Dois meses se passaram desde de o falecimento de minha irmã e os insultos de meu irmão. Agora cá estou, arrumando as malas para minha primeira temporada, que iria começar na próxima semana, ficarei hospedada em um hotel no centro da cidade, junto comigo Lucy que era minha empregada, amiga, irmã e dama de companhia, Beatriz também iria, mas de forma alguma participaria dos bailes, portanto achei mais apropriado levar Viviana, uma das empregadas e na maior parte do tempo babá da pequena Bea.
Joseph Turner, o mais antigo e leal dos empregados, um senhor doce e dedicado ao trabalho e a família Cárter, ficava responsável de nos levar para a cidade e de nos buscar assim que a temporada acabasse. Chegamos no meio da tarde e fomos bem recebidos pelo dono do hotel Harry Rutledge, na qual levava seu nome Rutledge, um senhor um tanto misterioso, que parece ter vivido muito e ter conseguido sucesso mesmo com as inúmeras turbulências na vida.
Meu irmão havia oferecido um quarto em sua casa, no entanto recusei. Estava irritada para o demais com sua decisão e não importava me com que os demais iriam pensar.
O quarto era ótimo, fiquei com menor, mas nem de longe deixava de ser impressionante. As outras três ficaram no maior, aproveitando o espaço extra. Lucy deveria acompanhar-me, porém dispensei ela, até poderia ser minha dama de companhia com tudo vou precisar de um pouco de privacidade quando começar a desvairar.
Aprontei-me para dormir, amanhã será um longo dia, assim como os próximos. Não estava animada e muito menos otimista com minhas chances de encontrar qualquer pretendente, já havia passado da idade de começar a amiudar esses bailes, além do mais o cavalheiro que quisesse corteja-me teria que aceitar de regalo uma criança de cinco anos de idade. A sorte não assentava ao meu favor, o mais prudente a fazer era aceitar o primeiro pascácio que aparecesse.
Bea bateu a porta junto com Viviana para desejar boa noite, retribui e fui deitar-me feliz com o gesto da pequena.
Assim que tomei meu café da manhã recebi uma correspondência de meu adorável irmão Lorde Elliott Cárter, convidando-me para um baile em sua casa naquela noite, quanta hipocrisia da parte dele. Recebi mais um convite e tentei organizar meus afazeres e tentar aprimorar minha singela etiqueta, só havia aprendido o básico com minha mãe, quando ela ainda era viva, e com Diana, meu pai um tirano controlar não me deixou fazer parte deste mundo, foi a única coisa boa que fez por mim e agora lamento ter pedido esses conhecimentos.
Quando se aproximava a hora do baile aprontei-me, apertei o espartilho o máximo que pude e coloquei o meu vestido mais novo, um vestido rosa mais intenso com partes rendadas na cor preta, não era decotado e a manga era estirada, usava uma luva e um chapéu simples de cor preta. A maquiagem era sutil, o que me deixou com uma expressão mais jovem.
Um empregado do hotel bateu à porta informando que nossa carruagem havia chegado e que estava a nossa espera. Aprecei-me para terminar. Durante todo o trajeto Lucy passava-me normas de etiqueta que havia aprendido com convivências ou livros de etiqueta.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Amor ou Razão? (Livro 1)
RomanceEssa se trata da obra completa e atualizada. Após receber a notícia do falecimento da irmã Diana Cárter, Isabelle se vê na responsabilidade de cuidar da sobrinha Beatriz, a qual estava nos cuidados dela e da mãe. No entanto devido a uma discussão co...