O Último Anjo (Imagine Jin)

Capítulo 4

-Há muito tempo atrás, Nara era a líder dos anjos, ela os governava bem, mas ela fez algo imperdoável, uma traição perante o céu – eu fiz uma pausa e Jin parecia estar curioso – Nara amava a humanidade e gostava de viver entre os humanos, por isso, ela sempre vinha para Terra e fazia tudo o que queria.

-O que isso tem haver comigo? – Jin perguntou impaciente.

-Aish... – eu reclamei – Preste atenção! Você precisa conhecer essa história – eu disse e ele respirou fundo – Um certo dia, Nara conheceu Lúcifer, e ficou perdidamente apaixonada por ele – eu fiz uma pausa – Lúcifer é um ser totalmente insensível, ele não é capaz de amar ninguém, mas se aproveitou da ingenuidade de Nara.

- ... – Jin parecia estar cada vez mais curioso com o que eu dizia.

-O maior erro do mundo perante o céu foi quando Nara engravidou... Ela se escondeu entre os humanos e usou todo o poder dela para proteger a filha, e isso impediu os seres divinos de acha-la – eu fiz uma pausa – Gean, o líder dos anjos depois de Nara, aprisionou Nara e a matou com a espada angelical depois que ela se recusou a dizer onde a filha estava.

-Gean matou Nara? – Jin me olhou sério.

-Sim, ele a matou – eu olhei para baixo e depois olhei para ele – Sendo assim, Gean mandou dez anjos para a Terra para protege-la da filha de Lúcifer – eu fiz uma pausa – Lúcifer aprisionou e provavelmente matou todos os outros oito anjos... – eu comecei a dizer e Jin me interrompeu.

-Oito anjos? Eu não sou o último anjo? – Jin questionou.

-Você é o último anjo na Terra, mas ainda há mais um anjo vivo... Ela se chama Lucy, Lúcifer a capturou e a aprisionou na escuridão – eu fiz uma pausa – Ela que lhe achou, e ela que me ensinou tudo o que eu sei...

-A filha de Lúcifer... Por que eu tenho que mata-la? – Jin me olhou e eu engoli seco.

-Ela é uma pessoa perigosa... – eu disse olhando para ele – E além do mais, se Lúcifer consegui lhe capturar toda a humanidade acabará e os anjos serão mortos – eu fiz uma pausa – Lúcifer quer governar todo o mundo, e a filha dele é uma intermediaria, por isso tem que mata-la... Esse é o seu destino Jin – eu disse o encarando.

Jin ficou alguns segundo em silêncio, realmente era muita coisa para ele digerir tão fácil.

-Eu ficarei ao seu lado! – eu disse pegando na sua mão e ele me encarou – Eu vou te ajudar!

-Eu preciso de um pouco de tempo para pensar, okay? – Jin disse e tirou a mão suavemente da minha – Por favor, não leia os meus pensamentos... – Jin disse e subiu as escadas

Uma vontade de chorar tomou conta de mim, mas eu respirei fundo tentando me concentrar.

[...]

-Posso entrar? – eu disse batendo na porta, mesmo ela estando aberta.

-Pode... – Jin disse e eu me sentei ao seu lado no sofá. Ficamos em silêncio por alguns segundos.

-O que você é? – Jin disse me encarando e eu o olhei confuso – Você consegue ler a minha mente, tem força de fazer alguém desmaiar com um murro e não se machuca... O que você é? – Jin disse e eu olhei para o lado.

-Eu sou uma híbrida, sou metade anjo, metade humano – eu disse olhando para o lado – E eu me machuco... – eu completei.

-Você é mais forte que eu? – Jin disse me olhando.

-Por enquanto sim... – eu cocei a garganta.

-Eu vou proteger a Terra – Jin disse e eu sorri.

-Sério? – eu perguntei animada e ele assentiu.

Sem pensar muito, pulei nele o abraçando, eu estava feliz. O apertei forte e só depois percebi o que eu tinha feito, me afastei rapidamente dele.

-Por que está tão feliz? – Jin disse sorrindo pela minha animação.

-Eu vou cumprir a promessa que fiz a uma amiga – eu disse sorrindo.

POV Taehyung

(S/n) chegaria daqui a pouco, fiz questão de deixar tudo perfeito para ela. Eu tinha perdido um pouco do entusiasmo quando soube que ela viria acompanhada, por que ela estava morando com ele? Eu estava com ciúmes só de imaginar outro homem tocando nela.

Ouvi a campainha tocar, era a (s/n) e o rapaz que ela havia mencionado, me olhei no espelho pela última vez e abri a porta, a abraçando enquanto sorria.

-Como sempre pontual! – eu disse após me afastar e ela sorriu.

-Tae, esse aqui é o Jin – (s/n) disse apontando para ele – Jin, esse aqui é o Taehyung, mas pode chama-lo de Tae.

-Entrem! – eu disse, e após ele passarem eu fechei a porta.

Fui para a cozinha e quando estava voltando, me escondi e fiquei observando o Jin e a (s/n), ela sorria muito para ele. Devo me preocupar? Balancei a cabeça negativamente para afastar os meus pensamentos.

-Vamos comer? – eu perguntei e os dois assentiram.

[...]

-Como você conheceu a (s/n), Jin? – eu olhei para ele – Não me lembro dela ter comentado sobre você – eu disse e Jin coçou a garganta.

-Ele é o irmão de uma amiga minha, ela mora fora, por isso nunca devo ter comentado sobre ela... – (S/n) disse sorrindo, mas eu sabia que ela estava mentindo.

-Por que você está morando com a (s/n), Jin? – eu perguntei sério.

-Tae! – (s/n) exclamei e os dois me olharam – Pare de agir assim! – ela disse e voltou a comer – Até parece que eu tenho que lhe dar satisfações... – ela resmungou.

(S/n) definitivamente não tinha ideia de como aquelas palavras tinham me atingindo. Ela nunca notou o que eu sentia por ela, e sempre me deixava mal com algumas coisas que ela dizia. Olhei para Jin, e eu percebi que ele não tirava os olhos da (s/n).

O celular de Jin tocou e ele se afastou para atender. Levantei e comecei a retirar a mesa, (s/n) logo foi me ajudar também.

-Você e o Jin... – eu comecei a falar e (s/n) me olhou – São apenas amigos?

-Sim, apenas amigos – (s/n) disse e um alívio tomou conta de mim – Você está bem, Tae? – (s/n) continuou a me olhar – Parecia que você era meu pai e estava entrevistando o meu namorado – (s/n) disse sorrindo, mas eu não esbocei nenhum humor.

-Eu me importo com você (s/n) – eu me aproximei da (s/n), e ela ficou parada – O mundo é ruim, ele não merece uma pessoa tão boa como você – Tae fez uma pausa – Eu quero te proteger (s/n), eu quero... – eu me aproximei ficando numa distancia perigosa de (s/n).

- ... – Jin coçou a garganta e (s/n) se afastou de mim olhando para baixo – Tenho que ir agora (s/n), a gente se vê depois – Jin olhou para (s/n), ela pareceu que ia hesitar, mas desistiu.

-Tudo bem – (s/n) disse olhando para ele e sorriu sem graça – Acho que também já vou – (s/n) disse olhando para mim – Desculpa por não ficar e ajudar a lavar a louça – (s/n) sorriu sem mostrar os dentes e logo os dois foram embora.

Continua...