Amor ou Razão? (Livro 1)

Capitulo X: Entregue ao desejo de amar

Era tarde da noite quando fui acordada com uma única batida forte na porta, perguntei quem era e não obtive resposta então levantei para ver o que era e observei um pequeno envelope branco perto da porta, logo fui ver do que se tratava. Assim que a toquei sabia de quem se tratava, era de Ricardo, tinha até o perfume dele, fui atraída pelo desejo de sentir aquele perfume. Se tratava de um pequeno bilhete.

Perdoe-me pelo incomodo, porém tive que lhe acordar, doce Isa Cárter. Preciso vê-la rápido, sendo assim passarei aí daqui a dez minutos, por favor não mude nada em seu visual (gosto da maneira que se veste ao dormir).

Atenciosamente seu Ricardo.

Sorri involuntariamente, ajeitei meu cabelo ansiosa para recebe-lo, mesmo sabendo que não podia. Deseja conversar com ele, procurar juntos uma maneira de resolver esse problema. Logo ouve uma batida na porta e senti meu coração bater mais rápido de nervoso e alegria.

— Quem é? — Perguntei para me certificar que era ele.

— Sou eu, Isa querida. — Disse atrás da porta de um jeito doce e em um tom de voz que somente eu poderia ouvir.

Abri a porta e ele entrou rapidamente, nos envolvemos em um abraço e um beijo longo e quente, sem perceber estava sentada na beirada da cama com a cabeça em seu peito aos prantos, estava cansada e desesperada.

— Não se preocupe meu amor, tudo vai se resolver. — Ele beijou minha testa e afastou o cabelo que estava em meu rosto para um beijo rápido e reconfortante.

— Tenha alguma ideia? — Disse olhando para ele, um sorriso leve surgiu em seu rosto e me aconchegou ainda mais em seus braços fortes e reconfortantes.

— Na verdade meu amor, tenho algo em mente, mas não sei se vai concordar. — Ele olhou para mim em busca de uma reação, quando sentiu um interesse em meus olhos prosseguiu. — Fuja comigo para a Europa, iremos eu, tu e sua pequena. Seu irmão não sentira nossa ausência e juro que tenho recursos para isso, com as joias que faço.

— Espera, trabalhas com joias? — Perguntei surpresa.

— Sim meu amor e de onde eu tiro meu sustento. — Sorriu com divertimento.

— É por isso que o encontrei na casa do Sr. Brown? Tem negócios com ele?

— Certamente que sim, ele vende algumas joias minhas.

— Diga-me mais sobre seu plano. — Aproximei-me demonstrando interesse.

— Já planejei tudo, venderei todas as minhas joias e farei mais algumas para vender, venderei minha pequena propriedade no Sul e com a valia em mãos poderemos ir para a Europa, tenho conhecidos por lá, posso pedir orientação. Inicialmente iremos morar em um hotel, mas logo comprarei uma casa para nós três e para os próximos. Podemos casar lá ou aqui, um dia antes de partirmos, não quero deixar que seu irmão nos atrapalhe. — Aquilo parecia perfeito, mesmo assim fiquei triste por meu irmão ser um empecilho, um verdadeiro problema.

— Acho ótimo, isso parece ser incrível, mas tenho que pensar melhor. — Disse um pouco animada, mas ao mesmo tempo preocupada.

— Compreendo, pense melhor nisso amanhã. — Ele se levantou e foi em direção a porta, meu coração se apertou não queria que ele fosse agora.

— Não, não vá. — Disse com certo desespero na voz, o desespero que estava contido em meu coração.

— Calma querida, apenas vou tomar água. — Seu sorriso era travesso e seu olhar era doce.

Sorri envergonhada, deitei na cama me virando de lado, pela vergonha por ter feito papel de boba e para pensar, quando um barulho estridente de algo sendo espatifado no chão me chamou atenção, tive um sobressalto com o susto. Ricardo havia deixado a jarra cair no chão.