente.

" - Eu preciso me libertar! Mesmo que lá fora eu esteja morta e fique entediada...

- Você sabe que a pior parte dessa liberdade... É perder a si mesma, não sabe?"

Bree abriu os olhos. A dor se foi. Mas a última voz que escutou... Seus olhos se arregalaram. Não poderia ser quem ela pensava...

- Bree?

Ela engoliu em seco, o sangue ainda escorria e pingava no asfalto, o vento batia em seus cabelos, seu cheiro estava espalhado ali. Bree piscou várias vezes até sentir confiança em seus olhos, até as lágrimas cessarem.

- O que houve? – Bree disse.

Alana a olhou, curiosa.

- Você não se lembra?

Saga Eternamente: Promessas (LIVRO 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora