Começo a chorar desesperadamente.A dor que sentia já era de longe para o além do que conseguia aguentar. A minha alma estava excessivamente longe do meu corpo que estava deitado na cama do meu quarto. A dor aumentava cada vez que a minha alma dava mais um passo de distância. Era natural. Quanto maior a distância entre o corpo e a alma, maior é a dor que sentimos.Neste momento a minha alma corria na floresta, eu estava a correr extremamente rápido como se estivesse a fugir de alguém.De repente paro. Estou ao pé de um penhasco. Olho em volta e não vejo ninguém. Fico a olhar para este espaço. Porque estava alí?! Mesmo ao pé de um penhasco extremamente perigoso?! Ouço um barulho. Dirigo o meu olhar para onde este se originou.Vejo um rapaz, mais ou menos da minha idade, talvez um pouco mais velho, a dirigir-se em direção ao penhasco. Sigo-o. Ele pára na ponta e respira fundo. Consigo ver que ele está a chorar. Ele dá mais um passo em direção ao fim do penhasco deixando-lhe uma possibilidade perigosamente enorme de cair dalí abaixo. Ele limpa as lágrimas e começa a andar dedicado até ao fim do penhasco. Arregalo os olhos quando me apercebo ao que ele pretende fazer.
- Nãooooooo!!!!- grito completamente desesperada e corro em sua direção. Quando estou quase a apanhá-lo este salta pelo penhasco abaixo, eu ainda tento apanhá-lo esticando-lhe a minha mão mas fora tarde de mais. Ele morrera. Olhei lá para baixo completamente horrorizada. Ele estava lá, todo cheio de sangue,'morto.
-oh meu deus, oh meus deus!! Não, não!!- gritava eu, angustiada. Os gritos do rapaz enquanto caía do penhasco ainda ecoavam naquele lugar juntamente com os meus de desespero. Queria sair de lá, fingir que nada tinha acontecido. Senti a minha alma a ficar leve e apercebi-me que estava a voltar para o meu corpo.
Abri os olhos horrorizada, mal a minha alma entrou no meu corpo denovo. Meus deus isto não pode ter sido verdade. Levanto-me da cama. Eram agora 6.00 da manhã e eu estava demasiado assustada para conseguir dormir alguma coisa. Tomo banho e visto uma roupa quente. Este ano tem sido bastante frio. Vesti as minhas típicas calças pretas rasgadas, botas e uma camisa toda preta escrito "what's life for?". Decido ir dar uma volta por aí. Já estavamos em férias de verão há 2 dias por isso tinha que decidir a minha universidade em breve. Ponho os fones nos ouvidos e começo a ouvir "how to save a life" outra vez. Amo essa música. Lembrei-me do rapaz do penhasco mas tentei afastar isso dos meus pensamentos. Comecei a andar pelas ruas vazias ao pé da casa da minha mãe. Nunca reparara que a zona onde vivo com a minha mãe era tão bonita. O meu telemóvel vibra.
<<Hey, estás acordada?>>
Era uma mensagem do Dale. Porque estaria ele acordado tão cedo?
<<sim, está tudo bem? Porque estás acordado tão cedo?>>
<<mais ou menos. Eu não consigo dormir. Estás ocupada agora?>>
<<nem por isso. Estou agora a passear pelas ruas.>>
<< Eu não gosto que andes por ai nas ruas sozinha a estas horas, sabe-se lá quem pode andar por aí>>
<< vá lá Dale, eu sei cuidar de mim sozinha!>>
<<Mesmo assim... >>
<<ugh não sou nenhuma bébé não sei porquê tanta preocupação mas enfim que fazes?>>
<<eu preocupo-me contigo só isso. Vou agora ao Nero já que não consigo dormir e tu?>>
<<também eu.>>
<<Boa, podemo-nos encontrar lá?>>
<<sim pode ser, estou quase a chegar lá.>>
<<Também eu. Tem cuidado Rose>>
<<sim sim eu tenho>>
Quando chego ao Nero, Dale já me esperava. Estava numa mesa completamente cabisbaixo o que me deixou preocupada. O que se passa com ele?
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And Now?
RomanceRosaline é uma jovem muito diferente das outras que esconde um horrível segredo que lhe assombra todas as noites. É anti social e anda sempre vestida de preto. A sua personalidade é meia complicada encontrará alguém que a ame e que queira ensinar-lh...