O Último Anjo (Imagine Jin)

Capítulo 27

POV JIN

Eu estava num lugar escuro, mas parecia que a minha aura iluminava um pouco o lugar.

-Jin? – ouvi uma voz feminina me chamar e me virei para olhar – Eu me chamo Lucy, você já deve ter ouvido falar de mim...

-Lucy... – eu falei pensativo – Ah... Lucy! O outro anjo... – eu fiz uma pausa – O que você quer? – eu disse sério.

-(S/n) me contou... – ela disse olhando para o lado – Como você está? – ela disse me olhando.

-Como acha que estou? – eu disse sério – Por que veio? Por que está no meu sonho?

-Jin... Como você já sabe... – Lucy pareceu estar desconfortável – A sua função é proteger os humanos... Proteger os humanos da filha do Lúcifer... Da (s/n)... – ela fez uma pausa – Eu não posso interferir nisso, mas... – ela disse olhando para baixo – Eu sei que a (s/n)...

-Eu não quero ouvir Lucy... – eu disse por me lembrar da (s/n), meu coração estava apertado.

-A (s/n) nunca teve intenção de fazer isso – Lucy continuou a falar, ignorando meu pedido – Ela está sofrendo muito Jin... Você sabe como ela é... Ela pode fazer alguma besteira... Ela precisa de você, Jin...

-Ela pode se virar sozinha – eu disse e sentir o meu coração partir.

-O que você vai fazer Jin? – Lucy disse e eu vi seus olhos marejados – Você vai deixa-la? Você vai mata-la? – Lucy berrou.

Suas palavras me atingiram de um jeito que eu não imaginava. Agora a ficha havia caído... (S/n) me disse que o único jeito de proteger os humanos é matar a filha do Lúcifer... Mas ela é a filha do Lúcifer.

-Jin... Por favor... – Lucy disse me encarando – Pense bem no que vai fazer... Eu compreenderei a sua escolha – ela disse e uma lágrima escorreu pelo seu rosto.

POV (S/N)

Estava caminhando na rua sem saber aonde ir, tudo estava tão triste. Me sentei num banco da praça e olhei ao redor. Casais brincando com os seus filhos... Me lembrei do Jin, e sorri tristemente.

Estava distraída com meus pensamentos quando uma senhora se sentou ao meu lado e tocou o meu ombro.

-Você está bem? – ela disse me olhando, ela parecia preocupada.

-Estou... – eu olhei para ela e voltei a olhar para frente.

-Você parece cansada... Você é muito nova para se preocupar assim... – ela disse ainda me olhando.

-Meus problemas não são fácies de resolver... – eu respirei fundo.

-Você parece com a minha neta... – ela disse olhando para frente – Ela sempre usava roupas pretas, era fria com as palavras e sempre tinha um olhar triste.

- ... – eu balancei a cabeça, sem dar muito importância para o que a senhora falava.

-Você brigou com o seu namorado? – ela perguntou e eu olhei para ela.

- ... – fiquei alguns segundos pensando na resposta – Isso não é da sua conta – eu olhei para ela e voltei a olhar para frente.

- ... – ela sorriu e eu olhei para ela confusa – Você disse exatamente o que a minha neta diria.

-O que aconteceu com a sua neta? – eu perguntei.

-Ela desapareceu durante muitos anos... – ela olhou para baixo – Depois de uma briga minha com ela... Eu nunca mais a vi...

-Você nunca tentou procura-la? – eu continuei olhando para ela.

-Eu era muito orgulhosa na época... Eu nunca iria atrás de ninguém, ainda mais de quem eu havia acabado de brigar... – ela disse olhando para mim – Eu me arrependo tanto... Nunca pensei que meu orgulho iria custar doze anos de saudade...

-Eu sinto muito... – eu disse olhando para frente – E a mãe dela?

-Ela morreu quando a Clara tinha três anos... Desde então eu a criei... – ela olhou para o lado – Eu fui uma péssima vó... Por egoísmo afastei a Clara do pai dela... A fiz ter uma vida terrível... Tão terrível que ela fugiu de mim... Eu devo ser um monstro...

-Você não é um monstro... Monstros fazem coisas piores... – eu disse pensativa e eu olhei para cima, para os meus olhos não marejarem.

-Você também se acha um monstro? – a senhora disse olhando para mim.

-Eu sou um monstro! – eu a encarei seriamente.

Continua...