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Hoje é sábado graças a deus e hoje nem tenho trabalho nem aulas. Tenho o dia completamente livre.

Tomo um banho rápido e visto-me rapidamente. 

É hoje que o meu pai me vem visitar. Tomo o pequeno-almoço apressadamente e dou uma limpeza rápida à casa e depois começo a preparar o almoço pois a limpeza da casa demorou um pouco mais do que eu estava a pensar.

-Vou sair.- disse Jacob quando entra dentro da cozinha e prepara um rápido café para levar com ele.

-Mas aonde vais? O meu pai chega hoje Jacob!

Ele bufa irritado.

-Eu não tenho que te dar explicações Roseline!

-Mas e o meu pai? Ele também te quer ver, não é só a mim, é como se fosses um filho para ele!

Jacob passa a mão no cabelo. Ele está muito enervado.

-Eu vou sair e acabou!- ele rosna.

-Posso ao menos saber com quem vais?- eu rosno também começando a ficar irritada.

Jacob arregala os olhos e vejo-o a se aproximar de mim.

-Mas quem pensas que és?

-Eu sou tua irmã, tenho o direito de saber!- grito.

-Não não tens!- ele grita de volta.

-Tenho sim!- grito mais uma vez. Eu estou farta deste Jacob insensível.

Jacob aproxima-se de mim e levanta a sua mão.

Arregalo os olhos e automáticamente dou um passo atrás tapando a boca com a minha mão.

Sinto os meus joelhos a tremer. Ele ia-me bater?!

Jacob parece que se dá conta do que tinha acabado de acontecer e baixa a mão arregalando os olhos de seguida, ficando pálido como se tivesse visto um fantasma.

-Rose eu- ele começou aproximando-se de mim mas eu corto-o.

-Afaste-te de mim!- grito dando vários passos atrás. Eu soluçava bem alto não conseguindo conter as minhas lágrimas de puro terror.- Sai daqui! Tu não és o meu irmão, tu és um monstro! Vai-te embora imediantamente!

Jacob olha-me em pânico mas obedece-me acabando por se ir embora. Encosto o meu corpo à parede fria da cozinha e escorrego-o até acabar por ficar sentada no chão com as costas encostada na parede. Envolvo os meus braços nas minhas perdas e escondo a minha cara no meio delas tentando regularizar a minha respiraçãoacabando aos poucos de chorar.

Eu não acredito que Jacob ia-me bater.

*****

-O almoço estava muito bom filha.- o meu pai elogia mal acaba de comer.

-Obrigada.-digo bebendo um pouco do sumo que eu própria fiz.

-É verdade o Jacob? - engasgo-me um pouco com o sumo.

-Ahm está a trabalhar, não sei a que horas irá chegar mas mandou-te cumprimentos.- minto. A única coisa que eu disse sem mentir foi mesmo não saber a que horas ele voltará e isso deixa-me incomodada.

-Oh, está bem.- o sorriso do meu pai abateu um pouco.

Estúpido do Jacob.

- Pai, preciso de falar contigo.- mudo de assunto.

-Sobre o quê?- ele pergunta preocupado.

-Sobre aquilo.

O meu pai assente e levanta-se da mesa.

And Now?Onde histórias criam vida. Descubra agora