Um livro, duas histórias intercaladas: July é uma romântica incurável que mora em um grande centro comercial, por uma fatalidade do destino ela é obrigada a passar alguns dias com a mãe em um cidadezinha do interior, nesse cenário divino ela encontr...
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No dia seguinte acordo animada acho que vou ganhar alta e ontem à noite Dra. Judi me ajudou a contar para meus pais, minha mãe, ficou bastante irritada, meu pai como sempre mais atencioso apenas disse:
- Não quero que você pare de estudar, vou te ajudar enquanto o pai dele se recupera, depois vocês vão ter que se virar. Se existiu outras vidas acho que eu era filha de seu Otávio em todas.
Logo depois que ganhei alta fui até o quarto de Theo dizer que eu voltaria no horário de visita, quando cheguei na porta do quarto fiquei assustada ao ouvir um barulho no banheiro, me aproximei para ver o que estava acontecendo eme deparei com Theo de cabeça raspada, vomitando muito, ele estava pálido, suando muito, até para voltar para cama precisou da ajuda de Cesar ele deitou de lado, pegou minha mão e sussurrou:
- Não queria que você e o bebê me visem assim, vou ficar por algum tempo sem receber visitas, só eu e Cesar aqui confinados, mas essa é a realidade, qualquer coisa que precisar liga para o Cesar ele pode te ajudar. Te cuida e segue a tua vida.
Pegou minha mão beijou a ponta dos meus dedos e logo adormeceu, nem tive tempo para dizer a ele que eu tinha ganhado alta e que voltaria mais tarde.
Cesar ajeitou ele na cama, me abraçou e me acompanhou até o corredor e lá ele me falou:-
- Minha linda July, nós vamos superar essa batalha, ele é um garoto forte, vá para casa te cuida e cuida desse bebê, ele vai conhecer o pai não chore minha filha. E de agora em diante as visitas vão ser restritas, ele vai ter que evitar o contato direto com outras pessoas, vamos ter que passar dias em um ambiente o mais higiênico possível, mas querida é uma fase normal do tratamento e vamos torcer para que a medula não seja malandra e comece trabalhar logo, você não se preocupe, vai dar tudo certo.
Nesse momento meu pai chegou e ficou apavorado ao me ver naquela choradeira, Cesar apenas disse que tudo vai ficar bem. Adicionou seu número no meu Smartphone e disse para que eu ligasse se precisasse de algo e para saber notícias, fique tranquila ele não vai ficar sozinho eu não vou arredar o pé daqui.
Sai abraçada com meu pai chorando muito, aquela visão me deixou assustada ela não saia de minha cabeça.
Chego em casa parecendo que passou um trator por cima de mim, meu pai me ajuda a chegar em meu quarto, fico assustada ao entrar nele, quando sai daqui eu era uma menina inocente e totalmente alheia a qualquer relacionamento com rapazes, agora volto para casa gravida do meu primeiro namorado, isso é horrível, inconsequente, imprudente, me sinto uma idiota, fico pensando como vai ser a reação das pessoas, o que eles vão falar de mim, meus colegas, vou ser motivo de piada.
Nesse momento me passa pela cabeça a possibilidade de tirar a criança como num ato de fuga e desespero.
Vou tomar banho, fico perplexa com minha aparência no espelho, muitos hematomas pelo corpo, pequenos machucados decorrente do acidente, meu cabelo esta opaco sem vida, meu rosto não tem cor nenhuma, meus lábios estão brancos, estou irreconhecível.
