Capítulo Ciquenta e Oito

1.8K 113 50
                                    

Acordei com o celular despertando, levantei e fui me arrumar. As roupas folgadas ainda faziam parte do meu dia a dia, então coloquei uma calça moletom branca com umas listras amarela e azul do lado, a blusa do colégio e por cima coloquei um casacão amarelo.
Desci e todos estavam colocando seu café.

– Bom dia

– Bom dia - Todos me responderam.

– Você não irá ao baile Sophie? - minha mãe perguntou. Tinha até esquecido desse baile.

– Não mãe. Ficarei em casa mesmo. - Dei de ombros.

– Seria bom você ir, se divertir um pouco.

– Não estou no clima - Sorri fraco e continuei comendo.

Minha mãe nos levou até o colégio. Hoje na real não teria aulas, seria mais entrega dos resultados, eu não pretendia ficar mais do que o tempo necessário lá.

– Hey, vamos pegar o resultado e sair, você não quer vim com a gente? - O Gustavo me perguntou na porta do colégio.

– Não, pretendo ir para casa mesmo.

– Não quer ir ao baile, não quer sair. Até quando vai ignorar ele em?

– Ignorar o que? Eu só não quero sair.

– Tá bom, conta outra vai. Você não me engana garota.

– Me deixa vai, vai pegar seu resultado logo.

– Estou indo, mas já aviso, você irá ao baile sim e comigo. - Revirei os olhos para ele que se afastava rápido.

Eu não iria para aquele baile, nem que me pagassem.

Fui pegar meu resultado e mandei mensagem ao Gustavo dizendo que já estava indo. Ele respondeu com um "ok" e pronto, eu fui para casa.

O sol estava escaldante, eu estava soando de modo que parecia ter corrido uma maratona de 100km. Resolvi ir para a piscina, então subi e tomei um banho para trocar de roupa. Por fim coloquei um maiô preto cavado e desci para a área da piscina.

Estava tomando sol de olhos fechados, até que sinto uma sombra pairando sobre mim, abri os olhos delicadamente para ver quem era e era o Harry.

– Licença por favor.

– Não antes de você aceitar a conversar comigo.

– Não temos o que conversar.

– Temos sim e você sabe que precisamos.

– Não Harry, não precisamos. Você ACHA que a gente precisa, mas há uma grande diferença entre achar e precisar e nós não precisamos.

– Caralho Sophie. Por que tão difícil em? Não vou fazer nada com você, só quero que me escute, e pronto.

– Tudo bem Harry, você Venceu. Vamos conversar, o que você tem pra dizer? - Suspirei me dando por vencida.

– Não aqui. Em um lugar mais calmo, hoje a noite podemos sair? - Arregalei os olhos, ele estava mesmo me chamando para sair?

– Não podemos. Ou tu fala aqui ou não fala.

– Aí meu pai, me ajuda por favor - Ele disse revirando os olhos. - Não vou discutir com você, tô cansado. Hoje às 19, vamos sair e não tem desculpas. - E ele simplesmente saiu sem me dá chance de responder. Mas que droga!! Ele tá louco ou o que? Só vou para escutá-lo e acabar de vez com essa palhaçada, colocar um ponto final nisso tudo.

Voltei a tomar meu sol, a cabeça não parava, eu não conseguia parar de pensar no que viria a noite, estava nervosa e ansiosa mesmo sem motivos, eu nem queria ir mesmo e agora estou aqui contando as horas para ouvir o que o Harry tem pra falar. Ele tinha um efeito enorme sobre mim e acho que qualquer pessoa conseguiria perceber isso se parasse para nos analisar.

[...]

Eram 18 horas e nem a mamãe e o papai tinham chegado, ela iria ficar de plantão e o papai viajou para uma reunião da empresa.
O Gustavo também tinha saído, ele já sabia que sairia com o Harry e mandou eu ter juízo, expliquei a ele que só iria ouvir o que ele tem a dizer e pronto, nada demais, ele riu e assentiu.

Estava deitada no sofá quando o Harry desceu.

– Não vai se arrumar? Vamos sair daqui a pouco.

– Você disse que irá sair, eu não.

– Para de birra por favor. É só hoje, se amanhã não quiser olhar na minha cara tudo bem, eu aceito. Mas só essa noite tu fica de boa, me escuta, eu te escuto, a gente conversa tranquilo e depois você escolhe, ok?

– Ok - Disse suspirando fundo.

– Então vai se arrumar.

– Para onde vamos? - Falei me levantando.

– Surpresa - Ele piscou

– Que roupa devo vestir?

– Qualquer uma, você fica linda de qualquer jeito mesmo. - As palavras dele me pegaram de surpresa, dei um pequeno sorriso e subir para me arrumar.

Tomei um banho, coloquei um cropped cor nude, uma calça preta, um tênis branco, e uns colares. Passei rímel, lápis de olho e um lip tint, peguei minha bolsa, meu celular e desci. Ele ainda não estava na sala, então sentei para esperá-lo.

Não demorou muito para aparecer, ele estava todo de preto e um casaco de flanela quadriculado. Meu Deus, ele estava lindo!

– Tem uma baba escorrendo aí - Ele disse rindo da minha cara.

– Idiota - Disse bufando e com raiva de mim mesma.

– Vamos. - Me levantei e ele parou pra me olhar. - Por que tão linda? - Não respondi nada, apenas segui para a porta sendo acompanhada por ele. – Vem, vamos usar o carro.

Entrei no carro que provavelmente o Gustavo tinha deixado para ele usar e fomos.

– Para aonde está me levando? - Já fazia uns 40 minutos que estávamos aqui no carro, eu não conhecia o caminho, parecia que nunca chegaríamos.

–Já estamos chegando, calma. - Só concordei e continue olhando pela janela.

Por fim, depois de mais uns 30 minutos chegamos. Era uma casa no campo, era pequena, mas muito linda, ninguém parecia morar ali.

– Por que me trouxe aqui? - Perguntei enquanto olhava ao redor.

– Longe de tudo, difícil de você fugir de mim. Vem, vamos entrar - Ele pegou na minha mão e uma onda de choque percorreu todo o meu corpo, poderia soltar a mão dele, mas naquele momento eu não fazia nenhuma questão, na real eu poderia segurá-la para sempre.

Ele abriu a casa, ela parecia meio abandona, mas estava cuidada, tinha um cheiro de hortelã no ar, parecia que tinha sido limpa ainda pouco.

– Gostou? - Ele perguntou enquanto eu olhava admirada. Apenas balancei a cabeça dizendo que sim. - Que bom, deu trabalho limpar ela hoje. - Eu sorri de lado e então ele me puxou mais pra dentro, fomos para a cozinha onde ele largou a minha mão. Droga, eu queria continuar segurando ela.

Por fim ele preparou um macarrão pra gente, comemos em silêncio e depois fomos para a sala. Ele ligou a lareira que tinha ali e se sentou ao meu lado no sofá, rapidamente virei para ele.

– Então o que você tem para me contar?

Notas Finais

*Capítulo não revisado - será revisado em breve -.
*Comentem o que acharam, e se gostarem dêem estrelinha.
*Qualquer opinião/crítica (construtiva) é super bem vinda.

*Boa leitura unicórnios ❤*

A Nerd da Sala ao LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora