Saga Eternamente: Promessas (LIVRO 2)

Irmãs

Ela não se mexeria até saber que um dos irmãos estava por perto. Enquanto isso, apenas piscava os olhos devagar, apesar do vento frio vindo do leste, batendo com força nas árvores e em seu rosto. Seus cabelos por precaução estavam amarrados em um coque e usava o boné que Jason lhe deu.

Engoliu em seco quando sentiu calafrios, era o jeito de seu dom lhe avisar que haviam forasteiros por perto. E ao contrário do que pensavam, Breezy Parker não sentia mais medo, e ainda era uma simples humana que, de tão frágil, morreria com um simples corte na garganta, mas apesar disso e de qualquer coisa, Bree não sentia medo. E estava tão feliz por ter se tornado forte e tudo graças a Jason. Se não fosse ele, Bree jamais aprenderia a se defender sozinha.

Seus olhos verdes, de repente, se moveram para a esquerda. Seus punhos se fecharam e ela sabia que havia mais alguém ali. Engoliu em seco quando viu um corpúsculo se mover em sua direção, e podia ver claramente enquanto se movimentava rapidamente, Bree sabia quem era e queria saber por que estava a caçando. Seus dois irmãos, Dam, Jason, Mabele, Angie Jones, Candice e o Conselho estavam longe, na redoma de vidro. Aquilo parecia um desafio que a vida desejou lhe dar como prova de sua força e coragem.

Engoliu em seco novamente e logo pode ver os olhos da vampira, que disse:

- Até que enfim...

Bree suspirou. Parece que nunca deixaria de se assustar com aquilo, já bastava sua irmã e agora mais essa. Quantas mais iguais a Bree apareceriam por ai?

- Enfim pararam de te proteger, de te esconder, Breezy Parker!

- Ninguém estava me escondendo. Ou será que está frustrada por não conseguir furar a barreira que meu pai fez?

A essa altura, todos já sabiam que Breezy tinha algo que a deixava exatamente desta forma: corajosa demais para uma simples humana. Mas ela sabia o que carregava e sabia que forasteiro nenhum a tocaria por medo ou receio. E ainda assim, não sabia o quanto de medo Nina Young carregava consigo, se é que tinha medo...

Nina riu alto e disse:

- Não estou frustrada com nada. Cada um de nós temos um interesse diferente no que você carrega, queridinha. Teu pai não é diferente.

- Meu pai não quer me matar.

- Foi isso que ele disse?

Bree franziu a testa, estava ficando nervosa, mas sabia que não podia a escutar.

- Você tem problemas comigo? Por que eu não quero ser fardo de ninguém.

Nina riu, irônica.

- Está se achando espertinha demais!

- Não, só quero saber por que está aqui.

Nina ficou a sua frente, não podia a tocar, mas podia a ameaçar com os olhos, como sempre fazia com todos. E Bree sustentou seu olhar.

- O que você quer comigo, Nina?

Nina Young respirou fundo, cruzou os braços, olhou para os lados, voltou os olhos para Bree e riu.

- Por que te mandaram sozinha?

Bree engoliu em seco.

- Responda minha pergunta, Nina.

Ela a olhou profundamente, com raiva do modo como Bree falava com ela. Se sentiu pressionada, e não menos que isso, sentiu seu poder de dominação se esvair, como se Bree mandasse não só nela, mas na situação, controlando-a como ela mesma fazia com todos.

Por impulso, Nina avançou contra Breezy, que com um passo para trás de susto, disse:

- Não faça isso!