Amor ou Razão? (Livro 1)

Capitulo IV: Um baile cheio de desejos

Estava usando um vestido enorme lilás, com bordado negro no final, a manga era comprida e um tanto desconfortável, a maquiagem era harmoniosa e o cabelo preso com grampos, que incomodavam um pouco. Lucy vestia um vestido verde-escuro com poucos detalhes, muito discreto.

Quando chegamos o salão já estava cheio, todos da cidade com um mínimo de posses estavam ali, nobres e burgueses. Sra. Cooper estava recebendo seus convidados com toda elegância que era característica dela, sua graciosidade estava explícita em seu vestido branco com flores roxas em todo vestido, a saia se estendia por baixo do busto, o decote do vestido era simples com um bordado roxo, as mangas pareciam mais um véu e as luvas eram extremamente brancas, no lado da cabeça uma tiara que parecia mais uma coroa, muitos a comparavam com a própria rainha.

O marido o Sr. Cooper era frágil, estava muito velho e o ataque constante de tosse deixava claro que começava a contar os dias restantes de vida, muitas especulações sobre sua saúde e vida diziam que para ele restavam apenas um ou dois anos de existência. Era muito claro para todas que era a esposa que controlava tudo e muitos audaciosos se permitiam espalhar boatos que madame Amelie Cooper havia-se casado com Sr. Cooper pelo mais puro interesse financeiro e deu um golpe no desventurado homem que se casou por acreditar que a mulher esperava um herdeiro, uns afirmam que ela inventou a situação, outros dizem que ela perdeu a criança e já terceiros dizem que tivera um caso com outro, mas como esse não tinha posses procurou um de imensas fortunas. Obviamente ninguém dizia aquilo de fato, mas pensavam e manipulavam os mais próximos para acreditar nessas especulações.

Fui cumprimentar o Sr. e a Sra. Cooper, o filho do casal que tinha minha idade estava dançando com algumas damas, era um dos solteiros mais cobiçados, quando me viu parecia um tanto arrogante, mas não sei ao certo, pois não o conheço o suficiente para dar tal informação como certa. Após algumas danças pude ser apresentada a ele que trocou três palavras e retornou a pista de dança, por um grande espaço de tempo fiquei conversando com algumas damas e sendo apresentada para muitas outras.

Meu irmão estava na festa com a esposa, ao me ver veio ao meu encontro e me tirou para dançar para fazer ameaças, fazendo com que eu me lembrasse qual era o meu propósito ali, arrumar um marido e não ficar conversando com damas cansadas e solteironas, como fez questão de dizer.

Dancei com alguns cavalheiros e meus pés já começavam a doer, fui-me sentar e descansar um pouco até o olhar de meu irmão me forçar a conseguir novas danças e conhecer mais homens solteiros, de preferência com grande fortuna.

Logo estava sentada novamente tentando disfarçar a cortante dor em meus pés. Alguns minutos depois Lorde Watson encontrava-se parado em minha frente, elegante e educado como da última vez.

— Srta. Cárter é um prazer encontrá-la novamente, está ainda mais elegante.

— Gentileza sua, senhor. — Agradeci com um leve e aparente sorriso no rosto.

— Se permiti dizer é a dama mais graciosa deste baile. — Pareceu sincero o que fez com que meu rosto corasse no mesmo instante.

— Fico encantada com o elogio Lorde Watson, no entanto minha beleza não pode ser comparada com nenhuma outra, senhor, acredito que nenhuma beleza pode ser comparada é algo único, na qual todos possuem a sua, de forma individual. — Ele fica perplexo com minhas palavras, contudo abre um sorriso. — A verdadeira beleza vem da alma, senhor.

— Belas palavras Srta. Isabelle, nunca havia pensado desta forma, a senhorita abriu meus olhos. De qualquer forma é muito formosa e um deleite aos olhos. — Não sabia ao certo se estava sendo apenas gentil ou se era palavras sinceras, do coração, de qualquer maneira corei e fiquei contente por elas se referirem a minha pessoa.