Capítulo Vinte e Sete

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P.O.V Harry
Não sei o porque falei aquilo pra Sophie, juro que não queria, mas saiu e quando dei por mim não tinha mais volta. O que a Sophie falou mexeu comigo de um jeito que eu não sabia explicar. Ela realmente me considerava como uma amigo ou sei lá o que? Ela realmente era muito boba. Como é possível considerar alguém que por anos vem acabando com sua vida? Eu observava ela e o Gustavo se afastando, eu realmente era um filha da mãe escroto. A Sophie não era boba, apenas boa, boa até demais.

Me despedi da galera e ia para a casa do Gustavo, mas não poderia ir pra casa deles, não depois do que eu fiz, então resolvi ir pra casa do Jonh, sabia que ele não estaria em casa naquele horário já que ele passa o dia bebendo e só chega lá pelas 2 horas da manhã. Seguir o caminho para a casa que ficava uns 40 minutos dali, cheguei, joguei minha mochila no sofá e fui para a cozinha procurar algo para comer, como já imaginava não tinha muitas opções, então me virei com o que tinha.

Comi e deitei no sofá, milhares de coisas passaram na minha cabeça, lembranças da minha infância, as poucas lembranças que tinha da minha mãe, as coisas que venho fazendo da minha vida até agora, e até mesmo na Sophie eu pensei. Ela era linda, o cabelo, o corpo, o jeito, tudo nela era perfeito, mas por minha culpa muitas de suas qualidades foram retraidas, sei que sou tenho uma parcela de culpa por muitas coisas na vida da Sophie, desde ela não se socializar até ela se cortar, e me sinto péssimo por isso, eu me tornei uma pessoa que não queria e nem eu mesmo entendo o porque, talvez esteja no sangue, talvez eu tenha herdado o sangue podre do meu pai.

[...]

Acabei pegando no sono no sofá e quando acordo e olho no relógio já são 00:20, ainda tinha um tempo até meu pai chegar, mas mesmo assim me arrumei para vazar dali logo. Tarde demais! Quando estava pegando a mochila vejo a porta ser aberta e meu pai adentrando a sala. Ele me encara por um instante e solta uma risada debochada.

— Olha olha quem encontramos aqui. Lembrou que tem casa Edward? - Ele disse lentamente, me olhando com deboche.

— Isso aqui não é minha casa. Já estou indo. - Respirei fundo e tentei passar por ele.

— Oh não Harry, senta aqui vamos conversar. Como estão te tratando lá hein? Eles te tratam da maneira especial que eu te tratava quando menor? - Ele realmente estava disposto a discutir, coisa que eu não estava, então mais uma vez tentei passar por ele. - RESPONDE HARRY. ELES TE DÃO TANTO CARINHO QUANTO EU TE DAVA? Lembra Harry quando você era pequeno, tinha o que, uns 7 pra 8 anos? Lembra como eu te dava tanto carinho meu filho? A gente se divertia muito enquanto a sua mãe dormia, não era? - Ele estava passando dos limites, aquilo estava já estava me deixando irritado. Como ele pode? Como ele pode fazer tanta coisa comigo sendo que ele é o meu pai, a pessoa que deveria me proteger de tudo e de todos. - Vai me dizer que você não gostava Harry? - Ele falava enquanto ria de maneira debochada.
BBC três,
— Se me der lincença eu preciso ir, está tarde. - Eu disse o encarando.

— Não não. Você não veio aqui por acaso, então já que está aqui vamos conversar. Você lembra Harry como eu te tocava? Você lembra de como a sua mãe gritava pedindo pra eu parar, para não tocar em você? Ela até pedia para ser ela no seu lugar. Sua mãe era uma puta mesmo, adorava me ter dentro dela. - Eu sentia nojo delex suas palavras eram como facas sendo cravadas no meu peito. - Eu adoraria tê-la aqui Harry, mas por sua culpa eu tive que matá-la. Não me entenda mal Harry, ou era eu ou era ela, você sabe né meu filho? Ela ameaçou me entregar pra policia, não podia deixar ela fazer isso, e por isso tive que botar ela pra sentar no colo do capeta. - Minha raiva transbordava, eu já não conseguia mais me controlar, respirava fundo e contava até 20 para tentar me acalmar.

— Nunca mais fale da minha mãe está ouvindo seu filha da puta? Lava a tua boca pra falar dela seu nojento. - Falei me aproximando dele e lhe apontando um dedo. - Sai da minha frente seu verme. - Disse o empurrando, foi quando ele veio para cima de mim desferindo vários socos e chutes. Eu não iria apanhar mais uma vez daquele verme, então levantei lhe dando um soco na barriga que fez ele cair ajoelhado, e essa foi minha deixa. Eu o joguei no chão lhe dando chutes, subir nele e comecei a socar o rosto dele com todas as minhas forças, ele ainda tentava me bater, mas das suas tentativas poucas foram certeiras. Eu já estava fora de mim, só batia nele como se não houvesse amanhã, a cada soco que eu dava era como se estivesse descontado tudo que ele fez para mim e para a minha mãe durante todos esses anos. Ele já não tinha mais forças pra reagir, e mesmo assim continuei batendo nele, aquilo era reconfortante, ver sua cara toda acabada me dava um certo alivio. Sei que é doentio, mas eu me sinto assim e não posso fazer nada contra.

A Nerd da Sala ao LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora