-ahm... Rose, em que quarto fico?
-No dos hóspedes.É ao lado do meu.
Dale assente em silêncio e sobe para o seu quarto.
Eu continuo parada a meia da sala. Estou em pânico.
Respiro fundo várias vezes.
Eu sei perfeitamente que a minha alma irá sair do meu corpo outra vez.
E porquê?
Porque isso acontece sempre quando eu menos quero.
Inspiro e expiro profundamente.
"Vai correr tudo bem."
Tento acalmar-me a mim própria mas em vão.
Subo as escadas lentamente.
A única opção que eu tenho é não adormecer. Ficar acordada toda a noite.
Se eu não adormecer a minha alma não pode sair do meu corpo.
E é isso que eu vou fazer.
Eu não posso arriscar que Dale descubra tudo.Entro no meu quarto e visto umas leggins pretas e uma t-shirt branca dos Ramones que "tirei emprestada" a Jacob.
Alguém bate à porta.
-Entre.-digo enquanto mexia na minha estante à procura de um bom livro para ler.
Dale entra e senta-se na ponta da minha cama observando-me.
-Estás bem?- ele pergunta, observando cada passo que fazia.
-Sim, porquê?- pergunto continuando à procura de um livro de que não tenha lido pelo menos 4 vezes.
-Nada... é que parece que não gostas-te muito da ideia de eu dormir cá esta noite.- ele diz olhando para o chão.
-Só estou preocupada com o meu pai e com Jacob.-minto.
Ele assente, suspirando pesadamente.
Suspiro também olhando finalmente na sua direcção. Dale estava sem camisa deixando o seu tronco desprotegido. Usava apenas umas calças de pijama.
Franzi a testa de confusão.
-O teu pai tem um armário com roupas minhas no seu quarto... antes, quando vocês ainda não se falavam, eu passava tardes inteiras com o teu pai a ajudá-lo com as tarefas de casa e até só para lhe fazer companhia e muitas dessas vezes acabava por dormir cá em casa... ele é como tio para mim. Conhece-me desde que eu nasci, espero que não te importes por ter ido buscar estas calças.- ele diz justificando-se.
-Oh.... okay, não faz mal. Eu apenas estranhei... - ri envorgonhadamente.
Dale respondeu-me com um sorriso carinhoso.
-Queres café?- eu pergunto.
-A estas horas?
-Sim...- eu tenho de fazer de tudo para não adormecer, nem que tenha de beber uns 100 cafés para me manter acordada.
-Não obrigado.- ele diz.
-Okay, eu vou lá baixo fazer para mim, fica à vontade.
Dale assente calorosamente e liga a televisão deitando-se na minha cama.
Desço apressadamente até à cozinha e despacho-me a fazer uma café fortíssimo.
Este não será o último que beberei esta noite.
Entro no quarto e sento-me ao seu lado.
- O que estás a ver?- perguntei bebendo um pouco do meu aliado café.
- Acho que é um romance cómico qualquer que fala sobre um homem de um casino qualquer que se apaixona por uma prostituta e passa a vida a perseguir-lhe tentando conquistá-la com os seus planos pateticos.
Ri-me da maneira como ele descreveu o filme.
-Parece interessante.-gozo.
Dale ri-se, mas de repende fica sério.
-O que achas do amor?- ele pergunta seriamente olhando-me nos olhos.
-Amor?- eu pergunto e ele assente.- Eu acho que é a pior doença que podemos apanhar.
Ele suspira e desvia o olhar para a televisão novamente.
-Eu também pensava assim Rose. Mas isso era porque era ignorante e nunca tivera o privilégio de senti-lo. Mas agora que o sinto, posso-te dizer que agora a minha vida tem todo o sentido.- ele disse pegando na minha mão e entrelançando os nossos dedos.
Coro bruscamente.
Dale continuava com o seu olhar vibrado na televisäo mas eu vi que, segundos depois de ele me ter dado a mão, ele me olhou pelo canto do olho, e sorriu discretamente pois talvez viu que eu estava mais vermelha que um tomate.
Bebo mais um pouco do café e volto a pousá-lo na minha mesa de cabeçeira.
Um trovão enorme soa no meu do silêncio fazendo-me saltar de terror.
Dale ri-se bastante alto. Tão alto como eu nunca ouvira.
Olho para ele completamente derretida.
-O que foi? - ele pergunta ofengante. Ainda tentando regular a sua respiração.
-Ahm .. nada ... tens uma gargalhada adorável...- digo atrapalhadamente.
Dale cora levemente e sorri.
-Tu também tens.- ele diz envergonhado.
Ri-me ao ver um Dale envorgonhado à minha frente e ele acaba por rir também.
Deito-me na cama e fica a olhar para o tecto.
Dale faz o mesmo.
-Eu gosto da chuva.- admito.
-Porquê?
-Eu não sei. Ela é tão solitária e triste, mas ao mesmo tempo tão forte...- eu confesso e sinto que Dale me observava.
Senti a sua mão a acariciar o meu rosto.
Fecho os olhos apreciando o seu toque.
-Eu gosto da maneira como reages ao meu toque.- ele sussura.
Sinto as minhas bochechas aquecerem, devo estar vermelha de vergonha.
Dale ri suavemente.
-Não precisas de ficar envorgonhada. O meu toque pode fazer alguma reação em ti mas quando é ao contrário tu viras o meu mundo de pernas para o ar...
-O que queres dizer com isso?- eu pergunto ainda com os olhos fechados.
-Que tu tens o meu mundo a teus pés.
Abro os olhos e assusto-me com a proximidade de Dale. Ele aproxima-se mais de mim, e raspa os seu lábios nos meus e eu não aguento mais enrolando os meus braços no seu pescoço.
O beijo foi calmo mas intenso como se fosse tão necessário como respirar.
Mais tarde tivemos de nos separar. Dale suspira e volta se deitar puxando-me para me deitar com ele.
Deito a minha cabeça no seu peito enquanto Dale passa a mão várias vezes nas minhas costas deixando o meu corpo completamente relaxado.
-Tu és mais especial do que pensas Rose...- Dale sussura antes de fechar os olhos.
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And Now?
RomanceRosaline é uma jovem muito diferente das outras que esconde um horrível segredo que lhe assombra todas as noites. É anti social e anda sempre vestida de preto. A sua personalidade é meia complicada encontrará alguém que a ame e que queira ensinar-lh...