And Now?

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Acordo completamente dorida por causa do velho sofá do meu pai. Tivera de dormir neste pois o quarto que era suposto ser para mim estava uma completa confusão e eu não tinha paxorra para arrumar aquilo tudo logo pensei que o sofá fosse melhor. Estava enganada. Esta noite não dormira quase nada, a minha alma foi vagueando por aí e devo dizer que, as pessoas deste bairro são bastante esquisitas! Levanto-me gemendo um pouco de dor e caminhei até à pequena cozinha da casa do meu pai. Era uma casa geminada bem acolhedora devo reconhecer. Fico a olhar para o vazio alguma tempo, com um copo de água nas mãos, esquecendo completamento o que me rodiava, e não sei como os meus pensamentos foram dar aquele rapaz que atropelei... sem dúvida que ele me despertou a atenção.

-Bom dia.- a voz do meu pai leva o silêncio da cozinha para longe fazendo-me assustar e quase deixei cair o copo com água.

Os seus olhos estavam preenchidos por preocupação.Suspirei.

-Bom dia.- digo sem emoção. Ontem contara-lhe tudo o que se tinha passado, ele mostrou-se revoltado mas dissera que me ajudaria em tudo o que podesse.

-Filha, eu ouvi-te gritar praticamente toda a noite.

-Tanto eu como tu sabemos o porquê pai....

Um suspiro grande escapou dos lábios do meu pai como se culpasse por este grande segredo das trevas ter sido herdado dele.

-Sabes eu posso ajudar-te filha. Eu sei como controlar este nosso problema.

O meu coração começou a bater mais rápido. Como assim sabe?

- Como assim pai?

-Como sabes, eu tive de suportar isto tudo sozinho visto que a tua mãe ahmm tu sabes... e ao longo destes anos fui aprendendo como controlar isto. Primeiro eu, aprendi a deixar de gritar durante a noite mas é uma tarefa bastante difícil, e mais tarde aprendi a controlar a minha alma deixando-a sair apenas quando necessário.

Fiquei entusiasmada, apesar de não perceber a história de deixar de sair a alma quando necessário mas nem liguei a isso.

- Pai por favor ensine-me! - praticamente supliquei.

-Filha isto requer tempo e prática!

- Não faz mal, eu estou disposta a tentar!

O resto do dia foi assim, o meu pai falando sobre as técnicas e eu ouvindo atentamente com esperança de mais cedo ou mais tarde poder pô-las em prática.

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2 meses se passaram, eu meio que resolvi as coisas com a minha mãe apesar de agora sermos mais distantes, David e eu damo-nos incrivelmente bem e Jacob e eu tornamo-nos inseparáveis.Agora eu e Jacob passavamos todos os fins de semana na casa do meu pai, e David não se mostrava minimamente incomodado o que me deixava muito feliz. A relação entre mim e o meu pai está fantástica e ele tem-me ajudado imenso, agora já não gritava durante a noite já conseguia controlar a dor.

-Maninha podias ir comprar um lanche para nós?- Jacob pergunta, fazendo carinha de cachorro abandonado. Estavamos agora a ver um filme enquanto o meu pai trabalhava no seu escritório no andar de cima.

-Oh vá lá Jacob não podes ir tu?

-Nope.- disse com um sorriso irritante na cara.

- Ugh está bem.Mas da próxima vez és tu!!- digo, levantando-me contrariada calçando os sapatos e vestindo um casaco quente.Hoje estava um tempo horrível.

-Adoro-te!- Grita o tonto do meu irmão antes de eu fechar a porta de casa.

Caminho em direção ao café mais próximo de casa saboreando o silêncio que me rodiava.

Entro num café calmo e de estilo chique chamado Nero. Era um dos meus cafés preferidos aqui na Inglaterra, era calmo e perfeito para ler um bom livro enquanto se bebia um delicioso café.

Dirigo-me ao balcão.

-Boa tarde eram 2 milkshakes de morango e 2 muffins de chocolate se faz favor.- digo enquanto procuro na minha mala a carteira com o dinheiro.

-Com certeza.-diz o rapaz do balcão.

Levanto a cabeça para lhe entregar o dinheiro mas bloqueio ao reconhecer o rapaz à minha frente.

-Tu?!- dissemos em unisom.Desta não estava à espera mas certa parte de mim ficou contente por vê-lo mas não faço a mínima ideia porquê.

(Desculpem se este cap é aborrecido mas muita coisa vem aí prometo.)