Capitulo XXIII: Bem-vinda ao mundo

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Minha gravidez foi tranquila, às vezes eu me sentia enjoada e tonta, mas era normal. Eu me vi dobrando de tamanho aos longos dos meses, no entanto me senti feliz com isso, pois carregava uma vida ali dentro, fruto do meu amor por Ricardo e o dele por mim. Ele se fazia muito presente e atento aos mínimos detalhes, estava sempre preocupado o que me irritava um pouco, mas no fundo achava fofo seu exagero comigo.

Planejamos o quarto do bebe e deixamos tudo preparado para quando ele quisesse vir ao mundo.

Ricardo não era só atencioso comigo, cuidava da filha com muito zelo, só tinha olhos a sua pequena. Amava vê-lo prestando total atenção a menina e o que ela tinha a dizer, nos momentos que a reprendia eu sabia o quanto era difícil para ele fazer aquilo, mas era necessário, as brincadeiras e a hora de dormir, sempre lhe contava uma história.

Ia descer as escadas quando senti uma forte dor, gritei por Ricardo que venho correndo ao meu encontro.

— O que foi amor? O que está sentindo? — Seu tom de voz junto com a expressão no seu rosto era de pleno pavor, estava com medo.

— Está chegando a hora. — Falei com cuidado para que ele não assustasse ainda mais.

— Que Deus nos ajude. — Conduziu me até o quarto e chamou por Viviana, ela ficou ao meu lado enquanto meu marido chamava o médico. De tempos em tempos a dor foi surgindo e se intensificando, Viviana gritava ao meu lado tão assustada quanto eu.

O médico apareceu e preparou o quarto para o parto. Pediu que eu ficasse calma e respirasse, tentei fazer o que ele pedia, mas era impossível. Ricardo sentou ao meu lado e segurou minha mão, encarei seu rosto e percebi que ele estava muito nervoso, estava pálido e parecia respirar com dificuldade.

 Ricardo sentou ao meu lado e segurou minha mão, encarei seu rosto e percebi que ele estava muito nervoso, estava pálido e parecia respirar com dificuldade

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— Vai dar tudo certo. — Disse a ele, sorriu como resposta e beijo o dorso da minha mão.

— Vai sim minha joia preciosa.

O médico me mandava o tempo todo fazer força e respirar, aquilo era difícil, dolorido e cansativo. Pareceu uma eternidade até finalmente ouvir o choro que a meu ver foi melhor do que qualquer música que já ouvi. Respirei fundo aliviada e Ricardo fez o mesmo.

— É uma linda menina senhora e senhor Threston. — O médico disse segurando a criança que não parava de chorar.

Eu e Ricardo sorrimos ao mesmo tempo um para outro. Meu coração estava disparado de tamanha emoção, era extraordinário.

— Tudo bem amor? — Perguntei a ele sabendo do quão nervoso ele estava e quão importante deveria ser para ele aquele momento.

— Sim, essa será a primeira de muitos. — Sorriu.

— Acho que não quero passar por isso novamente. — Rimos da situação.

— Já escolheram o nome da criança? — Perguntou o médico nos encarando em expectativa.

Amor ou Razão? (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora