MAID 「 Changki 」

Caos

Kihyun respirou fundo quando Changkyun passou por ele na cozinha. A mãe de Changkyun o gritou para que fossem logo para o colégio, já que ele não podia se atrasar logo no primeiro dia.
Changkyun deu um olhar mortal para Kihyun, que apenas contorceu os lábios e voltou sua atenção em terminar de preparar o café da manhã do CEO.

— Changkyun é uma peste — a mãe de Kihyun murmurou — eu te avisei.

— Ele só não sabe ser educado — Kihyun respondeu.

— Vá estudar, eu termino de preparar o café — Song disse. Kihyun assentiu, secou as mãos no pano e deu um beijo na bochecha da mãe.

O CEO disponibilizava a enorme biblioteca para Kihyun estudar, com e sem o auxílio da governanta da família.
Como Kihyun foi morar na casa dos Lim, teve de parar de frequentar o colégio: por ser muito longe e porque preferiu não gastar o pouco dinheiro que a mãe ganhava.
Empurrou a porta de madeira e o cheiro dos livros soprou seu rosto. Kihyun gostava de ler e de estudar, e dizia para a mãe que seria um médico um dia.
Ele andou até as prateleiras e passou seus dedos pelos múltiplos livros até que encontrasse o de biologia: passaria a manhã estudando uma de suas matérias favoritas, e contaria o que aprendeu para sua mãe depois do almoço, como sempre fazia.

[...]

— Sistema — Kihyun passava os dedos pelas linhas do livro de biologia e falava pausadamente enquanto escrevia em seu caderno — circulatório — largou a caneta em cima do caderno e espreguiçou-se. O relógio badalou duas da tarde: perdera o almoço. Ele imergiu na matéria que sequer viu o tempo passar tão rápido assim.

Espreguiçou-se novamente, fechou o livro e o caderno e se levantou. Os colocou por baixo do braço e assim que sua atenção se voltou para a porta, ela foi aberta: Changkyun.

— Sua mãe está chamando você — disse ao revirar os olhos. Ele o encarou de cima a baixo.

— Vamos logo, Changkyun! — uma outra voz surgiu. Kihyun molhou os lábios ao assentir e passou por Changkyun. Dois outros estavam ali presentes, mas Kihyun não os conhecia.

— Então ele é o filho da empregada? — um deles indagou ao aproximar-se de Kihyun. Mexeu na franja dele e sorriu.

— Vamos logo, Minhyuk — Changkyun disse — você não estava com pressa?

O mais alto suspirou.

— Está suspirando aí por quê, Hyungwon? — Minhyuk indagou sínico quando olhou para o outro — Chang, já pensou em vestí-lo de empregada? — Changkyun riu e depois conteve a risada.

— Até que não é uma ideia tão ruim assim — mordeu o lábio inferior quando viu enrubescimento de Kihyun, que atravessou o hall e correu até a cozinha, onde a mãe estava.