Buracos

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Esta história contém palavrões!


Eduardo acordou sentindo uma coceira terrível em seu braço, sentou se na cama e ficou encarando seu braço que não parava de coçar, não importando quantas vezes coçava, a coceira não parava.

Desistindo, Eduardo se levantou e acendeu a luz, ao olhar para seu braço direito ficou chocado, havia pequenos furos redondos na parte inferior de seu antebraço direito, não havia sangue escorrendo mas era possível ver, se forçasse bem a visão, os músculos dentro de seu braço. 

Eduardo gritou em desespero.  Seu pai entrou com tudo pela porta de seu quarto.

- Que gritaria é essa?! - Esbravejou o pai, mas seu semblante foi de sério e bravo para preocupado e surpreso ao ver que seu filho estava machucado. - O que aconteceu?!

- Esses buracos pai... - Eduardo não sabia como explicar como conseguira aqueles peculiares ferimentos. - Estão coçando pai, está me incomodando.

O pai pegou o braço de seu filho com força e aproximou a cabeça para examinar melhor, a cara de nojo foi inevitável.

- Como diabos você fez isso? - Quis saber o pai.

- Não sei pai! Acordei assim! - Falou Eduardo, desesperado. - Me ajuda!

- Puta merda! São três da manhã, vou ter que acordar o nosso medico particular! - Falou o pai e logo foi ao telefone.

Eduardo sentiu de novo uma coceira em seu braço, dessa vez em um ponto em que não havia um buraco, coçou violentamente, mas parou quando percebeu que poderia criar mais uma ferida. Eduardo observou seu braço que não parava de coçar e percebeu que um novo buraco estava lentamente se abrindo.

Eduardo gritou de desespero de novo.

- Puta merda! - Gritou o pai com o telefone no ouvido ao ver essa cena, mas nada poderia fazer senão levar o seu filho ao médico.

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Uma das vantagens de ser rico é poder pagar por um atendimento particular no horário que quiser, Eduardo tinha sorte de ter um pai rico que podia pagar um atendimento médico particular ás três da manhã.

Em seu consultório, o médico estava examinando o braço de Eduardo com fascínio e horror, fez alguns exames como tirar raio x e medir a pressão. Depois e um tempo de espera o médico volta com uma preocupação aparente no rosto.

- Infelizmente não sei que tipo de doença ou que tipo de fenômeno está ocorrendo com seu filho neste momento. - Disse o médico tentando parecer calmo mas seu tom de voz não conseguia disfarçar o seu nervosismo.

- O que você quer dizer com isso? - Pergunta o pai de Eduardo.

- Não temos certeza do que está acontecendo, nunca foi visto algo do tipo, os buracos que aparecem no braço do seu filho não sangram e ainda por cima não prejudica a circulação do sangue. Pensamos na possibilidade de um novo tipo de parasita ou vírus, ou qualquer outro agente externo que esteja prejudicando o corpo de seu filho internamente, mas nad....

- Tá! Tá! Já entendi! Meu filho está fudido e vocês não sabem de porra nenhuma! - Gritou o pai de Eduardo, o garoto nada conseguia fazer além de ouvir com horror tudo o que era dito. - O dinheiro que estou pagando á vocês não está valendo de nada! - O pai de Eduardo o pegou pelo braço e se retirou do hospital. - Vem garoto, sei quem pode ajudar a gente, não precisamos desses médicos que não sabem de nada.

- O...onde a gente vai pai? - Perguntou Eduardo gaguejando, seu pai era conhecido por ser impaciente, mas aquilo já estava demais.

O pai de Eduardo nada disse,  apenas enfiou o seu filho no carro e começou a dirigir, antes do carro dar a partida, outro grito desesperado de Eduardo, dessa vez mais alto que os anteriores. Muitos buracos se formaram em seu braço, subindo até chegar no ombro, a coceira foi insuportável e chegava a doer.

Contos de medo e horrorOnde histórias criam vida. Descubra agora