Capitulo XVI: Em busca da verdade

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No dia seguinte preparei-me para ir até a casa de meu irmão para acetar os detalhes do arranjo. Lucy parecia mais aborrecida do que o normal, já não saberia dizer se ela estava contente ou não com o acordo, mal falava comigo.

Ao chegar tive que aguardar um pouco, meu irmão estava ocupado com a esposa. Assim que pode-me receber tentei saber o que de fato estava acontecendo com ela.

— Como ela está? — Perguntei com cautela.

— Melhor, mas ainda se sente enjoada. — Meu irmão estava realmente triste, isso me comoveu, foram poucas as vezes eu o via assim, tão impotente.

— O que o médico disse?

— Ele ainda está investigando, apenas pediu a que a deixassem repousar.

— Acredita ser algo grave?

— Espero que não, não posso perde-la. — Sua expressão era de tristeza e isso me entristeceu, meu irmão nunca deixava transparecer seus verdadeiros sentimentos, honestamente as vezes nem parecia que tinha.

O lorde Watson chegou e seguimos para o escritório, sentamos e começamos a discutir o assunto.

— Analisando a situação da senhorita Cárter acredito que para o bem dela o compromisso, digo o casamento, deve ser rápido, no entanto não desesperado, é uma situação delicada.

— Decerto que sim, acho melhor ser daqui um mês, assim daremos tempo para planejar e marcar a data e diminuímos o falatório.

— Claro, a senhorita fique à vontade para marcar o dia.

— Quanto ao dote a valia será dividida em duas partes, a primeira uma semana antes do dia do casamento e a outra no dia. Depois acertamos o valor exato.

— Não se preocupe, a senhorita Isabelle vale mais do que qualquer dinheiro. — Corei com o elogio, talvez por estar na frente do meu irmão.

— Quero pedir uma coisa, não quero muitos convidados, de preferência os mais próximos, pois já fui humilhada demais por esse povo mexeriqueiro. — Pedi preocupado só de imaginar os olhos julgadores sobre mim na cerimônia.

— Vou ver o que posso fazer, mas lhe aviso poucas pessoas também será motivo de falatório. — Alertou-me Elliott.

— Faça o que achar melhor, não estou em condições de exigir muito mesmo. — Declarei derrotada.

— Onde pretendem residir? — Não havia pensado nisso.

— Deixarei a senhorita escolher se prefere morar na cidade ou na propriedade ao interior. Sei que não se habituou a cidade além disso está acostumado com o interior. — Watson respondeu.

— O que for melhor para o senhor, mas decerto que prefiro o campo a cidade, sinto-me inferior aqui. — Escondi o rosto com vergonha.

— Pois bem, mudaremos da cidade. Só tem um porém nossa partida terá que esperar um pouco, preciso fazer algumas mudanças na propriedade para melhor recebe-la.

— Tudo bem. — Ele iria reformar a casa por mim? Não tem como não me sentir lisonjeada com feito e envergonhada por causar tantos problemas.

— Lorde Watson precisará que venha com certa frequência em minha casa parra organizar os mínimos detalhes do casamento. Isa não se preocupe irei deixar Eleonora encarregada de lhe ajudar, se ela não melhorar pedirei para que lhe indique alguém de confiança.

— Está bem. Precisarei ir para casa buscar alguns pertences. — Eu realmente precisava buscar algumas coisas, porém esse não era o objetivo principal.

Amor ou Razão? (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora