Capítulo 3

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Olhei para o relógio que estava iluminado pela luz que vinha da janela. Já haviam se passado três horas desde que falei com a (s/n) pela última vez, eu nem ao menos tinha conseguido cochilar, eu não conseguia parar de pensar.

Ouvi um barulho vindo da cama da (s/n). Será que havia acordado? Fiquei alguns minutos olhando para cama dela e de repente ela sentou na cama, parecia ter acordado de um sonho, ou algo assim. Esperei em silêncio por alguns segundos e ouvi um choro abafado. Será que ela estava bem?

Levantei do sofá, eu não suportava ver garotas chorarem, acho que esse era o meu ponto fraco, me aproximei da cama da (s/n), ela parecia nem ter notado minha presença ali. Então, eu me sentei na beirada da cama e me virei para ela.

-Está tudo bem? – eu perguntei e toquei no seu ombro, ela parecia ter se assustado.

-Por que você ainda está acordado? – ela disse olhando para o lado e enxugando as lágrimas – Já está tarde!

-Você deve responder a minha pergunta, ao invés de perguntar outra coisa... – eu disse e (s/n) olhou para mim – Err... – eu cocei a garganta – Você não precisa responder se não quiser – eu disse levantando da cama e ela segurou o meu pulso.

-Eu tenho pesadelos toda a noite, não precisa se preocupar comigo – (s/n) disse e largou o meu pulso – Apenas durma, okay? – (s/n) falou e eu assenti voltando para o meu sofá.

[...]

POV (S/n)

Como sempre, eu mal consegui dormir de noite, os pesadelos não me deixavam descansar. Levantei da cama, e olhei para o Jin, ele estava dormindo profundamente. Fiquei feliz por ele não ter tentando fugir, eu deveria ter sido mais simpática com ele ontem.

Fui para o banheiro e me arrumei após tomar banho. Desci as escadas e fui para a cozinha, fiz o café e quando fui arrumar a mesa percebi que não tinha pão. Aish... Como eu pude esquecer de ter comprado pão?

Peguei o dinheiro no quarto e saí de casa. Estava na metade do caminho quando ouço o Tae me chamar e correr até mim.

-Você está indo na padaria? – Tae perguntou e eu assenti – Então vou te acompanhar.

Tae era o meu vizinho e o meu amigo mais próximo depois da Lucy. Óbvio que ele não sabia nada sobre a minha vida, ele é humano, então não pode saber nada sobre anjos e demônios.

-Você quer almoçar na minha casa hoje? – Tae perguntou enquanto andávamos – Vou preparar Kimchi, um dos seus pratos favoritos – Tae disse empolgado e eu sorri.

-Não sei se posso hoje – eu disse e Tae fez uma cara de decepção.

-Por favor – Tae disse fazendo beicinho – Eu odeio almoçar sozinho – Tae fez uma cara fofa.

-Posso levar mais uma pessoa? – eu perguntei e ele me olhou confuso – Um amigo veio morar comigo, e eu não posso o deixar sozinho... – eu comecei a dizer e Tae se engasgou, tossindo um pouco.

-Um homem está morando com você? – Tae me encarou sério – Moças solteiras não deveriam morar com homens.

- ... – eu sorri – Eu não me importo com o que as pessoas pensam sobre mim... – eu fiz uma pausa – Ele está passando por alguns problemas, então eu o deixei morar comigo.

-Eu me importo com os que as pessoas pensam sobre você! – Tae rebateu – Se ele fizer alguma coisa com você... – Tae começou a falar e eu o interrompi.

-Aish! Para com isso! – eu disse rindo e botei a mão na sua cabeça – Até parece que é o meu pai! – eu disse e Tae ficou mais sério do que já estava, até parecia que ele estava decepcionado.

[...]

-Pode trazer o seu amigo para o almoço – Tae disse olhando para baixo.

-Por que você parece triste de repente? – eu olhei para ele.

-Não é nada – Tae forçou um sorriso – A gente se vê daqui a pouco – Tae me deu um abraço e foi para casa.

Tae estava estranho, mas não liguei muito. Entrei em casa e coloquei o pão na mesa. Quando eu estava pegando os copos e as xícaras, ouço passos vindo da escada, Jin havia levantado.

-Por que não me acordou? – Jin disse me encarando, ele ainda estava sonolento.

-Você estava dormindo tão profundamente, não quis te acordar – eu disse olhando para ele.

Jin estava pensando em quem era a pessoa que estava comigo na calçada. Então ele tinha me visto.

-O nome dele é Kim Taehyung, ele é um amigo meu, além de ser nosso vizinho – eu disse e Jin se engasgou tossindo um pouco.

-Você pode parar de ler a minha mente? – Jin falou impaciente.

-Force a sua mente a me bloquear de lê-la – eu disse e me sentei na mesa.

-Argh! – Jin resmungou e se sentou a mesa, me fazendo sorrir – Você não vai me contar sobre isso de eu ser um anjo?

-Coma primeiro, é uma longa história... – eu disse colocando café na sua xícara.

Continua...

O Último Anjo (Imagine Jin)Onde histórias criam vida. Descubra agora