Capítulo Ciquenta e Nove

1.2K 89 22
                                    

P.O.V Harry

Trouxe a Sophie para a casa em que minha mãe cresceu, tenho algumas lembranças daqui, víamos sempre que minha mãe conseguia fugir do meu pai, pelo menos por alguns dias, e eram os melhores dias da minha vida.

Comemos um macarrão que eu fiz questão de preparar, sabia que era uma das comidas preferidas dela! Logo depois fomos para a sala, estava meio frio por isso liguei a lareira que tinha ali enquanto ela se sentava no sofá, eu sentei ao seu lado e então ela se virou para mim.

– Então o que você tem para me contar? - Ela disse chamando minha atenção. Eu estava perdido, não sabia muito bem o que falar, mas estou decidido a falar a verdade.

– Eu vou ser direto Sophie... Eu te amo! - Olhei diretamente nos seus olhos, vi o susto que tomou. Droga! Talvez eu tenha sido direto demais.

– Uooou calma aí, até um dia desses você me odiava Harry. Você mentiu pra mim por meses, fez eu confiar em uma pessoa que não existe e agora me traz aqui pra dizer que me ama? Você está indo longe demais! - Era nítido o medo em sua voz, só não entendia o por que. Ela estava receiosa, se afastou mais de mim e fez menção em se levantar.

– Sophie, por favor, só me escuta ok? - Ela assentiu e voltou a se sentar. - Eu não queria tá bom? Não queria chegar a esse ponto, eu não queria gostar de você, não sei o por que, mas não queria. E talvez por isso eu fui tão esceoto com você, eu queria te manter longe de mim, sabia que você poderia destruir o muro que criei aqui dentro durante anos. Sei que isso não justifica nada, tudo bem se você sair daqui me odiando, se não quiser falar nunca mais comigo, você tem esse direito e eu te entendo e vou respeitar a sua escolha. Porém eu não poderia deixae você fazer isso sem antes me escutar!

– Então vai Harry, fala tudo que tem pra falar, pois essa pode ser sua última chance. - Ela parecia mais calma, ouvia tudo atentamente, então me acalmei também e continuei.

– Tá vendo, você tem esse efeito estranho sobre mim, você tem o poder de me acalmar, de me fazer ficar bem com a vida. Você traz a tona um Harry que eu lutei pra guardar, pra esconder de todos, um Harry frágil. Eu não gosto dele, eu precisei matá-lo para sobreviver, para aguentar meu pai e tudo que aconteceu nessa merda de vida. Mas aí veio você e o ressuscitou! Acho que lá no fundo, bem lá no fundo eu já sabia Sophie, sabia que seria você a garota capaz de quebrar o gelo que existe dentro de mim, e por isso eu procurei te afastar ao máximo, até que tudo mudou, no dia em que você foi a única pessoa capaz de me acalmar. Foi naquela noite, Sophie, que você começou a derrubar a minha muralha, em meio de tanta raiva você foi minha paz, naquela noite eu poderia ter matado o meu pai e ter trasnformado totalmente a minha vida no inferno, mas você me salvou.
Quando eu comecei a falar com você, te mandar mensagens, eu não tinha um plano traçado, eu só queria conversar, e tentar de algum modo reparar, um pouquinho que seja, todo o mau que te fiz durante anos. Eu sabia que se eu fosse como o Harry você não iria me aceitar, só que eu precisava tentar, precisava fazer algo, a culpa estava me comendo vivo. Eu não queria te fazer sofrer ainda mais quando descobrisse, e por mais que eu quisesse me revelar eu prologuei ao máximo isso, para que você não sofresse. Acredite, Sophie, estava sendo uma tortura pra mim conviver com você todos os dias e não poder te dizer que eu era o Edward, que eu estava ali pra você sempre! Eu sei que fiz merda por todos esses anos, e tudo bem se você não conseguir me perdoar, se você quiser eu posso sumir da sua vida, posso sair da sua casa, fazer o que você quiser, porém eu precisava que você soubesse que eu de verdade me apaixonei por você, que eu me arrependo de tudo que fiz, que não tem uma noite que eu consiga dormir sem pensar em você ou no quanto te fiz sofrer, eu me culpo todos os dias Sophie, por tudo que te fiz passar, se eu pudesse voltaria no tempo e mudaria tudo, mas eu não posso e por isso estou aqui, pra te pedir perdão e dizer que te amo, Sophie Stuart. - Algumas lágrimas molhava o meu rosto, era difícil pra mim me abrir dessa forma, mas eu precisava falar tudo de vez pra ela, se não eu não conseguiria mais. Ela me olhava calada, estava ficando ainda mais nervoso, preferiria que ela gritasse comigo, me batesse ou sei lá. E se ela mandar eu sumir da vida dela? O que eu faria? Como iria continuar seguindo sem poder ver o sorriso dela? Sem poder sentir o cheiro dela? Caralho, o que eu fiz da minha vida, a que ponto eu cheguei meu Deus?! O silêncio dela estava me matando, eu não aguentava mais. - Não vai falar nada? - Ela continuou calada e me olhando. - Tudo bem, já entendi ok, vou só arrumar as coisas na cozinha e te levo pra casa, pode deixar que eu irei sumir da sua vida.

Então era isso, ela tinha tomado a decisão dela, e eu a entendo sabe, só não queria que fosse assim, mas ela escolheu. Me levantei do sofá e quando estava saindo em direção a cozinha sinto minha mão sendo puxada, olho pra trás e ela estava de pé. Ela deu um passo se aproximando mais de mim, posso sentir sua respiração daqui, ela estava ofegante. Se aproximou mais um pouco e pude sentir ainda mais o seu cheiro, e nossa, que cheio viu, é de longe o melhor cheiro da minha vida, nunca enjoaria dele. Sinto ela e constar nossos corpos, eu já estava tão ofegante quanto ela, ela levantou um pouco os pés e então me beijou.

Demorei um pouco pra entender o que estava acontecendo, ela estava mesmo me beijando ou eu estava sonhando? Eu não sei, só sei que estava bom, logo correspondia o beijo. Era um beijo bom, o melhor de toda a minha vida, ela me beijava com calma, estava meio desajeitada, mas ainda assim era bom. Puxei ela mais para mim, colando ainda mais nossos corpos e intensifique o beijo, não sabia o que estava acontecendo, mas talvez essa poderia ser a primeira e última vez que a beijaria. Minha língua mapeava toda a boca dela, eu queria guardá-la pra sempre em mim.

Depois de uns minutos ela se afastou, DROGA! Sua respiração estava descontrolada, ela tentava recuperar o ar, e confesso que eu também, porém não ligaria em ficar mais tempo naquele beijo. Nós dois estávamos em silêncio, um olhando para o outro sem uma palavra sendo ecoada, até que ela se aproximou novamente e puxou de leve meu pescoço me fazendo abaixar um pouco, aproximou sua boca ao meu ouvido e então falou algo depois de ficar calada por tempos.

– Talvez eu também tenha me apaixonado por você, Harry Styles.

Notas Finais

Capítulo dedicado a @pnunes123 e a todas (os) leitoras (os) que não me deixam desistir e nem desistem de mim, da Soph e do Harry! Saibam que vocês são muito importantes para que essa história continue viva, peço milhões de desculpas por deixarem vocês esperando tanto por um novo capítulo, e agradeço ainda mais por esperarem e estarem aqui toda vez que sai um capítulo novo. Acreditem, amo vocês e sou muito grata ❤️mencione um usuário
*Capítulo não revisado - será revisado em breve -.
*Comentem o que acharam, e se gostarem dêem estrelinha.
*Qualquer opinião/crítica (construtiva) é super bem vinda.

*Boa leitura unicórnios ❤*

A Nerd da Sala ao LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora