Capítulo Vinte

1.9K 131 2
                                    

P.O.V Harry
Ninguém sabe o que realmente acontece na minha vida, a não ser o Gustavo, já que desde quando ele chegou aqui ele foi meu único amigo, ele é o único que eu sinto que realmente posso confiar.

Mas então, essa manhã briguei com o meu pai e poderia ter sido somente mais uma briga se não fosse o fato de que dessa vez ele partiu paea cima de mim, me desferindo socos e mais socos. Na tentativa de me defender eu também lhe dei alguns socos, mas nada demais, apenas o suficiente para eu ele me soltasse. Depois peguei minha mochila, um óculos e meu celular e sair de casa.

Mandei uma mensagem para o Gustavo falando que já estava indo para a casa dele, como tínhamos combinado antes, contei tudo para ele e ele disse que me esperava.
Ao chegar toquei a companhia e enquanto espera abaixei a cabeça e tirou o óculos, apertei a região roxa do olho e pude sentir o quanto aquilo estava inxado, e então a porta é aberta, levanto a cabeça e me deparo com a Sophie, ela me olhava assustada, provavelmente pelo roxo no meu olho, eu rapidamente coloquei o meu óculos e ela me deu passagem para entrar. Ela voltou para a cozinha e não demorou muito até o Gustavo descer.

— Não achei que tivesse sido assim tão feio Harry. Isso já está passando dos limites. - Eu não falei nada, até porque ele estava certo, apenas assenti com a cabeça. - Você não vem tomar café? Você saiu cedo de casa, não deve ter comido nada. - Ele disse preocupado comigo. Sinceramente, o Gustavo é como um irmão para mim.

— Ah não, eu não estou com fome. Vai lá e eu te espero aqui. - Sorri sem mostrar os dentes e me sentei no sofá enquanto ele seguia para a cozinha.
Fiquei um tempo na sala mexendo no celular, até que ouço barulhos vindo da cozinha, quando olho para trás o Gustavo e a Sophie já saiam do cômodo. O Gustavo subiu e a Sophie foi para o banheiro aqui de baixo mesmo, certamente para escovarem os dentes. A Sophie voltou primeiro que o Gustavo e ficou na sala esperando ele assim como eu, e então minha barriga roncou, muito alto por sinal, vi a Sophie me olhar com uma cara meio assustada, e se eu não estivesse com muita fome e preocupado eu riria daquilo.

— Tem certeza que não quer comer nada? - Ela perguntou chamando a minha atenção, olhei para ela rapidamente e balancei a cabeça dizendo "não", ela concordou e se calou. Mas a minha barriga novamente roncos ela levantou saindo da sala.
Uns 5 minutos depois o Gustavo desceu e a gritou:

— VAMOS SOPHIE.

— JÁ ESTOU INDO. - Ela gritou da cozinha, e não demorou nada até voltar para a sala. Como eu não estava muito afim de conversar o Gustavo colocou os seus fones e saiu andando na frente e eu o seguia.

— Hey Harry, toma. - A Sophie estendeu a mão entregando-me dois sanduíches, provavelmente ela teria feito no momento em que me deixou na sala sozinho após ouvir minha barriga roncar duas vezes bem alto. Eu balancei a cabeça como uma forma de agradecimento, ela colocou os fones e seguiu, enquanto eu abria um dos sanduíches para comer.

No intervalo enquanto eu conversava com o Gustavo ela me olhava, analisava o meu rosto. e com certeza percebeu as outras marcas que estavam no meu rosto. já que ela o analisava e olhava com uma cara de dúvida. O Gustavo falava comigo como aquelas brigas com o meu pai já tinham passado dos limites, e falava sobre o que devíamos fazer, pois se continuasse do jeito que estava uma coisa muito pior poderia acontecer. Então conversamos e decidimos sair após a aula para ver o que faríamos.
Quando as aulas acabaram ele mandou uma mensagem para a Sophie, para que ela não ficasse esperando por ele, já que iríamos sair para resolver o que faríamos da minha vida.

Não sei se já disse isso em voz alta alguma vez para alguém ou até mesmo para o Gustavo, mas ele era um irmão de verdade, o único amigo verdadeiro entre todas as outras pessoas que eu andava, com ele eu poderia ser eu mesmo e falar sobre as desgraças da minha vida. Então quando já tinha escurecido fomos para a casa dele com uma decisão tomada por ele, e mesmo que eu insistisse no "não" ele insistia no "sim". Antes disso passamos na minha casa, aproveitando que o meu pai não estava ali e peguei algumas coisas minhas, enchendo duas mochilas.
Ao chegar na casa dele a tia Louise e a Sophie terminavam de assistir um filme, elas nos encararam e os olhos da Sophie correu para as mochilas na minha mão.

— Oii mãe, será que podemos conversar? O Gustavo disse dando um beijo na bochecha dela e eu continuava ali parado perto da porta. Era claro que nem ela nem a Sophie entendiam nada, e o Gustavo olhava para a Sophie como se pedisse para ela sair dali para que a gente  pudesse falar com a tia Louise sozinhos. A Sophie entendeu o recado.

— Vou para o meu quarto dormir. Até amanhã mãe. - Ela deu um beijo na testa dela. - Até amanhã irmãozinho. - Também deu um beijo no Gustavo.

— Boa noite mana. - O Gustavo respondeu. E ao passar por mim ela me olhou.

— Boa noite Harry. - As palavras pareciam ter escapado da boca dela, mas então ela me olhou novamente e eu balancei a cabeça e a olhei subir as escadas.

Notas Finais

* Capítulo revisado - mas possa ser que haja uma outra revisão futuramente ;) -
* Comentem o que acharam, e se gostaram dêem estrelinha.
* Lembrem-se que opiniões/críticas (construtivas) são importantes e serão sempre bem vindas.

*Boa leitura unicórnios ❤*



A Nerd da Sala ao LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora